segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

A SONHADA TEORIA DE TUDO


                                           
Desde Albert Einstein, pelo menos, o sonho de uma teoria física que englobe todas as quatro forças fundamentais ─ gravitação, força nuclear forte, força nuclear fraca e a eletromagnética ─, vem sendo perseguido por todos os “descendentes” de Einstein, no campo científico.
Vejamos, de forma bem simples e rápida, em que pé está a busca pela Teoria de Tudo.
Depois da Teoria Especial da Relatividade, de Einstein, de 1905, onde o conceito de espaço e tempo, separados,  definido na Teoria de Newton foi atualizado, dando nascimento ao conhecido espaço-tempo,  unindo as 3 dimensões de espaço com a dimensão de tempo, mas deixando de fora os conceitos de gravidade, o próprio Einstein, em 1915, lançou sua Teoria Geral da Relatividade, cuja fórmula  síntese (se é que assim se pode dizer)  ─ E=m.c2,  junto com a foto de um cientista descabelado ─ o próprio Einstein, tornou-se mundialmente conhecida. As pessoas usaram e abusaram, usam e abusam do “tudo é relativo”, mesmo que não expliquem o principal ─ relativo a quê elas se referem, quando falam banalidades e usam esse jargão.
Na década de 60, a teoria das Cordas e Supercordas nascia, com a pretensão de comprovar que os chamados blocos fundamentais não seriam mais as partículas, individualmente postas e sim, objetos unidimensionais, semelhantes a cordas, que ao vibrarem, “comporiam”  as partículas subatômicas e suas propriedades, é claro. Cada partícula, portanto, existiria em padrão de vibração particular, das cordas, ou seja, conforme as cordas vibrassem, esta ou aquela partícula “surgiria”, numa analogia com as notas musicais criadas pela vibração das cordas,  de um instrumento. Essa teoria, para ser aceita, impunha a existência de dimensões que variavam de 26 ─ na teoria das cordas, a 10 ou 11 ─ na Teoria das Supercordas. Essa obrigatoriedade de existência de mais dimensões, assustava e,  ainda assusta,  muitos cientistas pelo receio de aproximação com teorias esotéricas, que sempre propuseram  a existência de outras dimensões, além das conhecidas.
Após a Teoria das Cordas e Supercordas, veio a Teoria das Branas,  nascida da própria Teoria das Cordas. Brana seria, a grosseiríssimo  modo, como um lençol estendido, feito de “película” invisível, é claro. Pense em um lençol (de linho, de preferência),   posto para secar em um varal, e nos movimentos que ele faz, ao sabor dos ventos. É uma analogia extremamente fraca, mas consegue lançar luz sobre a Brana. Veja que a grande dificuldade em se tentar dar um “aspecto” conhecido, às teorias que são, fundamentalmente estruturadas,  por complexos cálculos  matemáticos, é o perigo de passar uma imagem errada; as pessoas, nós, em grande maioria, pensaríamos em “cordas” e “lençóis” como imagens verdadeiras; não o são; a “forma” nascida dos cálculos pressupõe estruturas que poderiam se assemelhar a isto ou aquilo, sem que esse isto e esse aquilo, sejam concretos.Transmitir, em linguagem comum, a complexidade de uma teoria científica é algo profundamente complicado, para os cientistas; quando eles falam em cordas e branas sabem, perfeitamente, que não são factuais e precisam deixar claro, isso, para quem se interessa, mas não dispõe de conhecimentos matemáticos profundos, para entendimento dos conceitos fundamentais, de cada teoria, que salta às vistas através das equações complicadíssimas, de cada uma.
Voltando, atualmente o que movimenta os círculos científicos é a Teoria M, sigla da Teoria do Multiverso, propondo que o universo é formado por um número indefinido, ainda, de universos; portanto ele é um Multiverso.
Pelo que se vê, a famosa Navalha de Occam está começando a perder o fio; os cientistas abandonaram, praticamente, todas as reservas, todos os preconceitos  que tinham, sobre muitos universos, universos paralelos, muitas dimensões.
Uma coisa é certa ─  até agora nada há de conclusivo; entretanto, como são magníficos esses avanços científicos!  Saímos lá do a-tomo de Demócrito e Leucipo (que já abordamos em outro “artigo”),  passamos pela descoberta de que o átomo não era indivisível, nem mesmo as partículas ─ algumas delas; hoje estamos a ponto de termos quase tudo que se tem sobre conhecimento científico, principalmente no campo da física, definitivamente comprovado ou não, dependendo das observações que serão feitas pelo LISA, um mega satélite formado por 3 satélites,em formação triangular e  com tecnologia que utiliza a interferometria a laser. Esse satélite será lançado agora, em 2011 e será definitivo, em suas “observações”,  para comprovação ou não, de várias teorias físicas. As expectativas  da comunidade cientifica,  estão em ponto máximo; não é para menos; se os resultados forem contrários ao que esperam, grande parte do que foi visto, até hoje, pode vir a ser considerado “lixo”. 
E há motivos para essa tensão científica; o satélite WMAP, lançado em 2001, que está ainda em operação ─ pelo menos é o que consta nas informações científicas ─,  já tem transmitido, aos cientistas, informações que eles não gostariam muito de estar recebendo; uma delas é exatamente a que prevê a existência de múltiplos universos; a cosmologia, tal qual a temos,  está sendo tremendamente “mexida” por inúmeras informações fornecidas por esse satélite.
Outra informação importante, do WMAP é sobre a composição do Universo ─ 4% é matéria ordinária, matéria comum;  23% é matéria escura e 73% é energia escura, esta,  visualizada na cosmologia,  como uma hipotética energia que age em oposição à gravidade, ocasionando expansão acelerada, do universo. Essa é outra importante informação que a NASA já repassou, aos cientistas ─ o universo está em acelerada expansão!
Olha, podemos chegar a um ponto, em que o nosso antigo e querido átomo,  da forma como é considerado, pela ciência, simplesmente não exista; essa é uma hipótese que assombra os próprios cientistas; já imaginou o que isso significaria?



