domingo, 11 de setembro de 2011

COINCIDÊNCIAS?


                                                     10/09/2011

Dia 27/08 postamos ─ IMPASSE DECISIVO.

Ao final, colocamos pensamento de James Stanovnik ─ “A humanidade tenderá para a igualdade social, não por generosidade dos ricos mas sim, pelo seu próprio egoísmo, entregando parte do que tem para não perder tudo.”

Antes de continuarmos, creio que é necessário explicar algo.

Tentei achar James Stanovnik, em buscas, na Internet, antes de postar; nada encontrei.

Retornei às pesquisas, esta semana e encontrei Janez Stanovnik,  nascido na Eslovênia em 1922, economista e ativista político. Creio que este seja o verdadeiro nome do autor daquele pensamento exposto, acima replicado. Talvez tenha me enganado quando anotei-o,  isso nos idos de 1980. Se alguém souber de algo, nesse sentido, por favor, nos informe.

Bem, feita essa observação, qual a razão do título deste?

Acontece que dia 29/08 recebi publicação da Petrobrás, via e-mail ─ Parem de mimar os super-ricos,  artigo traduzido por Cauê S. Ameni, extraído do New York Times. Nele, o mega-rico ─ Warren E. Buffet diz  que ele, e outros pares, não se negariam a maiores tributações, como forma de ajuda às condições atuais, da economia. Entre outras coisas, Buffet diz:

“Enquanto os pobres e a classe média lutam por nós no Afeganistão, e a maioria dos norte-americanos se esforça para fechar suas contas, nós mega-ricos continuamos a desfrutar de incentivos fiscais extraordinários. Alguns de nós,  somos gestores de investimentos. Ganhamos bilhões com nosso trabalho, mas podemos classificar nossa renda como “participação nos resultados”, pagando uma pechincha de 15% de imposto. Outros, aplicam nos mercados futuros de ações e obtêm, em dez minutos, lucros de 60% sobre o capital aplicado. Mas seu ganho é taxado em apenas 15%, como se estivessem investindo a longo prazo.”

“Conheço bem muitos dos mega-ricos. Em geral, são pessoas muito decentes. Eles amam os Estados Unidos e apreciam a oportunidade que este país tem dado a eles. Muitos aderiram à Giving Pledge [filantropia], prometendo doar a maioria de sua riqueza para o bem comum. A maioria não se importaria de ter que pagar mais impostos, especialmente quando muitos de seus concidadãos estão realmente sofrendo.”

“Eu e meus amigos já fomos mimados por tempo suficiente pelos amigos-dos-milionários no Congresso. É hora de nosso governo levar a sério a divisão do sacrifício.”

Tem mais.

Em 04/09, no site rebelion.org. , encontro este artigo ─ Millonarios alemanes exigen que se suba la tributación a las grandes fortunas – Fonte: nuevatribuna.es

“Cuatro millonarios alemanes han hecho un llamamiento a través del semanario político "Die Zeit" para exigir que se aumente la tributación de las grandes fortunas del país, para contribuir a incrementar los ingresos de las arcas del Estado en tiempos de crisis financiera.”

Eis, nesses dois artigos, a incrível coincidência entre o pensamento de Janez Stanovnik e a proposta desses magnatas, de terem  intenção de que suas tributações sejam aumentadas.

Nunca tal fato aconteceu; muito pelo contrário. Todos os mega-ricos, como diz Buffet, sempre foram “poupados”, por razões, as mais diversas. De repente, eles, em gesto espontâneo, em dois lados do Planeta, resolvem admitir que a carga tributária, dos não ricos, é extremamente pesada e as deles, bom... brincadeira!

Mas, como consta do pensamento de Stanovnik, não é porque são “bonzinhos”; é que as coisas andam tão periclitantes (será que esse termo ainda está em uso?), que é melhor  ganhar um pouquinho menos, do que não ganhar nada.

E olha que alguns ainda duvidam que coisas extraordinárias,  estão acontecendo; o inusitado das questões dos dois artigos acima,  talvez estejam antecipando maiores, muito maiores modificações comportamentais, justamente como preparação para o ─ definitivamente surpreendente!

Maria ─ Estrela Lunar Amarela
─ algum erro detectado, por favor, nos comunique.

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