quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

EgoCiência e SerCiência ─ Ensaios



Continuando  postagens, abordaremos o Espaço abaixo, que faz parte do 1º livro, acima referenciado, como forma de esclarecimento do porquê de EgoCiência e SerCiência. Texto em itálico.

Espaço 3   EgoCiência e SerCiência  da 4ª Parte
Desde a “concepção” dos termos EgoCiência e SerCiência em 1981, 27 anos passaram, de forma vertiginosamente rápida.
Lembremos aqui, algo dito, na Parte 2, sobre EgoCiência, no Espaço 13 em P.2:  “Hoje, com mais clareza, ainda, vejo que a EgoCiência é um ponto de partida, racional e lógico,para a busca de algo além, ou seja, a pessoa, por ela mesma, procuraria a melhor forma de “embrionar-se” para buscar suas verdade maiores; “embrionar-se-ia” para “buscar-se.”
Por que, EgoCiência?
Porque o Ego, em meu entender, é perfeitamente capaz de trabalhar, de forma mais científica, com uma gama imensa de conhecimentos/informações disponíveis a qualquer pessoa que queira ─ ou sinta necessidade de ─, entender-se, racional e logicamente.
Em meu caso específico, parti para um caminho de busca que, em princípio, tinha apenas a intenção de compreender, racionalmente, as várias e diversificadas experiências pessoais, já relatadas.
Além da necessidade lógica de saber “como” dessas experiências, um intrigante questionamento relacionado a “montagem” do que as pessoas denominavam e  conceituavam de “realidade da vida”, “realidade do mundo”, assolava-me. Assim, o início do trabalho do Ego, foi tentar uma “reconceitualização”, para mim mesma, das conceitualizações existentes, daí Matéria/Não-Matéria, Vida/Não-Vida, Pensar/Não-Pensar.
Paralelamente às  investidas do Ego,  para fora ─ investigando o externo ─, investigava-se,  frente ao externo, na tentativa de explicações para a grande incompatibilidade entre o que via e o que sentia. O Ego queria saber qual a razão dele mesmo “desconfiar” das conceitualizações apresentadas como verdadeiras e factuais.
O Ego, em várias linhas de pensamento ─ tanto orientais quanto ocidentais ─, foi sempre visto como possível vilão da existência humana. Em parte, é possível dizer ser verdadeiro; a grande maioria dos seres ditos ─  humanos, reconhece-se como tal, apenas em função do Ego, que manifesta-se, nas pessoas ─ quase na totalidade delas ─, como um eu exclusivista, autoritário, dominador, cerceador, dono de verdades inquestionáveis, extremamente materialista, individualista quanto ao que pensa ser de direito dele, quase sempre em detrimento ao do próximo, gerando atritos com os  outros eus que pensam de forma semelhante, criando, assim, atmosfera de desentendimento que se propaga, é claro, entre seres humanos, nações, etnias, credos,  estabelecendo quase um caos em todos os níveis de relacionamentos.
Esse Ego, quando profundamente enraizado em si mesmo, caminha só; nada lhe faz companhia porque ele, o Ego, normalmente se sente todo e único; o que faz para ter “agregados” ─ e não, companheiros ─, é por única e exclusiva necessidade de domínio, de continuidade (caso específico dos filhos “produzidos” para “continuidade”), e porque esses outros eus agregados, dão-lhe aumento de status emocional. Ele, o Ego, em sua grande maioria, sente-se mais importante  quanto mais pessoas-ego estiverem sob sua influência, estiverem “orbitando” em sua esfera de ação. A frenética busca de fama e reconhecimento, a qualquer preço, talvez possa comprovar o que acima foi exposto.
Mas, esse mesmo Ego, considerado “vilão” pode ─ e em muitos casos o faz ─, levar-se, inclinar-se para dúvidas e questionamentos, que é claro, aparentemente não lhe seriam próprios ao considerarmos o Ego, como o “atributo” mais intimamente ligado à materialidade, à objetividade, às conceitualizações preestabelecidas.
