domingo, 6 de fevereiro de 2011

ESPAÇO 10 SAGRADO vs. RELIGIÃO do livro EgoCiência e SerCiência ─ Proposta do Sagrado



Amigos
Vamos dar início a uma série de postagens referentes aos livros EgoCiência e SerCiência – Ensaios, EgoCiência e SerCiência ─ Em busca de conexões quânticas e EgoCiência e SerCiência vs. Proposta do Sagrado (ainda em estruturação).
Esses livros foram nascendo ao longo de mais de 40 anos. Edições do 1º  e 2º foram tentadas; a última negativa foi da editora Madras. Mas sabe, não creio que os livros sejam tão ruins; ainda consigo ter um mínimo de autocrítica. Mas, como são livros,  provavelmente polêmicos  e  sendo a autora, ilustríssima desconhecida, não vão querer criar embaraços, e com razão.
Longe ─  entendam por favor  ─ bem longe de qualquer conexão,  o grande Fritjof Capra, só teve o seu primeiro livro ─ O Tao da Física, editado  em 1975,  porque uma grande amiga sua, em excelente condição financeira, resolveu bancar a edição; todas as editoras contatadas por ele, rejeitaram o original, posto que o livro traçava  paralelos entre a Mística Oriental e a Física. Para seu 2º livro ─ Ponto de Mutação (fantástico!), editoras corriam atrás dele, em função do grande sucesso do 1º, independente de críticas ferozes de alguns membros da comunidade científica, por considerarem “afronta” à ciência, os paralelos traçados.
Voltando, vamos postar algumas partes de cada um deles; posteriormente vamos colocá-los para dowload, sem restrições.
Nesses livros, a palavra ESPAÇO substitui ─ Capítulo.
Iniciaremos com o Espaço 10, do EgoCiência e SerCiência vs. Proposta do Sagrado e o faremos em 3 postagens sequenciais, por ser relativamente longo. Será postado em itálico.
Vamos lá!

ESPAÇO 10  SAGRADO vs. RELIGIÃO  do livro EgoCiência e SerCiência ─ Proposta do Sagrado
1ª  Parte