A SONHADA TEORIA DE TUDO


                                           
Desde Albert Einstein, pelo menos, o sonho de uma teoria física que englobe todas as quatro forças fundamentais ─ gravitação, força nuclear forte, força nuclear fraca e a eletromagnética ─, vem sendo perseguido por todos os “descendentes” de Einstein, no campo científico.
Vejamos, de forma bem simples e rápida, em que pé está a busca pela Teoria de Tudo.
Depois da Teoria Especial da Relatividade, de Einstein, de 1905, onde o conceito de espaço e tempo, separados,  definido na Teoria de Newton foi atualizado, dando nascimento ao conhecido espaço-tempo,  unindo as 3 dimensões de espaço com a dimensão de tempo, mas deixando de fora os conceitos de gravidade, o próprio Einstein, em 1915, lançou sua Teoria Geral da Relatividade, cuja fórmula  síntese (se é que assim se pode dizer)  ─ E=m.v2,  junto com a foto de um cientista descabelado ─ o próprio Einstein, tornou-se mundialmente conhecida. As pessoas usaram e abusaram, usam e abusam do “tudo é relativo”, mesmo que não expliquem o principal ─ relativo a quê elas se referem, quando falam banalidades e usam esse jargão.
Na década de 60, a teoria das Cordas e Supercordas nascia, com a pretensão de comprovar que os chamados blocos fundamentais não seriam mais as partículas, individualmente postas e sim, objetos unidimensionais, semelhantes a cordas, que ao vibrarem, “comporiam”  as partículas subatômicas e suas propriedades, é claro. Cada partícula, portanto, existiria em padrão de vibração particular, das cordas, ou seja, conforme as cordas vibrassem, esta ou aquela partícula “surgiria”, numa analogia com as notas musicais criadas pela vibração das cordas,  de um instrumento. Essa teoria, para ser aceita, impunha a existência de dimensões que variavam de 26 ─ na teoria das cordas, a 10 ou 11 ─ na Teoria das Supercordas. Essa obrigatoriedade de existência de mais dimensões, assustava e,  ainda assusta,  muitos cientistas pelo receio de aproximação com teorias esotéricas, que sempre propuseram  a existência de outras dimensões, além das conhecidas.
Após a Teoria das Cordas e Supercordas, veio a Teoria das Branas,  nascida da própria Teoria das Cordas. Brana seria, a grosseiríssimo  modo, como um lençol estendido, feito de “película” invisível, é claro. Pense em um lençol (de linho, de preferência),   posto para secar em um varal, e nos movimentos que ele faz, ao sabor dos ventos. É uma analogia extremamente fraca, mas consegue lançar luz sobre a Brana. Veja que a grande dificuldade em se tentar dar um “aspecto” conhecido, às teorias que são, fundamentalmente estruturadas,  por complexos cálculos  matemáticos, é o perigo de passar uma imagem errada; as pessoas, nós, em grande maioria, pensaríamos em “cordas” e “lençóis” como imagens verdadeiras; não o são; a “forma” nascida dos cálculos pressupõe estruturas que poderiam se assemelhar a isto ou aquilo, sem que esse isto e esse aquilo, sejam concretos.Transmitir, em linguagem comum, a complexidade de uma teoria científica é algo profundamente complicado, para os cientistas; quando eles falam em cordas e branas sabem, perfeitamente, que não são factuais e precisam deixar claro, isso, para quem se interessa, mas não dispõe de conhecimentos matemáticos profundos, para entendimento dos conceitos fundamentais, de cada teoria, que salta às vistas através das equações complicadíssimas, de cada uma.
Voltando, atualmente o que movimenta os círculos científicos é a Teoria M, sigla da Teoria do Multiverso, propondo que o universo é formado por um número indefinido, ainda, de universos; portanto ele é um Multiverso.
Pelo que se vê, a famosa Navalha de Occam está começando a perder o fio; os cientistas abandonaram, praticamente, todas as reservas, todos os preconceitos  que tinham, sobre muitos universos, universos paralelos, muitas dimensões.
Uma coisa é certa ─  até agora nada há de conclusivo; entretanto, como são magníficos esses avanços científicos!  Saímos lá do a-tomo de Demócrito e Leucipo (que já abordamos em outro “artigo”),  passamos pela descoberta de que o átomo não era indivisível, nem mesmo as partículas ─ algumas delas; hoje estamos a ponto de termos quase tudo que se tem sobre conhecimento científico, principalmente no campo da física, definitivamente comprovado ou não, dependendo das observações que serão feitas pelo LISA, um mega satélite formado por 3 satélites,em formação triangular e  com tecnologia que utiliza a interferometria a laser. Esse satélite será lançado agora, em 2011 e será definitivo, em suas “observações”,  para comprovação ou não, de várias teorias físicas. As expectativas  da comunidade cientifica,  estão em ponto máximo; não é para menos; se os resultados forem contrários ao que esperam, grande parte do que foi visto, até hoje, pode vir a ser considerado “lixo”. 
E há motivos para essa tensão científica; o satélite WMAP, lançado em 2001, que está ainda em operação ─ pelo menos é o que consta nas informações científicas ─,  já tem transmitido, aos cientistas, informações que eles não gostariam muito de estar recebendo; uma delas é exatamente a que prevê a existência de múltiplos universos; a cosmologia, tal qual a temos,  está sendo tremendamente “mexida” por inúmeras informações fornecidas por esse satélite.
Outra informação importante, do WMAP é sobre a composição do Universo ─ 4% é matéria ordinária, matéria comum;  23% é matéria escura e 73% é energia escura, esta,  visualizada na cosmologia,  como uma hipotética energia que age em oposição à gravidade, ocasionando expansão acelerada, do universo. Essa é outra importante informação que a NASA já repassou, aos cientistas ─ o universo está em acelerada expansão!
Olha, podemos chegar a um ponto, em que o nosso antigo e querido átomo,  da forma como é considerado, pela ciência, simplesmente não exista; essa é uma hipótese que assombra os próprios cientistas; já imaginou o que isso significaria?



quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

EgoCiência e SerCiência ─ Ensaios



Continuando  postagens, abordaremos o Espaço abaixo, que faz parte do 1º livro, acima referenciado, como forma de esclarecimento do porquê de EgoCiência e SerCiência. Texto em itálico.