Falamos, no parágrafo acima, em considerar o Ego como o “atributo” mais ligado à materialidade, à objetividade. Mas, “atributo” de quem, se ele ─ o Ego ─, e a pessoa não estão em campos opostos, não são duas coisas distintas, duas “entidades” dispares?
Em meu entender ─ e em função do caminho percorrido ─, só se pode tentar responder essa questão quando adentramos à SerCiência, quando desmoronamos, em parte,o véu que encobre a Realidade Maior, que, em Si mesma, só pode ser sentida, através daquela SENSAÇÃO que falamos, na Parte 1 e 2, e que é totalmente diferenciada das sensações do nível matéria, do estágio pessoa. É essa SENSAÇÃO que nos “fala” ─ em linguagem totalmente diferenciada ─,  da Realidade Maior e nos “diz” que o Ser, é o Verdadeiro Existencial.
Por que, Verdadeiro Existencial?
Existencial é um adjetivo que, por si só qualifica, para mim, o Ser e também a ENERGIA, tanto,  que em meu entender, poderiam ser sinônimos ─ Ser e Existencial ─, pois creio que ambas as palavras podem oferecer a máxima qualificação do que, verdadeiramente, não se pode definir, qualificar sem incorrer em imprecisões.
Portanto, para mim, falar no Ser Existencial é extremamente redundante ─ o Ser é Existencial, independente de qualquer análise posterior, pois É, a priori.
Insistamos um pouco mais no Ser e no Existencial.
Não sei se algo parecido acontece com você, leitor, mas quando me deparo ─ e sempre foi assim ─, com a palavra Ser, quando solitária, ou seja, sem nenhum  adendo, não encontro nenhum “recorte” onde possa encaixá-la; é uma palavra completa, maravilhosamente simples e profundamente complexa, tanto que se a ela nada acrescentarmos, seu significado, pelo menos para mim, já existe a priori; ao contrário, se a ela adjuntarmos outro termo, há uma quebra no encantamento profundo que ela, por si só, tem o poder de transmitir.
O mesmo acontece com Existencial. Essa palavra só, sem nada junto a ela, diz, fala de uma totalidade sem limite; quando a vejo, solitária,  não sei a razão, mas lembro-me e me vem a Sensação de Universo, de Infinito, de Eterno, de Deus, da ENERGIA. Se pudesse explicar melhor, diria que essas palavras ─  Ser,  Existencial, Universo, Infinito, Deus, ENERGIA, ressoam em mim numa profundidade indizível; elas despertam a Sensação de Ser e nada mais é necessário pois “incorporo-me” de todas elas em “meu” espectro energético.
Voltemos ao ponto crítico de procurar saber qual poderia ser a resposta para a questão levantada anteriormente:  “atributo” de quem seria o Ego se, aparentemente ele, o Ego e a pessoa não estão em campos opostos, não são duas entidades díspares?
Lembra, leitor, que dissemos, ainda neste Espaço, considerar que só ao dar nascimento à SerCiência,  poderíamos tentar buscar essa resposta? Pois bem, vou tentar ─ independentemente da dificuldade deste nosso nível de linguagem  em ultrapassar o racional e o lógico ─, dizer a você como consegui “sentir” parte dessa resposta.
Quando ainda utilizei o dualismo para definir EgoCiência e SerCiência ─ dualismo aí expresso em Ego e Ser ─, já palpitava, em mim, a certeza da não existência dessas duas “entidades”, da forma como são comumente definidas. O que sinto hoje, quase em plenitude, é que o Existencial é o Ser; esse Ser, para mim, é um quantum de ENERGIA ─ breve falaremos dela. Só que esse quantum da ENERGIA ─ que considero, repito, o Ser ─, tem “autonomia” Existencial e, creio eu, um “caminho” a percorrer, desde Sempre e até Sempre, na vastidão existencial do Universo. Por onde esse quantum da ENERGIA circula, precisa, evidentemente, “formar-se” existente naquele específico “ambiente”, naquela específica faixa de frequência, naquele específico campo energético. No caso, Planeta Terra, faz-se necessário “corporificar-se” para a respectiva experiência terrena, desse quantum da ENERGIA.
