sábado, 19 de março de 2011

UMA OPINIÃO RELEVANTE



                                                                                                                                    18/03/2011

Recebi, via e-mail, um comentário extremamente interessante, assinado por ─ Gustavo, uma pessoa que conheci, rapidamente,  em uma livraria e que diz acessar o blog, com certa frequência.
Foi bastante longa a sua mensagem; respondi, dizendo que seu comentário merecia um post ─  este.
O cerne de seus comentários, é, nas palavras dele, a miscelânea  dos assuntos, postados. Gustavo diz não entender bem, as facetas mostradas, no que é postado. A divergência, dos assuntos  é, segundo ele, “estranha”;  por vezes questões políticas, outras, esotéricas, além de assuntos pessoais como ─ Retrato de um amigo.
Ele termina a mensagem com duas perguntas bem diretas:  “Qual é, exatamente, a sua?”  e “Por que você trata a pessoa como animal humano/”.
Gustavo,  antes de mais nada,  é muito bom ter esse tipo de interação; nos faz refletir sobre como somos compreendidos, ou não, naquilo que tentamos expor.
Tentar responder a você, qual é a minha, é difícil. Seria mais fácil dizer sobre o que não gosto de falar/escrever. Não gosto de falar sobre tragédias, pura e simplesmente; elas estão acontecendo quase que diariamente; cada um precisa fazer reflexão própria, sobre. Não me faz a cabeça escrever sobre fofocas da mídia, nem sobre bolsa de valores, aplicações financeiras e similares, entre outros.
Confesso, entretanto, que minha tendência, como você pode observar, é a fusão entre a mística e física quântica que prevejo, será extremamente favorável,  ao animal humano.  Minha afinidade maior, então,  é com a ciência, mais especificamente a física e de forma especialíssima ─ a Física Quântica, razão de nossa rápida conversa, no encontro acima citado.
Aliás, animal humano, grifado acima, parece a você, depreciativo. Não Gustavo, não é, acredite.
Somos membros da família animal ─ Primata bípede /Homo Sapiens, que em latim quer dizer: “Homem sábio”, exatamente o que não somos; se fossemos, não estaríamos presenciando os atuais acontecimentos do Planeta e da dita civilização.
Veja o pensamento abaixo, por favor.
"O Homem não é o único animal que pensa. Entretanto, é o único que pensa que não é animal." Pascal

A esse pensamento de Blaise Pascal (1623/1662), grande físico, matemático, filósofo,  nada há para acrescentar. Pascal tem outro pensamento, que é o mais famoso, dele:  O coração tem razões que a própria razão desconhece”. 

Pegando carona no último pensamento citado, afirmo a você que meu coração pulsa ─ como o de todos os seres da natureza ─ na mesma frequência que o Planeta Terra; isso não é nem místico, nem esotérico ─ é científico. Ele também pulsa, como não poderia deixar de ser, em uníssono com a humanidade, com toda a Natureza. Imagine o quanto ele anda sofrendo, ultimamente. Mesmo que tenha muita propensão ao racional e lógico, não consigo dominar o coração e ele, muitas vezes, sangra. Ainda bem que esse sangrar é metafórico; mas a dor é tão grande, talvez maior do que se fosse real, acho.

Gustavo, você também diz que em um post abro “muitas questões secundárias” e você está certo. Entretanto, elas podem ser secundárias, mas não são impróprias, pelo menos em meu entender. Acontece que nada é estanque; tudo está intimamente relacionado, de uma forma ou de outra e como não sou expert, em nenhum assunto, especificamente, transito entre vários, buscando as conexões afins, vasculhando várias teias que tecem  o todo,  da  questão enfocada. Entretanto, não se consegue perceber a totalidade, de tudo; isso é próprio de gênios e estou anos-luz, de tal condição. Faço o que posso, dentro de minhas limitações, que são muitas.

Sabe Gustavo, tive a felicidade de ter tido um ambiente familiar em que a busca pelo saber foi sempre incentivada, sem barreiras, principalmente a religiosa que normalmente, no milênio passado, em que nasci, representava profunda submissão ao que havia sido estabelecido pelo poder institucionalizado, da religião. Sem barreiras, sem preconceitos, a busca pelo saber fez-me livre para pensar, tornando-se, a busca pelo saber, o leitmotive, de minha vida, em várias áreas. Essa busca pelo saber, entretanto, é diferenciada, em muito, da assimilação de conhecimento que configura ─ intelectualidade. Não sou,  nem nunca me esforcei para ser,  intelectual; nada contra aos que o são; acho inclusive fantástico pessoas com grande bagagem cultural, condição precípua para a intelectualidade. Esse não é o meu perfil.

Espero ter dado a você uma “panorâmica” da forma como as coisas transitam, no meu mental, que é um pouco complicado, justamente por sempre querer saber um pouco mais sobre aquilo que leio e ouço, de forma mais específica, quando se trata de assuntos explorados pelo setor midiático. Praticamente, quase tudo que leio ou ouço, imediatamente é envolvido por um ponto de interrogação (?);  aí,  corro atrás de complementações que possam resolvê-lo e/ou eliminá-lo. E foi sempre assim ─ dos primórdios de minha estória de vida até os atuais 67 anos,  completos.

Gustavo, termino agradecendo, mais uma vez, pela sua presença, agora virtual; espero que possamos trocar mais pontos de vista; isso é enriquecedor, pelo menos para mim.

Autora:  Maria ─ Estrela Lunar Amarela 

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