Espaço 3   EgoCiência e SerCiência  da 4ª Parte
Desde a “concepção” dos termos EgoCiência e SerCiência em 1981, 27 anos passaram, de forma vertiginosamente rápida.
Lembremos aqui, algo dito, na Parte 2, sobre EgoCiência, no Espaço 13 em P.2:  “Hoje, com mais clareza, ainda, vejo que a EgoCiência é um ponto de partida, racional e lógico,para a busca de algo além, ou seja, a pessoa, por ela mesma, procuraria a melhor forma de “embrionar-se” para buscar suas verdade maiores; “embrionar-se-ia” para “buscar-se.”
Por que, EgoCiência?
Porque o Ego, em meu entender, é perfeitamente capaz de trabalhar, de forma mais científica, com uma gama imensa de conhecimentos/informações disponíveis a qualquer pessoa que queira ─ ou sinta necessidade de ─, entender-se, racional e logicamente.
Em meu caso específico, parti para um caminho de busca que, em princípio, tinha apenas a intenção de compreender, racionalmente, as várias e diversificadas experiências pessoais, já relatadas.
Além da necessidade lógica de saber “como” dessas experiências, um intrigante questionamento relacionado a “montagem” do que as pessoas denominavam e  conceituavam de “realidade da vida”, “realidade do mundo”, assolava-me. Assim, o início do trabalho do Ego, foi tentar uma “reconceitualização”, para mim mesma, das conceitualizações existentes, daí Matéria/Não-Matéria, Vida/Não-Vida, Pensar/Não-Pensar.
Paralelamente às  investidas do Ego,  para fora ─ investigando o externo ─, investigava-se,  frente ao externo, na tentativa de explicações para a grande incompatibilidade entre o que via e o que sentia. O Ego queria saber qual a razão dele mesmo “desconfiar” das conceitualizações apresentadas como verdadeiras e factuais.
O Ego, em várias linhas de pensamento ─ tanto orientais quanto ocidentais ─, foi sempre visto como possível vilão da existência humana. Em parte, é possível dizer ser verdadeiro; a grande maioria dos seres ditos ─  humanos, reconhece-se como tal, apenas em função do Ego, que manifesta-se, nas pessoas ─ quase na totalidade delas ─, como um eu exclusivista, autoritário, dominador, cerceador, dono de verdades inquestionáveis, extremamente materialista, individualista quanto ao que pensa ser de direito dele, quase sempre em detrimento ao do próximo, gerando atritos com os  outros eus que pensam de forma semelhante, criando, assim, atmosfera de desentendimento que se propaga, é claro, entre seres humanos, nações, etnias, credos,  estabelecendo quase um caos em todos os níveis de relacionamentos.
Esse Ego, quando profundamente enraizado em si mesmo, caminha só; nada lhe faz companhia porque ele, o Ego, normalmente se sente todo e único; o que faz para ter “agregados” ─ e não, companheiros ─, é por única e exclusiva necessidade de domínio, de continuidade (caso específico dos filhos “produzidos” para “continuidade”), e porque esses outros eus agregados, dão-lhe aumento de status emocional. Ele, o Ego, em sua grande maioria, sente-se mais importante  quanto mais pessoas-ego estiverem sob sua influência, estiverem “orbitando” em sua esfera de ação. A frenética busca de fama e reconhecimento, a qualquer preço, talvez possa comprovar o que acima foi exposto.
Mas, esse mesmo Ego, considerado “vilão” pode ─ e em muitos casos o faz ─, levar-se, inclinar-se para dúvidas e questionamentos, que é claro, aparentemente não lhe seriam próprios ao considerarmos o Ego, como o “atributo” mais intimamente ligado à materialidade, à objetividade, às conceitualizações preestabelecidas.
Falamos, no parágrafo acima, em considerar o Ego como o “atributo” mais ligado à materialidade, à objetividade. Mas, “atributo” de quem, se ele ─ o Ego ─, e a pessoa não estão em campos opostos, não são duas coisas distintas, duas “entidades” dispares?
Em meu entender ─ e em função do caminho percorrido ─, só se pode tentar responder essa questão quando adentramos à SerCiência, quando desmoronamos, em parte,o véu que encobre a Realidade Maior, que, em Si mesma, só pode ser sentida, através daquela SENSAÇÃO que falamos, na Parte 1 e 2, e que é totalmente diferenciada das sensações do nível matéria, do estágio pessoa. É essa SENSAÇÃO que nos “fala” ─ em linguagem totalmente diferenciada ─,  da Realidade Maior e nos “diz” que o Ser, é o Verdadeiro Existencial.
Por que, Verdadeiro Existencial?
Existencial é um adjetivo que, por si só qualifica, para mim, o Ser e também a ENERGIA, tanto,  que em meu entender, poderiam ser sinônimos ─ Ser e Existencial ─, pois creio que ambas as palavras podem oferecer a máxima qualificação do que, verdadeiramente, não se pode definir, qualificar sem incorrer em imprecisões.
Portanto, para mim, falar no Ser Existencial é extremamente redundante ─ o Ser é Existencial, independente de qualquer análise posterior, pois É, a priori.
Insistamos um pouco mais no Ser e no Existencial.
Não sei se algo parecido acontece com você, leitor, mas quando me deparo ─ e sempre foi assim ─, com a palavra Ser, quando solitária, ou seja, sem nenhum  adendo, não encontro nenhum “recorte” onde possa encaixá-la; é uma palavra completa, maravilhosamente simples e profundamente complexa, tanto que se a ela nada acrescentarmos, seu significado, pelo menos para mim, já existe a priori; ao contrário, se a ela adjuntarmos outro termo, há uma quebra no encantamento profundo que ela, por si só, tem o poder de transmitir.
O mesmo acontece com Existencial. Essa palavra só, sem nada junto a ela, diz, fala de uma totalidade sem limite; quando a vejo, solitária,  não sei a razão, mas lembro-me e me vem a Sensação de Universo, de Infinito, de Eterno, de Deus, da ENERGIA. Se pudesse explicar melhor, diria que essas palavras ─  Ser,  Existencial, Universo, Infinito, Deus, ENERGIA, ressoam em mim numa profundidade indizível; elas despertam a Sensação de Ser e nada mais é necessário pois “incorporo-me” de todas elas em “meu” espectro energético.
Voltemos ao ponto crítico de procurar saber qual poderia ser a resposta para a questão levantada anteriormente:  “atributo” de quem seria o Ego se, aparentemente ele, o Ego e a pessoa não estão em campos opostos, não são duas entidades díspares?
Lembra, leitor, que dissemos, ainda neste Espaço, considerar que só ao dar nascimento à SerCiência,  poderíamos tentar buscar essa resposta? Pois bem, vou tentar ─ independentemente da dificuldade deste nosso nível de linguagem  em ultrapassar o racional e o lógico ─, dizer a você como consegui “sentir” parte dessa resposta.
Quando ainda utilizei o dualismo para definir EgoCiência e SerCiência ─ dualismo aí expresso em Ego e Ser ─, já palpitava, em mim, a certeza da não existência dessas duas “entidades”, da forma como são comumente definidas. O que sinto hoje, quase em plenitude, é que o Existencial é o Ser; esse Ser, para mim, é um quantum de ENERGIA ─ breve falaremos dela. Só que esse quantum da ENERGIA ─ que considero, repito, o Ser ─, tem “autonomia” Existencial e, creio eu, um “caminho” a percorrer, desde Sempre e até Sempre, na vastidão existencial do Universo. Por onde esse quantum da ENERGIA circula, precisa, evidentemente, “formar-se” existente naquele específico “ambiente”, naquela específica faixa de frequência, naquele específico campo energético. No caso, Planeta Terra, faz-se necessário “corporificar-se” para a respectiva experiência terrena, desse quantum da ENERGIA.
Neste ponto você, leitor, pode perguntar ─ e deve fazê-lo sempre, pois não nos esqueçamos que estamos trabalhando com Ensaios sobre assuntos complexos e indefinidos:  “Mas, se você diz que a ENERGIA ABSOLUTA é Inteligente e tudo sabe, qual a necessidade de experiências específicas de um quantum, dela mesma, que você define como Ser?
O que posso tentar responder a você (e a mim, também), é que saber algo é diferente de saber “experienciando” aquilo que se sabe. A experiência é sempre acompanhada de uma freqüência energética e, creio eu, é exatamente essa diferenciação de freqüência energética que interessa ao Ser, “experienciar”.
Assim ─ e considerando que as coisas, até mesmo em níveis mais elevados, não ocorrem num passe de mágica, não ocorrem sem que haja um contexto apropriado ─, esse Ser Existencial, um quantum da ENERGIA, precisaria ter um “suporte” o mais próximo possível da matéria ─ corpo humano ─, para que esse “suporte”, ele também um quantum da mesma ENERGIA, mas diferenciado ─ em freqüência ─, do Ser, “suportasse” a densidade terrena apresentada pelo corpo físico e pelo próprio ambiente terreno e pudesse “decodificar” as Sensações ─ em seu conteúdo energético ─, transferindo, assim “decodificadas”, para o Ser. Sei que isso pode parecer complexo demais, mas não o é. Em analogia, poderíamos dizer que o Ser e o Ego seriam as duas faces de uma mesma moeda voltada, cada face, para seu respectivo campo energético porém, ambas atuantes em conformidade com a INTELIGÊNCIA, PENSAMENTO e LINGUAGEM da ENERGIA.
Portanto, a resposta parcialmente sentida é de que o Ego pode ser o “atributo”, do Ser, “suportando” todas as influências do campo energético humano e do próprio Planeta Terra, diferenciados de outros milhares e milhares de campos energéticos existentes no Universo ─ inclusive do próprio Ser ─, e, evidentemente, campos energéticos diferenciados, apresentam frequências diferenciadas. Assim, o Ser, acredito, teria sua atuação no campo energético humano/terreno,  praticamente impossibilitada, em função da diferenciação de frequência. O Ego, em contrapartida, poderia apresentar freqüência compatível, tanto para a captação das frequências humanas ─ cuja principal fonte de emissão seria a SENSAÇÃO, o SENTIR algo ─, quanto para “decodificá-las e emiti-las ao Ser.
Não nos esqueçamos que frequência refere-se, em Física, ao “número de oscilações ou de vibrações realizadas pelo móvel na unidade de tempo.” Dessa maneira, claro está, que a frequência do corpo material é infinitamente diferenciada da vibração do Ser.
Assim, considero agora, com mais certeza, não existir dualidade, oposição entre Ego e Ser; o que existe, creio eu, é a ENERGIA atuando em dois campos aparentemente opostos, com intencionalidade que acredito,  não disponível ao campo humano, para conhecimento, pelo menos não, em totalidade.
Antes de encerrarmos este Espaço, gostaria de deixar alguns pontos no ar ─ que serão vistos, mais à frente ─, e que dizem respeito, primeiro, a fantástica diversidade de Egos atuantes no Planeta Terra; segundo, a visão que tenho da pessoa humana como parte operacional do esquema vigente; terceiro, a possibilidade do Ego ser,  um “protótipo” do Ser.
                   Autoria:  Maria do Rocio Macedo Moraes – Estrela Lunar Amarela

domingo, 13 de fevereiro de 2011

CONSERVADORISMO, EM ALTA?


