08/04/2011
Esta semana, 3 fatos despertaram inúmeros questionamentos, em mim, todos relacionamentos ao País.
O primeiro, a polêmica sobre a construção da usina de Belo Monte. Segundo informações, ong’s atuantes, no Brasil, fizeram petições em favor dos povos indígenas, da região do Xingu ─ que teriam seu habitat transformado, em razão da construção ─ à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, da OEA. O atual secretário-executivo, dessa organização fez, então, uma declaração pedindo a suspensão das obras da respectiva usina.
Estranhei que a Organização dos Estados Americanos, ao invés de pedir, via diplomacia, informações precisas, dessa obra do PAC, tenha acatado o que foi exposto, nessas petições, pura e simplesmente. Será essa a atitude correta?
Que ong’s são essas que conseguiram essa façanha? Quem são as lideranças indígenas, também atuantes, nessa questão?
Há razões mais que suficientes para os questionamentos acima.
Vai longe o tempo em que ong’s, pareciam acima de qualquer suspeita; as ramificações de algumas delas, hoje em dia, estão bem longe, espacial e ideologicamente falando, de algumas sérias ong’s, genuinamente brasileiras.
Alguns povos indígenas, de hoje, também não são mais os mesmos, de antigamente; evoluíram; suas lideranças, muitas vezes, são convidadas para “cursos especiais”, principalmente por organizações americanas; ao voltarem, trazem ideário quase neoliberal.
Por outro lado temos, no país, mídias praticamente parciais; com esse defeito, não há como esclarecer o que realmente está ocorrendo com o projeto da Belo Monte. Se a imprensa fala, desconfiamos também ─ ou, até mais.
De qualquer maneira, espero que tenhamos um serviço de inteligência, profundamente antenado com movimentos de ong’s e comissões de direitos humanos. Já tivemos oportunidade de falar, em outro post, sobre ong’s e comissões de direitos humanos, cuja principal função é desestabilizar, criar polêmica, até conseguir algum tipo de intervenção onde estão “trabalhando”, em consonância com ordens recebidas.
O segundo, está relacionado ao caso Bolsonaro que nenhum comentário merece, sequer, ser feito. Acontece que vi, na Internet, convocação para um ato público de apoio a essa criatura, por simpatizantes, a ser realizado em São Paulo. O que me chocou, profundamente, foram os sentimentos expressados em mensagens de cunho extremamente preconceituoso, atingindo principalmente, homossexuais, pobres e negros.
O que está acontecendo? Nunca, realmente nunca vimos tal coisa, no país. Torno a repetir que esse tipo de comportamento tornou-se mais visível e crescente, após as eleições de 2010, para presidência. Tem algo errado acontecendo; não me parece ser só uma questão de afinidade entre “mestre” e seguidores ideológicos. É bom ficarmos atentos!
E é claro, que o chocante acontecimento na escola, em Realengo, deixou, não só a mim, mas a todos, profundamente consternados; este é o terceiro fato.
O que aconteceu, no Rio, é algo que o país nunca viu, após massacre da Candelária, é claro, que teve outra vertente.
O que me chama atenção, nesse caso específico, é o tema religioso, exposto no que dizem ser, a carta do autor da chacina. E ai reside a grande preocupação. Qual igreja ou templo, esse rapaz frequentava, se é que o fazia?
A pergunta tem fundamento. Tempos atrás, criei coragem e fui até um “templo”, de uma dessas novas religiões, assistir um culto; até os poucos fios de cabelo que tenho, ficaram arrepiados. A força de oratória, do pastor, com certeza entra ouvidos à dentro, despertando sinapses que melhor seria, continuassem adormecidas. É uma verdadeira lavagem cerebral; sabem muito bem o que fazem, como fazem e como falam, para alcançar seus intentos. Os que ali estão, desarmados para tal embate, sucumbem, com extrema facilidade a tal ─ verborréia pastoral. É algo inacreditável e assustador!
Os preconceitos impregnam o ambiente; tudo é pecado. A única salvação, parece ser, fazer donativos para espantar o mau, arranjar emprego, ganhar dinheiro, e então agradecer, mediante constantes e polpudas, doações.
Para mentes um pouco desequilibradas, é munição certa, para atos como esse, em referência.
É muito fácil ─ e um excelente negócio ─ abrir um ponto comercial ─templo, fazer o que fazem, nadar em dinheiro e não ter que pagar um centavo, pelo que recebem. Se pequenos empresários sofrem com carga tributária, sobre seus negócios, qual a razão da isenção às religiões? Como podem, algumas delas, oferecer até franquias?
O pior, é que o sistema político brasileiro está sendo tomado de assalto, por membros que encabeçam alguns desses ─ novos credos.
Creio não ser necessário dizer que as pessoas ainda não aprenderam a tomar conta de suas vidas, sozinhas; apoio emocional é sempre procurado, pela maioria de nós; esse não é o problema. O problema é o que é feito, por alguns grupos, em relação a essa busca, a essa necessidade; é uma pena a desconsideração e total ausência de ética dos mentores dessas organizações, em sua grande maioria.
Maria ─ Estrela Lunar Amarela
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