Neste ponto você, leitor, pode perguntar ─ e deve fazê-lo sempre, pois não nos esqueçamos que estamos trabalhando com Ensaios sobre assuntos complexos e indefinidos:  “Mas, se você diz que a ENERGIA ABSOLUTA é Inteligente e tudo sabe, qual a necessidade de experiências específicas de um quantum, dela mesma, que você define como Ser?
O que posso tentar responder a você (e a mim, também), é que saber algo é diferente de saber “experienciando” aquilo que se sabe. A experiência é sempre acompanhada de uma freqüência energética e, creio eu, é exatamente essa diferenciação de freqüência energética que interessa ao Ser, “experienciar”.
Assim ─ e considerando que as coisas, até mesmo em níveis mais elevados, não ocorrem num passe de mágica, não ocorrem sem que haja um contexto apropriado ─, esse Ser Existencial, um quantum da ENERGIA, precisaria ter um “suporte” o mais próximo possível da matéria ─ corpo humano ─, para que esse “suporte”, ele também um quantum da mesma ENERGIA, mas diferenciado ─ em freqüência ─, do Ser, “suportasse” a densidade terrena apresentada pelo corpo físico e pelo próprio ambiente terreno e pudesse “decodificar” as Sensações ─ em seu conteúdo energético ─, transferindo, assim “decodificadas”, para o Ser. Sei que isso pode parecer complexo demais, mas não o é. Em analogia, poderíamos dizer que o Ser e o Ego seriam as duas faces de uma mesma moeda voltada, cada face, para seu respectivo campo energético porém, ambas atuantes em conformidade com a INTELIGÊNCIA, PENSAMENTO e LINGUAGEM da ENERGIA.
Portanto, a resposta parcialmente sentida é de que o Ego pode ser o “atributo”, do Ser, “suportando” todas as influências do campo energético humano e do próprio Planeta Terra, diferenciados de outros milhares e milhares de campos energéticos existentes no Universo ─ inclusive do próprio Ser ─, e, evidentemente, campos energéticos diferenciados, apresentam frequências diferenciadas. Assim, o Ser, acredito, teria sua atuação no campo energético humano/terreno,  praticamente impossibilitada, em função da diferenciação de frequência. O Ego, em contrapartida, poderia apresentar freqüência compatível, tanto para a captação das frequências humanas ─ cuja principal fonte de emissão seria a SENSAÇÃO, o SENTIR algo ─, quanto para “decodificá-las e emiti-las ao Ser.
Não nos esqueçamos que frequência refere-se, em Física, ao “número de oscilações ou de vibrações realizadas pelo móvel na unidade de tempo.” Dessa maneira, claro está, que a frequência do corpo material é infinitamente diferenciada da vibração do Ser.
Assim, considero agora, com mais certeza, não existir dualidade, oposição entre Ego e Ser; o que existe, creio eu, é a ENERGIA atuando em dois campos aparentemente opostos, com intencionalidade que acredito,  não disponível ao campo humano, para conhecimento, pelo menos não, em totalidade.
Antes de encerrarmos este Espaço, gostaria de deixar alguns pontos no ar ─ que serão vistos, mais à frente ─, e que dizem respeito, primeiro, a fantástica diversidade de Egos atuantes no Planeta Terra; segundo, a visão que tenho da pessoa humana como parte operacional do esquema vigente; terceiro, a possibilidade do Ego ser,  um “protótipo” do Ser.
                   Autoria:  Maria do Rocio Macedo Moraes – Estrela Lunar Amarela

Nenhum comentário:

Postar um comentário