                                              

Os antigos podres poderes, esperneiam, face à possibilidade de uma reinvenção da sociedade,  do animal humano.
Como os podres poderes alicerçam-se sempre e, cada vez mais, na hipocrisia, temos visto, nos últimos anos, verdadeira avalanche de conservadores pragmáticos infiltrando-se em inúmeras áreas sociais, com discursos eloquentes* de preservação da dignidade humana que para eles, é sinônimo de preservação de domínio; qualquer ato de insatisfação, de insubordinação, de rebeldia libertária, calcadas em amplo aspecto analítico, das situações vigentes, é considerado, por eles, conservadores pragmáticos, atos indignos, infundados, terroristas, sem “prática” objetiva que leve ao caminho traçado por eles, para o “bem da humanidade”!
No Brasil  as eleições para presidente, de 2010, mostrou um quadro horrível de tentativa de coerção ideológica, principalmente oriunda do campo religioso. Nos meus 67 anos, dos quais,  50  antenados em  questões políticas ─  entre outras ─ jamais vi algo igual, tão deprimente; só faltou a consumação, pois o processo de Inquisição foi instaurado, mais uma vez, subliminarmente, nas declarações “alfarrábicas” dos que se pensam constituídos de plenos e santos poderes. Estão tentando adentrar em searas,  que faz tempo,  não mais lhes dizem respeito.
O que é isso? Será que não conseguem perceber que longe vai o tempo das sesmarias, das paróquias?  Não creio ser esse o caso;   até confissões via celular, ao preço em torno de R$2,00 foi recentemente oficializado ─ meus neurônios não conseguem criar sinapses “sinalizando” a existência de quem busque, ainda, esse artifício criado, muito mais  para controle  dos atos dos antigos súditos,  do que para efetivo auxílio.
Esse é o credo institucionalizado, decrépito; mas, há outros, bem mais jovens criados pela expertise de grupos que souberam prever  necessidades humanas, bem mais eloquentes do que apenas, ir para o céu; estão se tornando tão ou mais “perigosos” à liberdade humana pensante e infiltrando-se, com total liberdade no cambaleante ─ sistema político.
O brasileiro é um povo aberto ao diferente; não somos hegemônicos até mesmo, territorialmente falando; por sermos, quase um continente, temos clima, vegetação, riquezas naturais diferenciadas, entre  regiões, entre Estados.  Somos uma sociedade heterogênea, felizmente; não temos o absoluto como pensamento preponderante e não serão os conservadores, ultrapassados em “valores”, que irão soterrar, em pleno TERCEIRO MILÊNIO, essa fantástica associação ao novo, ao diferente criativo, ao embate ideológico pacífico.
Um grande poeta e iniciado chamado Walt Whitman, americano fervoroso,  deixou em versos, nos idos de 1800, mensagem ao povo brasileiro; marcarei em negrito, partes da poesia abaixo, que considero bem representativas, de nós.
UMA SAUDAÇÃO DE NATAL
Walt Whitman
 
(De uma constelação do Norte para uma do Sul, 1889-1890)
 
Bem-vindo, irmão brasileiro – teu amplo lugar está pronto;
uma mão amorosa – um sorriso do norte – um pronto e caloroso aceno, cheio de sol!
(Deixa o futuro cuidar de si, onde revele seus problemas e empecilhos;
nossos, nossos o anseio presente, a meta democrática, a aceitação e a fé);
hoje, para ti se estende o nosso braço, se volta a nossa cabeça – para ti se volta o nosso olho expectante,
tu livre de embaraços, tu, que és claro, refulgente! tu, aprendendo bem
a lição verdadeira da luz de uma nação em pleno céu
(brilhando mais do que a Cruz, mais do que a Coroa),
as alturas de ser esplêndida humanidade! 

A América do Norte, de Walt Whitman,  está atolada no “neoconservadorismo”; até mesmo Barack Obama, que ao ser eleito, em 2008, parecia promessa de rejuvenescimento, de “arejamento’  do sistema que se quer e se pensa “hegemônico” até internacionalmente, deixou clara sua posição de igualdade e lealdade ao sistema, em discurso perante o congresso americano, poucos dias atrás. Será que foi contaminado pelo Tea Party  ou vencido, por ele?
Encerrando, e em resposta ao artigo/interrogação, tenho certeza que o conservadorismo está apenas querendo fazer ouvir seus estertores, agora definitivos ─ é o que acredito.  O final é dolorido, para quem não o compreende; mas é também, inevitável, não só para animais humanos; sociedades, ideologias, paradigmas, sistemas tendem ao mesmo, se não houver renovação.
Sem renovação, Hosni  Mubarak foi empurrado, para fora, pelo povo e pela diplomacia americana que não conseguiu se impor, perante os opositores de Mubarak. O que virá,  ainda não se tem ideia; entretanto, a praça Tahrir, reduto dos valentes  contestadores,  já entrou para a história das revoluções sociais, como local de campo de batalha e festejos, pela brilhantemente vitória alcançada.
Comemoraremos, seguidamente, a derrocada de  podres poderes  ─ pois,  assim quer e determina, a NOVA ERA.
Maria do Rocio Macedo Moraes – Estrela Lunar Amarela
*palavra sem trema, conforme novas regras ortográficas, assim como ideia, sem acento.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

SPAÇO 10 SAGRADO vs. RELIGIÃO Do livro EgoCiência e SerCiência ─ Proposta do Sagrado 3ª (e última) Parte


