segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

A SONHADA TEORIA DE TUDO


                                           
Desde Albert Einstein, pelo menos, o sonho de uma teoria física que englobe todas as quatro forças fundamentais ─ gravitação, força nuclear forte, força nuclear fraca e a eletromagnética ─, vem sendo perseguido por todos os “descendentes” de Einstein, no campo científico.
Vejamos, de forma bem simples e rápida, em que pé está a busca pela Teoria de Tudo.
Depois da Teoria Especial da Relatividade, de Einstein, de 1905, onde o conceito de espaço e tempo, separados,  definido na Teoria de Newton foi atualizado, dando nascimento ao conhecido espaço-tempo,  unindo as 3 dimensões de espaço com a dimensão de tempo, mas deixando de fora os conceitos de gravidade, o próprio Einstein, em 1915, lançou sua Teoria Geral da Relatividade, cuja fórmula  síntese (se é que assim se pode dizer)  ─ E=m.c2,  junto com a foto de um cientista descabelado ─ o próprio Einstein, tornou-se mundialmente conhecida. As pessoas usaram e abusaram, usam e abusam do “tudo é relativo”, mesmo que não expliquem o principal ─ relativo a quê elas se referem, quando falam banalidades e usam esse jargão.
Na década de 60, a teoria das Cordas e Supercordas nascia, com a pretensão de comprovar que os chamados blocos fundamentais não seriam mais as partículas, individualmente postas e sim, objetos unidimensionais, semelhantes a cordas, que ao vibrarem, “comporiam”  as partículas subatômicas e suas propriedades, é claro. Cada partícula, portanto, existiria em padrão de vibração particular, das cordas, ou seja, conforme as cordas vibrassem, esta ou aquela partícula “surgiria”, numa analogia com as notas musicais criadas pela vibração das cordas,  de um instrumento. Essa teoria, para ser aceita, impunha a existência de dimensões que variavam de 26 ─ na teoria das cordas, a 10 ou 11 ─ na Teoria das Supercordas. Essa obrigatoriedade de existência de mais dimensões, assustava e,  ainda assusta,  muitos cientistas pelo receio de aproximação com teorias esotéricas, que sempre propuseram  a existência de outras dimensões, além das conhecidas.
Após a Teoria das Cordas e Supercordas, veio a Teoria das Branas,  nascida da própria Teoria das Cordas. Brana seria, a grosseiríssimo  modo, como um lençol estendido, feito de “película” invisível, é claro. Pense em um lençol (de linho, de preferência),   posto para secar em um varal, e nos movimentos que ele faz, ao sabor dos ventos. É uma analogia extremamente fraca, mas consegue lançar luz sobre a Brana. Veja que a grande dificuldade em se tentar dar um “aspecto” conhecido, às teorias que são, fundamentalmente estruturadas,  por complexos cálculos  matemáticos, é o perigo de passar uma imagem errada; as pessoas, nós, em grande maioria, pensaríamos em “cordas” e “lençóis” como imagens verdadeiras; não o são; a “forma” nascida dos cálculos pressupõe estruturas que poderiam se assemelhar a isto ou aquilo, sem que esse isto e esse aquilo, sejam concretos.Transmitir, em linguagem comum, a complexidade de uma teoria científica é algo profundamente complicado, para os cientistas; quando eles falam em cordas e branas sabem, perfeitamente, que não são factuais e precisam deixar claro, isso, para quem se interessa, mas não dispõe de conhecimentos matemáticos profundos, para entendimento dos conceitos fundamentais, de cada teoria, que salta às vistas através das equações complicadíssimas, de cada uma.
Voltando, atualmente o que movimenta os círculos científicos é a Teoria M, sigla da Teoria do Multiverso, propondo que o universo é formado por um número indefinido, ainda, de universos; portanto ele é um Multiverso.
Pelo que se vê, a famosa Navalha de Occam está começando a perder o fio; os cientistas abandonaram, praticamente, todas as reservas, todos os preconceitos  que tinham, sobre muitos universos, universos paralelos, muitas dimensões.
Uma coisa é certa ─  até agora nada há de conclusivo; entretanto, como são magníficos esses avanços científicos!  Saímos lá do a-tomo de Demócrito e Leucipo (que já abordamos em outro “artigo”),  passamos pela descoberta de que o átomo não era indivisível, nem mesmo as partículas ─ algumas delas; hoje estamos a ponto de termos quase tudo que se tem sobre conhecimento científico, principalmente no campo da física, definitivamente comprovado ou não, dependendo das observações que serão feitas pelo LISA, um mega satélite formado por 3 satélites,em formação triangular e  com tecnologia que utiliza a interferometria a laser. Esse satélite será lançado agora, em 2011 e será definitivo, em suas “observações”,  para comprovação ou não, de várias teorias físicas. As expectativas  da comunidade cientifica,  estão em ponto máximo; não é para menos; se os resultados forem contrários ao que esperam, grande parte do que foi visto, até hoje, pode vir a ser considerado “lixo”. 
E há motivos para essa tensão científica; o satélite WMAP, lançado em 2001, que está ainda em operação ─ pelo menos é o que consta nas informações científicas ─,  já tem transmitido, aos cientistas, informações que eles não gostariam muito de estar recebendo; uma delas é exatamente a que prevê a existência de múltiplos universos; a cosmologia, tal qual a temos,  está sendo tremendamente “mexida” por inúmeras informações fornecidas por esse satélite.
Outra informação importante, do WMAP é sobre a composição do Universo ─ 4% é matéria ordinária, matéria comum;  23% é matéria escura e 73% é energia escura, esta,  visualizada na cosmologia,  como uma hipotética energia que age em oposição à gravidade, ocasionando expansão acelerada, do universo. Essa é outra importante informação que a NASA já repassou, aos cientistas ─ o universo está em acelerada expansão!
Olha, podemos chegar a um ponto, em que o nosso antigo e querido átomo,  da forma como é considerado, pela ciência, simplesmente não exista; essa é uma hipótese que assombra os próprios cientistas; já imaginou o que isso significaria?



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