Talvez,  este Espaço,  possa vir a ser o mais longo e de maior dificuldade, em abordagens, sobre o acima.
No Espaço 6,  fizemos pequena  aproximação com o que é concebido como ─ Sagrado. Mediante informações históricas vimos que os primeiros sinais de “religião” poderiam ser encontrados  nos períodos Paleolítico e Neolítico, quando a ligação profunda do animal humano, com a Natureza e o Planeta, estimulou, provavelmente, “ considerações” muito especiais, dele, com tudo que existia ao seu redor, na Natureza. Em função disso, a Mãe Terra, provavelmente representasse o Planeta que era visto por eles, como ─ A Grande Mãe, denominada Deusa.  Sociedades matriarcais foram instituídas, em função de aspecto mais feminino desse possível “culto”.
Tudo, com certeza,  era considerado Sagrado;  mesmo que eles não tivessem essa “denominação”, para tal;  mas a existência, com absoluta certeza,  de uma “reverência” natural, espontânea para com toda a Natureza e o Planeta, desenvolveu uma atmosfera de sacralidade.
Eles estavam totalmente certos, em minha forma de entendimento; nada, absolutamente nada existe de profano nos entes da Natureza, no próprio Planeta e no Universo; atos podem ser profanos, não as coisas em si.  Explico, em conformidade com o que penso.
Veja, totalmente fundamentada na física quântica, qualquer teoria admite a constituição atômica (somos basicamente constituídos de átomos)  de todo e qualquer elemento da Natureza, do Planeta, e  claro, de tudo que constitui o multiverso, que como explicamos,  é uma nova hipótese científica sobre o Universo, propondo ser ele formado por múltiplos universos, daí ─ MULTIVERSO.
Assim sendo, qualquer animal humano que tenha uma relação de sacralidade, com uma árvore, com uma pedra, com outra espécie animal, com uma  planta, não está, em absoluto, profanando  o princípio criador de tudo ─ a ENERGIA.
Se considerarmos qualquer ente da Natureza, profano,  teríamos que estender esse conceito a todo animal humano; não somos profanos assim como não o é, Tudo, absolutamente Tudo, que existe.
Não somos profanos, em essência; infelizmente agimos profanando o Sagrado, que existe ─ profanamos o ar, ao poluí-lo; profanamos os outros animais, quando admitimos, pacificamente, que sejam mortos para nos servir de alimento; profanamos o próximo, com nossas intolerâncias, nossos preconceitos ao que são, pensam e crêem; profanamos, em nós mesmos, nossa própria essência energética.
A separação entre sagrado e profano é computada, historicamente, à religião instituída.
O que é, realmente, para mim,  uma religião instituída?  Creio que a primeira característica de uma religião instituída, é a “imposição” de divisas.
Vamos dar uma olhada, no Dicionário da Academia Brasileira de Letras e ver a palavra divisa.
divisa s.f.  1. Linha divisória; marco; limite, raia; fronteira. 2. Sinal distintivo; emblema; distintivo.
Qualquer religião instituída tem e impõe linha divisória entre ela e outras; qualquer religião instituída tem seu emblema.
Religião  instituída, pressupõe  ─ e é ─ organização juridicamente constituída, com ordenações organizacionais que incluem, principalmente, hierarquia e escrituras, próprias.
Como organização, impõe aos que a ela se filiam,  seus dogmas, seus lemas, suas burocracias, suas “leis” a serem cumpridas como código de permanência em sua “fileira” de adeptos.
O parágrafo acima apresenta algo que poderia representar certa liberdade de escolha ─ “aos que a ela se filiam,...” Mas, não é bem assim,   especificamente em uma das religiões instituídas.  Com a ideia “implantada” na cabeça dos animais humanos, que ele nasce contaminado pelo chamado ─  pecado original ─ precisando, ainda em seus primeiros dias de vida, receber a consagração e ser liberado,  desse pecado, foi imposto o que se chamou de batismo.  Aquela criança passa a ser então, “aceita” como membro daquela religião, sem opção em aceitar, ou não.
Acredite leitor mais jovem, que em tempos não tão remotos, as pessoas batizavam as crianças com medo de que elas viessem a morrer, em estado de “contaminação”, pelo dito pecado original, o que resultaria, segundo as “pregações”/informações que recebiam, em  esse ser ir direto para algum lugar de expiação, criado justamente para “amedrontar” as pessoas, no caso, os país.
No livro EgoCiência e SerCiência ─ Ensaios, fiz menção a três situações que envolveram religião.
A primeira,  ocorreu quando, morando no Rio de Janeiro, estudava em um colégio de freiras, forma mais comum pela qual eram conhecidos os estabelecimentos de ensino, católicos, para meninas.
Lendo em aula, o Gênesis, onde era narrado que de Adão e Eva teriam nascido, Caim e Abel, estranhou-me o fato de  Caim ter matado  Abel,   fugido para um local distante,  encontrando, então,  uma mulher com a qual se casou.  Nesse ponto, fiz uma pergunta, mais ou menos assim:  ─ Como Caim encontrou uma mulher se a Bíblia afirma que só existiam Adão, Eva, Caim e Abel?  Em razão dessa pergunta,  meus pais foram chamados para uma conversa com a diretora. Fiquei sabendo, depois, que meu comportamento foi considerado rebelde e impróprio e que meus pais precisam conversar comigo, impedindo que fatos semelhantes ocorressem o que poderia redundar, até mesmo,  em expulsão.
Comentei, no livro citado, a grande sorte, de ter tido como pais, duas pessoas altamente evoluídas, mental e espiritualment;, pessoas que sempre me incentivaram a questionar, a buscar maiores esclarecimentos em tudo que tivesse dúvida.


Obs.: palavra ideia sem acento, em concordância com as novas regras.


Continuação na próxima postagem.
Autoria: MRMM – Estrela Lunar Amarela

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