ESPAÇO 10  SAGRADO vs. RELIGIÃO
Do livro EgoCiência e SerCiência ─ Proposta do Sagrado
3ª  (e última) Parte
Creio que o leitor (a),  poderia argumentar sobre a necessidade de se separar atos humanos, do contexto religioso. Argumento perfeitamente válido; por essa razão friso, sempre, que meus questionamentos/dúvidas/rebeldia voltam-se à religião instituída, o que pressupõe estrutura organizacional complexa, principalmente aquelas que se fundamentam quase como uma grande empresa comercial; aliás, quase, não;  algumas operam como grandes multinacionais. Mesmo em estruturas como essas, é possível  encontrar pessoas que fazem diferente do instituído; é muito difícil, pois se a diferença for muito grande, a estrutura tira fora, a “ovelha negra”. O interessante é que sempre vão para fora dessas estruturas, pessoas com visão social mais abrangente; pessoas que pensam o humano, de forma especial. Para essas estruturas “ovelhas negras” são aquelas  pessoas que questionam e confrontam pensamentos ultrapassados; são aquelas com visão holística da realidade do animal humano; são as que não querem dominar, ideologicamente e sim, libertar. Alguns desses “reformistas”, quando não são excluídos, excluem-se.
Uma atitude que acho bonita, nos muçulmanos, é que o Alcorão, livro considerado sagrado, do islamismo, não pode ser vendido, comercializado;  isto, como demonstração de respeito; me parece não haver paralelo, em outras religiões.
Lembro de uma frase de minha mãe  ─ “Um dia você saberá que religião e fé podem não ter nenhuma ligação,  para algumas pessoas; saberá também que o importante é a fé verdadeira e lúcida, e não a religião instituída.”
Faz tempo que considero esse pensamento de minha mãe, totalmente correto;  muitas pessoas que se dizem profundamente religiosas, não demonstram a mínima compreensão sobre a maravilha que representa a Vida; não se comovem frente ao magnífico espetáculo que a Natureza, todos os dias oferece; não conseguem compreender e aceitar as inúmeras diferenciações humanas e reagem com preconceitos e severas críticas aos diferentes,  delas mesmas. Talvez a culpa não seja propriamente dessas pessoas; algumas religiões instigaram e ainda instigam, aos seus adeptos, atitudes de supremacia, de certeza de que suas religiões, bem como aqueles que comandam a estrutura religiosa, são verdadeiramente infalíveis; consequentemente, por osmose, também assim se consideram.
Essas e outras situações analisadas fizeram-me, bem cedo, migrar para o campo científico, com finalidade específica de buscar entender, melhor, o processo da vida. Em conversas com amigos, alguns levantaram a hipótese da possibilidade de ter, talvez inconscientemente,  dado outro sentido à religiosidade. Argumentei, por várias vezes, que religião foi uma criação exclusiva do animal humano, por razões diversas. Complementava dizendo que, apesar dos estudos ocidentais definirem o animismo, o xintoísmo, e até mesmo o  pandeísmo como religiões, eu  os via de forma diferente e era por eles, tocada em essência. Explico aqui, a razão, dessa  grande “empatia”.
O animismo, cujo termo foi criado por um antropólogo inglês ─ Sir Edward Tylor ─ em 1871, identifica uma “manifestação religiosa imanente a todos os elementos do cosmos ─ sol, lua;  da natureza ─ florestas, pedras; seres vivos e fenômenos naturais.”  Segundo Tylor, seria um princípio vital e pessoal, chamado Ânima.


O xintoísmo, considerado pelos ocidentais, como religião tradicional, do Japão, é em essência, um culto à natureza, mesclando, possivelmente, politeísmo e animismo. A prática mais importante do xintoísmo é honrar e celebrar a existência de Kami, cujas definições  comportam “espírito”, “essência” ou “divindades”. O Kami é visto como consistindo de energias e elementos “sagrados”. O Xintoísmo, tal qual o Budismo não exigem dos que os professam que sejam crentes ou praticantes. Em essência, para o Xintoísmo, a vida, sem associação plena com a natureza, é incompreensível.
Pandeísmo,  é uma junção da crença panteísta com a deísta, sendo essencialmente, postura filosófica.O Pandeísmo, bem como  suas correntes formadoras, admitem a existência de um Deus criador; tal qual o deísmo; desconsidera a necessidade de uma religião instituída para alcançar  a certeza Dele, o que pode ocorrer mediante a razão, tida como meio seguro para alcançar esse conhecimento, essa certeza. Tal qual o panteísmo, considera a Natureza e o Universo como “divindades”, entendendo divindades como energias, forças representativas de conhecimento supra- humano.
Com essas e outras conversas, com meus amigos, deixava claro que considerava a vida,  em abrangência, portanto,  muito maior do que qualquer religião instituída o fazia; que um deus totalmente “sósia” do animal humano, em suas piores características ─ vingador, intolerante, raivoso, dominador ─, não condizia com tudo que sempre observei, na Natureza. Não conseguia admitir o tal paraíso, inferno, purgatório, pós vida; com muita afinidade ao “composto”  ação e reação, admitia, para mim mesma,  a existência de um sistema “bumerangue”, através do qual o que era feito, retornava a quem o fez, fosse o que fosse, como meio de ensinamento e não propriamente de punição, caso a ação fosse malévola.
Quando comecei a dar os primeiros passos em direção à Física Quântica  pressenti, nela, algo extremamente importante como elo de ligação,  entre o animal humano e ENERGIA ─Deus. Após aquela “captação” de 21 de setembro de 1996, o que germinava, em mim, simplesmente tornou-se raiz profunda da magnífica certeza da ENERGIA, como substrato do Todo Conhecido e não conhecido, ainda.
Por que, exatamente,  a Física Quântica?
Primeiro, por ela ser ─ Campo Científico. Sempre considerei a ciência como o melhor caminho, o mais lúcido para o grande encontro com o INCOGNOSCÍVEL.
Segundo, porque a Física Quântica, através da Mecânica Quântica, é a teoria física que estuda, trabalha com átomos, elétrons, prótons e outras partículas denominadas subatômicas.
Tudo o que vemos, é macro, por menor que ele seja; o micro, de todas as coisas, é invisível. Somos totalmente formados, pelo Invisível e isso é fantástico!  Mais fantástico ainda, porque esse “invisível” é pura energia; somos, em realidade absoluta, milhares, milhares e  milhares de átomos que se ligam formando moléculas, “alicerces” do que conhecemos como corpo físico.
O desconhecimento e/ou irrelevância,  desse aspecto fundamental da formação de tudo que existe na Natureza, no Planeta, no Universo, leva o animal humano a percorrer, intimamente, caminhos que tendem a confundir ao invés de “esclarecer”; nesse sentido específico,  religiões instituídas deixam muito a desejar; elas preferem manter o animal humano sob tutela de seus pensamentos, dogmas ao invés de fazê-lo buscar, em si mesmo, toda a grandiosidade de uma realidade ─ além matéria. Essa realidade, além matéria, pode e deve ser, em meu entender, procurada, achada e compreendida, enquanto a Vida anima, o corpo físico.
Esse encontro de nós, com nossos “constituintes”  desperta inacreditável reverência ao princípio mesmo, da Vida,  que está além, muito além de todas as especulações, teorias, proposições.
Assim, para mim, é claro, o simples vislumbre do que a Física Quântica irá ─ com certeza ─ representar,   para a evolução mental, do animal humano, fez-me adotar, da forma que me é possível, a Física Quântica, em lugar de qualquer religião instituída, como caminho de busca, de conhecimento.
Para mim, esse caminho é Sagrado, como tantos outros o são e minha resposta àquela famosa pergunta de dom Juan ─ “... esse caminho tem coração?” ─  é sim; por essa razão sigo por ele.
Gostaria de novamente fazer o mesmo esclarecimento feito,  em outros Espaços ─ não faço nenhuma diferença, nenhuma contestação às pessoas, em suas crenças; respeito, sinceramente,  todas as manifestações de religiosidade, principalmente quando é possível sentir, nelas, um caminho pessoal adotado, conscientemente;  portanto, lucidamente aceito, compreendido e vivenciado. 

