03/03/2011
Ásia, maior continente do Planeta, subdividido em: Oriente Médio, Sul da Ásia, Sudeste da Ásia, Extremo Oriente e países da ex-União Soviética, repleto de fatos históricos de importância mundial, em diversas áreas do pensamento e desenvolvimento, humano.
Ao pensarmos no continente asiático, imediatamente nos lembramos da Mesopotâmia (atual Iraque) e claro, da Babilônia, que possui 2 significados ─ em babilônico quer dizer “Porta de Deus” e em hebraico “Confusão”; foi sob esse significado que ela entrou para a história; não é difícil saber a razão, não é?
Babilônia, nos faz lembrar do famoso Código de Hamurabi, o mais antigo e completo código de leis, que a história registrou. Só por curiosidade, vamos dar uma olhada em dois “artigos”, desse código.
●210 ─ Se um médico fizer uma larga incisão com faca de operação e matar o paciente, suas mãos deverão ser cortadas.
● 229 ─ Se um construtor construir uma casa para outrem, e não fizer a casa bem feita, e se a casa cair e matar seu dono, então o construtor será condenado à morte.
Fazendo uma brincadeirinha, já imaginou o que teria acontecido com Sérgio Naya, quando do desmoronamento do edifício Palace II, no Rio, em 1998, se estivesse em vigor o Código de Hamurabi? Pois é, 8 pessoas morreram e mesmo assim, ele foi considerado inocente, pela nossa “bela” justiça; morreu, sem lhe ser imputada nenhuma culpa.
Mas, o que nos interessa, nessa nossa conversa, é o Oriente Médio que se localiza na junção Eurásia, África, Mar Mediterrâneo e Oceano Índico. Essa região foi apontada, pelo historiadores, como berço do judaísmo, islamismo e cristianismo, portanto, um verdadeiro “caldeirão” religioso, ou melhor, um verdadeiro “campo minado”.
A unificação dessa região, tal qual a temos hoje, começou, segundo datação histórica, em 632 d.C, logo após a morte de Maomé e o surgimento dos Califas, sendo que os 4 primeiros Califas foram denominados ─ “Califas corretamente guiados”. Os Califas eram/são considerados como sucessores de Maomé.
Mas a unificação de fato, deu-se durante os Califados árabes, na Idade Média; foi, mais especificamente, ainda, durante a vigência do Califado Otomano. Ao término da 1ª guerra mundial, o Império Otomano desfez-se, e a região, então, conformou-se, tal qual os dias atuais.
Através da estrutura midiática, temos as notícias mais desconexas, sobre a região. Quando tudo estava em acordo com os mandamentos dos E.U, os chamados “ditadores”, não eram assim considerados pelos americanos e pelo resto do mundo, é claro; a mídia dominada, não ousava levantar questão alguma, a respeito. Bastou os ventos mudarem, bastou o governo americano declarar-se contra para que a mídia invertesse, totalmente, seu discurso. Segundo é informado, a população de cada país, hoje em rebelião, tem condição sofrível, de existência. Estranho. Fiz uma rápida pesquisa sobre o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), dos países da região e verifiquei que 8 deles têm IDH alto; 8 com IDH médio e apenas 2 com IDH, baixo e que não estão, ainda, em rebelião. Fica a pergunta: qual é a verdade?
Além do quase eterno conflito entre Israel e Palestina, agora eclodem várias situações de conflito para derrubada de “arcaicas” estruturas de poder, em grande parte de países dessa mesma região, além do Continente Africano, com o caso atual, da Líbia. O mais interessante, de tudo, é que grande parte desses movimentos são favoráveis a desvinculação do Estado da questão religiosa; um fundamento, portanto laicista. A questão de democracia é quase periférica; o importante é que esses povos não querem mais viver sob domínio do Estado/Religião; não querem mais a religião ditando normas, impondo barreiras. Isso realmente é incrível, se pensarmos em como é dito serem aferrados, às questões religiosas.
Sei que é bastante difícil, para a maioria das pessoas, ver em fatos como esses, por exemplo, sinais claros de uma alteração nos caminhos da humanidade; talvez um salto qualitativo, do pensamento humano ─ UMA NOVA ERA!
Novas Eras, sempre existiram; o decadente, um dia chega ao fim para que o novo surja; nada permanece para sempre. Em relação a tempos de mudança, vale a pena lembrar parte do que é dito no Hexagrama 24. FU/RETORNO (O PONTO DE TRANSIÇÃO), do I CHING.
HEXAGRAMA 24. FU
“Após uma época de decadência vem o ponto de transição. A luz poderosa que tinha sido banida retorna. Porém, esse movimento não é provocado pela força. ..., o movimento é natural e surge espontaneamente. Por isso a transformação do antigo também torna-se fácil. O velho é descartado e o novo, introduzido. Ambos os movimentos estão de acordo com as exigências do tempo e, portanto, não causam prejuízos. Formam-se associações de pessoas que têm os mesmo ideais. Como tal grupo se une em público e está em harmonia com o tempo,os propósitos particulares e egoístas estão ausentes, e assim erros são evitados.” O negrito é meu para chamar atenção sobre a praça Tahir, no Cairo ─ Egito, palco das ações que derrubaram Mubarak, recentemente.
Voltando, nota-se que determinadas épocas parecem propicias a mudanças muito mais significativas, muito mais abrangentes; creio que estamos no pico de grandes alterações, em diversos campos do humano e do próprio planeta Terra.
Sempre me fascinou o que muitos denominaram de ─ Era de Aquário; suas proposições principais são extremamente positivas ─ Fraternidade, Paz, Igualdade.
A Fraternidade passaria a existir de fato, sem necessidade de catástrofes para motivá-la, através da solidariedade, que quase sempre impera, nessas ocasiões.
A Paz, seria alcançada, primeiramente, em cada animal humano, refletindo-se, então, na humanidade e no Planeta, como um todo.
A Igualdade, seria apenas a exteriorização verdadeira, legítima da verdade maior ─ Somos, em essência, em fundamento, iguais; somos a multiplicidade na unidade, nós e todos os seres da Natureza!
Você pode argumentar, que se acredito tanto, na Era de Aquário, qual a razão de usar o verbo no Futuro do Pretérito?
Porque nada é feito ou acontece, através de utilização de varinha de condão; em questões do animal humano, cada um tem, obrigatoriamente, que fazer a sua parte; eis a grande dificuldade, de tudo. Será que...?
Sabe, acho que cabe contar, aqui, algo que ouvi da mãe de uma grande amiga minha ─ dona Alice, uma baiana porreta, que tem 85 anos e que mora em Londrina; ela contou que a avó dela, dizia sempre, o seguinte:
─ “Quem quiser um mundo melhor, que faça.”
Gente, pensem bem na extensão dessas palavras ditas por uma mulher simples, maravilhosa descendente de africanos e índios, que não sabia ler nem escrever, lá do interior da Bahia, nascida nos idos de 1800!
Olha, eu ia continuar o assunto; entretanto, creio que encerrá-lo, com o que foi exposto, nos últimos parágrafos, é o que de melhor, posso fazer.
Maria ─ Estrela Lunar Amarela
Nenhum comentário:
Postar um comentário