Autora:  MRMM  ─ Estrela Lunar Amarela

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

ESPAÇO 10 SAGRADO vs. RELIGIÃO Do livro EgoCiência e SerCiência ─ Proposta do Sagrado 2ª Parte



ESPAÇO 10  SAGRADO vs. RELIGIÃO
Do livro EgoCiência e SerCiência ─ Proposta do Sagrado
2ª  Parte
Passados alguns anos, retomei tentativa de ler a Bíblia; parei no princípio, bem na Introdução, onde havia a seguinte afirmação, entre outras: 
“Portanto, tôda palavra da Bíblia é de tal maneira, ao mesmo tempo, palavra do homem (do escritor) e palavra de Deus (do Espírito Santo), que “ tudo aquilo que o autor sagrado afirma, enuncia ou insinua, deve considerar-se como afirmado, enunciado e insinuado pelo Espírito Santo”, assim diz a Pontifícia Comissão Bíblica no seu decreto de 18 de junho de 1915, ponto II.”.
Sinceramente, não vejo como esse tipo de fato possa estar decretado por humanos; para mim, esse tipo de ação, previne questionamentos, desestimula investigações podendo, com isso, bloquear pensamentos outros, em pessoas que se curvam ao estritamente disposto.
Isto tornasse mais grave, quando somos informados que conteúdos da  Bíblia, devem ser entendidos de forma metafórica. Metáfora,  é uma figura de linguagem, criada pelo animal humano pensante; não tem outra origem a não ser a terrena.
Bem mais tarde, aceitando conselho de um grande amigo, retornei à Bíblia, mais especificamente,  para o Novo Testamento. Fiz o que ele me pediu; li, por três vezes todo o Novo Testamento. Ao terminar, fiquei com a mais plena certeza de que pouco, muito pouco do que o Avatar Jesus  ─ que trouxe a Energia Crística, ao Planeta Terra ─ muito pouco, repito, do que ele  falou foi mantido intacto; tudo o mais, tenho certeza, foi alterado para manutenção de um sentido totalmente contrário, de suas mensagens.
Jesus, o Cristo, tal qual Gautama, o Buda, nada deixaram escrito e muito menos instituíram religião; nem poderiam fazê-lo, pois suas missões, neste Planeta,  eram outras, bem mais importantes. Seus Seres Quânticos estavam anos e anos-luz mais adiantados do que qualquer animal humano, de suas épocas e das atuais, também.
Vejam, não sei se o nome que recebeu o Ser, portador,  para o Planeta Terra, da Energia Crística,  dotada de frequência diferenciada, teria sido Jesus; mas isto,  em nada modifica a possibilita real de que um humano, dotado de hardware e software  mentais , diferenciados,  trouxesse, ao Planeta ─ e nele deixasse atuante ─ uma frequência energética diferenciada.
Gautama não impôs divisas entre o animal humano e qualquer outra espécie vivente; Jesus, “socializou-se” nos meios mais simples, sem distinção de classe social, rebelando-se,  inclusive, contra os vendilhões do templo, tão comuns também nos dias atuais, em qualquer parte do mundo.
Atualizando  antigos conceitos, poderíamos dizer, sem medo de errar,  que o Planeta Terra, templo da vida, neste espaço cósmico, conta com milhões e milhões de vendilhões de seus mais maravilhosos recursos naturais.
Logo após ter “captado” o todo exposto no ESPAÇO 2, deste, procurei em biblioteca de uma igreja em Curitiba, algo  que fizesse menção ao motivo da escolha da imagem de Jesus Crucificado, como identificação máxima, de uma religião.  A pessoa que tomava conta da biblioteca, forneceu-me 2 livros. O primeiro ─ Dicionário dos Símbolos com subtítulo ─ Imagens e sinais da arte cristã,  cujo autor é  Gerd Heinz-Mohr.  O segundo, de Daniel – Rops da Academia Francesa, denominado  A Igreja do Renascimento e da Reforma, indicando  ser a 4ª  parte do livro História da Igreja de Cristo.

No primeiro, encontrei dezenas de formas de representação  de Cristo. Nos primeiros 3 séculos, dominava a imagem do bom Pastor; segue-se uma série de outras representações até chegarmos às primeiras representações  do que é denominado ─ Cristo sofredor, entre os séculos XVI e XVII, já com os primeiros sinais do ícone adotado. Mantenho xerox de parte desse livro.
No segundo livro, do qual também tenho cópia da capa e da página 319 até 333, gentilmente tirada pela responsável, da biblioteca, algumas passagens sobre o trabalho de evangelização, levado a cabo por missionários cristãos, que faziam parte das missões de descobridores/colonizadores, têm  relatos muito significativos. Vamos ver alguns deles.
─ Um pequeno trecho do que foi denominado ─ Testamento de Isabel, diz:  “O nosso desejo absoluto, escrevia a “rainha católica”, ao suplicar ao Papa Alexandre VI que nos concedesse a propriedade de metade das ilhas e das terras firmes do Oceano, era fazer todos os esforços por levar aos povos destes países novos a converterem-se à nossa religião, enviar-lhes sacerdotes, religiosos, prelados e outras pessoas instruídas e tementes a Deus, para os educar nas verdades da fé, dar-lhes gosto e os costumes da vida cristã”.
─ outro ponto fala sobre o Papa Nicolau V, que em 1452 emitiu um Breve ─ Divino amore communiti, a favor do rei Afonso de Portugal; nele se lia: “Os reinos, ducados, condados, principados, e outros domínios, terras, lugares, campos, em posse de sobreditos sarracenos, pagãos, infiéis e inimigos de Cristo... pela autoridade apostólica, nós vos conferimos plena e livre faculdade de os invadir, conquistar, capturar e subjugar, e de reduzir a perpétua servidão as pessoas que nele habitem”.
─ “É neste ambiente incomódo, perigoso, que é necessário apresentar a obra dos missionários lançados à conquista do mundo para Deus e, semeando com o sacrifício da vida a mensagem do amor. Quaisquer que tenham podido ser os erros, as violências cometidas pelos  católicos no decurso destas páginas de glória e de sangue, só a presença entre eles dos missionários basta para dar à sua empresa um sentido autênticamente cristão.
Vejamos, abaixo, sob minha ótica, as possíveis sequências,  oficialmente estabelecidas, da barbárie inicial dos atos de evangelização.
─ A Inquisição Romana, denominada ─  Congregação da Sacra, Romana e Universal Inquisição do Santo Ofício, existiu desde  1542.
─  Em 1908, a instituição  acima, foi renomeada para ─ Sacra Congregação do Santo Ofício
─ Em 1965, assumiu o nome ─ que vigora até os dias atuais ─ de Congregação para a doutrina da Fé, de cujo seio saiu o atual  papa.
Há outros fatos; mas como já mencionei,  prefiro deixá-los restritos  às clausuras,  unicamente por respeito aos que professam a religião católica. 
Tudo que vimos ─  representando apenas uma pequena parcela de toda história ─ teve como estandarte, Deus ,  o Sagrado e a Fé.
Para continuarmos conversando, creio ser necessário trazer parte do que consta do Espaço 4,  da 4ª parte do livro EgoCiência e SerCiência ─ Ensaios, em atenção aos que não o leram. Colocarei toda essa parte entre haspas e em itálico.
“Sendo a ENERGIA, Inteligência, Pensamento e Linguagem, Ela, com certeza, será Mente Universal, Cósmica, Incognoscível em essência, portanto, SAGRADA. Por essa razão refiro-me a Ela sempre em maiúsculo, diferenciando-A de suas inúmeras formas de “apresentação”, que são os aspectos da ENERGIA, conhecidos pela Ciência e por alguns de nós.
Além do exposto acima, há outra razão forte e determinante para tratar a ENERGIA com o máximo respeito; é que para mim, mediante tudo que “vi” e “senti”, considero ENERGIA sinônimo de Deus, portanto SAGRADA, em ESSÊNCIA e, nesse contexto, devemos lembrar da LUZ, sempre enaltecida em, praticamente, todas as formas de referências e reverências ao SAGRADO. Luz é ENERGIA; ENERGIA é LUZ.
Ao falar em Deus, gostaria imensamente que fosse totalmente compreendido que, sob minha ótica, essa palavra não precisa ter qualquer ligação com qualquer religião instituída.
Ainda falando sobre Deus, prefiro utilizar a palavra ENERGIA ─ em lugar da palavra Deus ─, pois tantas mazelas, tantos sofrimentos, tantas perseguições, tantos assassinatos (literal e metaforicamente) foram causados/cometidos em nome de Deus, além da extrema utilização da palavra, (a meu ver de forma indevida), o que deveria ser evitado. Tudo isso chegou, de certa forma, a banalizar ALGO que deveria ser a máxima conceituação do Incognoscível. De qualquer forma, respeito a palavra Deus, no que ela tem de mais representativo e admiro pessoas que, ao pronunciarem essa palavra, conseguem transmitir a ESSÊNCIA dela mesma, o que, infelizmente, é muito, muito, mas muito raro!”
Trouxe esse Espaço acima, para nossa conversa, como subsídio ao que vou explicitar. Para mim, nenhuma religião instituída pode definir o que é SAGRADO ou não, em si mesmo, ou seja, não pode dizer que uma pedra, um animal, uma planta, por exemplo, não é algo Sagrado.  Torno a dizer que considero profano, atos cometidos pelos animais humano, quando algo ou alguém sai ferido física,  mental, espiritual ou moralmente. Para exemplificar, já que estamos dentro desse contexto, os atos de pedofilia cometidos desde muito tempo,  por representantes legais, de religião instituída, é e deve ser considerado PROFANO;  aliás, duplamente profano ─ por ser coercitivo,  e abusivo da inocência e/ou incapacidade de defesa da (s) vítima (s),  por razões até mesmo, hierárquicas. Muitas histórias foram narradas em um documentário importante, onde os “sobreviventes” dessa profanação, confirmavam  a total confiança que os familiares tinham nos chamados “representantes de Deus”, o que facilitava, em muito, a ação de pedófilos, na época.Nos tempos atuais, não sei quais as “técnicas” usadas.
Profanar, em meu entender, é também usar  nome de um deus para “amealhar” poder de dominação sobre o animal humano, com palavras e atos que instigam cegueira analítica e consequente fanatismo, em grande maioria, deles.
Parte 3 – na próxima postagem
Autora: MRMM – Estrela Lunar Amarela

domingo, 6 de fevereiro de 2011

ESPAÇO 10 SAGRADO vs. RELIGIÃO do livro EgoCiência e SerCiência ─ Proposta do Sagrado



Amigos
Vamos dar início a uma série de postagens referentes aos livros EgoCiência e SerCiência – Ensaios, EgoCiência e SerCiência ─ Em busca de conexões quânticas e EgoCiência e SerCiência vs. Proposta do Sagrado (ainda em estruturação).
Esses livros foram nascendo ao longo de mais de 40 anos. Edições do 1º  e 2º foram tentadas; a última negativa foi da editora Madras. Mas sabe, não creio que os livros sejam tão ruins; ainda consigo ter um mínimo de autocrítica. Mas, como são livros,  provavelmente polêmicos  e  sendo a autora, ilustríssima desconhecida, não vão querer criar embaraços, e com razão.
Longe ─  entendam por favor  ─ bem longe de qualquer conexão,  o grande Fritjof Capra, só teve o seu primeiro livro ─ O Tao da Física, editado  em 1975,  porque uma grande amiga sua, em excelente condição financeira, resolveu bancar a edição; todas as editoras contatadas por ele, rejeitaram o original, posto que o livro traçava  paralelos entre a Mística Oriental e a Física. Para seu 2º livro ─ Ponto de Mutação (fantástico!), editoras corriam atrás dele, em função do grande sucesso do 1º, independente de críticas ferozes de alguns membros da comunidade científica, por considerarem “afronta” à ciência, os paralelos traçados.
Voltando, vamos postar algumas partes de cada um deles; posteriormente vamos colocá-los para dowload, sem restrições.
Nesses livros, a palavra ESPAÇO substitui ─ Capítulo.
Iniciaremos com o Espaço 10, do EgoCiência e SerCiência vs. Proposta do Sagrado e o faremos em 3 postagens sequenciais, por ser relativamente longo. Será postado em itálico.
Vamos lá!

ESPAÇO 10  SAGRADO vs. RELIGIÃO  do livro EgoCiência e SerCiência ─ Proposta do Sagrado
1ª  Parte

Talvez,  este Espaço,  possa vir a ser o mais longo e de maior dificuldade, em abordagens, sobre o acima.
No Espaço 6,  fizemos pequena  aproximação com o que é concebido como ─ Sagrado. Mediante informações históricas vimos que os primeiros sinais de “religião” poderiam ser encontrados  nos períodos Paleolítico e Neolítico, quando a ligação profunda do animal humano, com a Natureza e o Planeta, estimulou, provavelmente, “ considerações” muito especiais, dele, com tudo que existia ao seu redor, na Natureza. Em função disso, a Mãe Terra, provavelmente representasse o Planeta que era visto por eles, como ─ A Grande Mãe, denominada Deusa.  Sociedades matriarcais foram instituídas, em função de aspecto mais feminino desse possível “culto”.
Tudo, com certeza,  era considerado Sagrado;  mesmo que eles não tivessem essa “denominação”, para tal;  mas a existência, com absoluta certeza,  de uma “reverência” natural, espontânea para com toda a Natureza e o Planeta, desenvolveu uma atmosfera de sacralidade.
Eles estavam totalmente certos, em minha forma de entendimento; nada, absolutamente nada existe de profano nos entes da Natureza, no próprio Planeta e no Universo; atos podem ser profanos, não as coisas em si.  Explico, em conformidade com o que penso.
Veja, totalmente fundamentada na física quântica, qualquer teoria admite a constituição atômica (somos basicamente constituídos de átomos)  de todo e qualquer elemento da Natureza, do Planeta, e  claro, de tudo que constitui o multiverso, que como explicamos,  é uma nova hipótese científica sobre o Universo, propondo ser ele formado por múltiplos universos, daí ─ MULTIVERSO.
Assim sendo, qualquer animal humano que tenha uma relação de sacralidade, com uma árvore, com uma pedra, com outra espécie animal, com uma  planta, não está, em absoluto, profanando  o princípio criador de tudo ─ a ENERGIA.
Se considerarmos qualquer ente da Natureza, profano,  teríamos que estender esse conceito a todo animal humano; não somos profanos assim como não o é, Tudo, absolutamente Tudo, que existe.
Não somos profanos, em essência; infelizmente agimos profanando o Sagrado, que existe ─ profanamos o ar, ao poluí-lo; profanamos os outros animais, quando admitimos, pacificamente, que sejam mortos para nos servir de alimento; profanamos o próximo, com nossas intolerâncias, nossos preconceitos ao que são, pensam e crêem; profanamos, em nós mesmos, nossa própria essência energética.
A separação entre sagrado e profano é computada, historicamente, à religião instituída.
O que é, realmente, para mim,  uma religião instituída?  Creio que a primeira característica de uma religião instituída, é a “imposição” de divisas.
Vamos dar uma olhada, no Dicionário da Academia Brasileira de Letras e ver a palavra divisa.
divisa s.f.  1. Linha divisória; marco; limite, raia; fronteira. 2. Sinal distintivo; emblema; distintivo.
Qualquer religião instituída tem e impõe linha divisória entre ela e outras; qualquer religião instituída tem seu emblema.
Religião  instituída, pressupõe  ─ e é ─ organização juridicamente constituída, com ordenações organizacionais que incluem, principalmente, hierarquia e escrituras, próprias.
Como organização, impõe aos que a ela se filiam,  seus dogmas, seus lemas, suas burocracias, suas “leis” a serem cumpridas como código de permanência em sua “fileira” de adeptos.
O parágrafo acima apresenta algo que poderia representar certa liberdade de escolha ─ “aos que a ela se filiam,...” Mas, não é bem assim,   especificamente em uma das religiões instituídas.  Com a ideia “implantada” na cabeça dos animais humanos, que ele nasce contaminado pelo chamado ─  pecado original ─ precisando, ainda em seus primeiros dias de vida, receber a consagração e ser liberado,  desse pecado, foi imposto o que se chamou de batismo.  Aquela criança passa a ser então, “aceita” como membro daquela religião, sem opção em aceitar, ou não.
Acredite leitor mais jovem, que em tempos não tão remotos, as pessoas batizavam as crianças com medo de que elas viessem a morrer, em estado de “contaminação”, pelo dito pecado original, o que resultaria, segundo as “pregações”/informações que recebiam, em  esse ser ir direto para algum lugar de expiação, criado justamente para “amedrontar” as pessoas, no caso, os país.
No livro EgoCiência e SerCiência ─ Ensaios, fiz menção a três situações que envolveram religião.
A primeira,  ocorreu quando, morando no Rio de Janeiro, estudava em um colégio de freiras, forma mais comum pela qual eram conhecidos os estabelecimentos de ensino, católicos, para meninas.
Lendo em aula, o Gênesis, onde era narrado que de Adão e Eva teriam nascido, Caim e Abel, estranhou-me o fato de  Caim ter matado  Abel,   fugido para um local distante,  encontrando, então,  uma mulher com a qual se casou.  Nesse ponto, fiz uma pergunta, mais ou menos assim:  ─ Como Caim encontrou uma mulher se a Bíblia afirma que só existiam Adão, Eva, Caim e Abel?  Em razão dessa pergunta,  meus pais foram chamados para uma conversa com a diretora. Fiquei sabendo, depois, que meu comportamento foi considerado rebelde e impróprio e que meus pais precisam conversar comigo, impedindo que fatos semelhantes ocorressem o que poderia redundar, até mesmo,  em expulsão.
Comentei, no livro citado, a grande sorte, de ter tido como pais, duas pessoas altamente evoluídas, mental e espiritualment;, pessoas que sempre me incentivaram a questionar, a buscar maiores esclarecimentos em tudo que tivesse dúvida.


Obs.: palavra ideia sem acento, em concordância com as novas regras.


Continuação na próxima postagem.
Autoria: MRMM – Estrela Lunar Amarela

sábado, 5 de fevereiro de 2011

AS DUAS SINTAXES


Carlos Castaneda,  em seu fantástico encontro com dom Juan Matus, um xamã yaqui do antigo México, deixou-nos maravilhosos escritos, frutos de uma “iniciação” privilegiada, tenho absoluta certeza.
Alguns conceitos de dom Juan são amplamente citados por um grande número de cientistas, de peso; isso é o que mais me fascina, nos ensinamentos dele ─ uma aproximação do místico com o científico, futuro grande caminho da humanidade; é no que creio.
Abaixo, abertura do livro O lado ativo do Infinito, postada dessa forma, pois é praticamente poesia, e tomaria muito espaço
“SINTAXE
Olhando fixamente as suas equações,/ um homem disse que o universo teve um começo./Uma cadeia de estrondos e o universo nasceu./ E está se expandindo, ele disse./ Até calculou a extensão de sua vida: dez bilhões de voltas da Terra em torno do Sol./ E todo o planeta aplaudiu; / concluíram que seus cálculos eram ciência./ Ninguém se deu conta de que ao colocar um começo no universo,/o homem apenas refletiu a sintaxe de sua língua materna;/uma sintaxe que para validar qualquer fato/ exige começo, como o nascimento,/ continuação, como a maturidade,/e fim, como a morte. / O universo começou,/ e está envelhecendo, garantiu o homem, / e morrerá, como tudo  morre./ Como ele mesmo morreu, depois de confirmar matematicamente/ a sintaxe de sua língua materna.”

“A Outra Sintaxe
Terá o universo um começo?/ Será o big-bang uma explicação?/ Essas não são perguntas, embora pareçam ser. / Começo, meio e fim como condição para validar qualquer fato/ é a única sintaxe possível?/  Eis a verdadeira pergunta/ Outras sintaxes existem./  Há uma, entre outras, que permite tomar como fatos/ variações de intensidade./ Nessa sintaxe, nada começa e nada tem fim;/ assim, nascimento não é um fato claro e bem definido, mas um tipo específico de intensidade, /assim como a maturidade e assim como a morte./ O homem dessa sintaxe, ao olhar suas equações,/ percebe ter calculado variações de intensidade suficientes/ para afirmar com autoridade/ que o universo nunca começou/ e nunca terá fim,/ mas que passou, passa e passará/ por intermináveis flutuações de intensidade./ Esse homem pode bem concluir/ que o próprio universo é o veículo de intensidade,/ no qual se pode embarcar/ numa viagem sem fim./ Concluirá tudo isso e muito mais,/ quem sabe sem nunca perceber/ que estará simplesmente confirmando/ a sintaxe de sua língua materna.”
Maravilhoso, não?
Colaboração:  Maria – Estrela Lunar Amarela

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

RESPOSTA A UM FÍSICO ANÔNIMO



Recebemos um comentário, muito bem posto, por sinal, de um “físico anônimo”, sobre o artigo postado ─ Física Quântica e Mercado Financeiro, no qual faz um alerta para existência de pessoas,  de pouco (ou nenhum) conhecimento de F.Q., misturando esoterismo e ela, em um mesmo pacote.
Duas ressalvas podem ser feitas, entretanto.
A primeira, é que grandes físicos, do porte de Roger Penrose ( este em seu livro A Mente Nova do Rei),  Amit Goswami, James Gardner  estão considerando leque muito maior de influência dos fenômenos quânticos. Eles mesmos, ao avançarem para além da Navalha de Occam ─  com bastante cuidado ─, frisam  a necessidade de não envolver mística com suas propostas. Aliás, essa extrema cautela, dos cientistas, em meu entender, está postergando grandes possibilidades, dentro do próprio campo quântico; mas alguns atalhos estão surgindo; com certeza  serão, em futuro próximo,  caminhos prósperos para a Ciência além da Ciência.
A segunda ressalva é pensar,  que as raízes mesmas, de nossa Física Quântica, são místicas, em essência. Ao olharmos, por exemplo, os Sete Princípios Herméticos, no Caibalion, encontraremos, pelo menos em 5 deles, total ligação com conceitos quânticos; também não foram cálculos matemáticos que levaram Demócrito e/ou Leucipo a “implantar” o a-tomo ─ nosso átomo de hoje, atualizado é claro, pois não é mais indivisível, tal qual a proposta inicial do a-tomo. E as “coincidências” não param por aí; muito pelo contrário.
Ao olharmos para a mística, encontraremos,  tal qual na própria física quântica, tanto o princípio de incerteza quanto o tão polêmico e discutido R-quântico.
A realidade que nós, animais humanos, pensamos conhecer, admite n hipóteses; creio que todas que apresentarem componente lógico devem ser investigadas, analisadas,  exaustivamente.
Tanto a Mística quanto a Física Quântica apresentam hipóteses, lógicas. Quem sabe uma lógica diferencial quântico-mística, poderia derrubar barreiras e alicerçar avanços científicos, não é?
Espero que o físico anônimo leia este e poste um comentário; será muito bem vindo.


Maria ─ Estrela Lunar Amarela