sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

ESPAÇO-TEMPO DA NÃO-MATÉRIA


24/02/2012


No post anterior, falamos sobre o Espaço e Tempo daMatéria.

Neste, vamos abordar o que consta do Espaço 8 dolivro EgoCiência e SerCiência ─ Ensaios, que aborda o Espaço-Tempo da NãoMatéria (*). Virá todo em itálico.

 ESPAÇO 8



P.1      Talvez a concepção do grande cientista ─ ehumanista ─, Albert Einstein, de  um  espaço-tempo como entidade única,  nãoseparados,  possa na realidade, falarmelhor sobre o espaço e tempo da Não-Matéria, porque em realidade, a concepçãode Einstein veio demolir o antigo conceito de espaço e tempo não combinados,não participantes ou atuantes em um mesmo Agora.


P.2      Para a Não-Matéria inexiste espaço etempo, como nós os concebemos.


P.3      Quando damos nascimento em nós, àNão-Matéria, compreendemos, percebemos que o espaço, em sua extensãoindefinida, é algo em que a pessoa não consegue situar-se, como matéria; é algovago demais para que a pessoa possa ultrapassar aquele referencial que tem, detridimensionalidade, e encontrar dentre as centenas ou milhares de recortes,um, que possa encaixar-se ─ materialmente falando ─, quando tenta pensar em umespaço que transcende a noção que dele tem.


P.4      Não há como se falar, por exemplo, emUniverso, em Infinito e querer que as pessoas possam conceber ─ mental elogicamente, apenas ─, o que eles possam ser. Existirá, naturalmente, umabarreira intransponível entre o mundo das idéias, das pessoas ─ mundo essedirecionado ao concreto, ao físico, ao material ─ e a idéia de Universo, deInfinito.


P.5      Aquela pessoa que, “embrionando-se”,deixou nascer a Não-Matéria, o Ser, passa a conviver internamente com asensação de Universo, de Infinito e de Eterno. Ela sente o Universo e sabe queele é muito mais não dimensionável do que se possa tentar imaginar ou teorizar.


P.6      O Ser que “nasce” na pessoa que concebeu aNão-Matéria, sabe do Universo, do Infinito, do Eterno, não através do que overbo saber define, mas através do verbo Sentir, verbo esse que, em realidade,deveria ser conjugado apenas na 1a pessoa do singular e ainda emdeterminados tempos, apenas.


P.7      Sentir é diferente de saber; porém,pode-se saber de algo através do sentir, principalmente em relação a tudoaquilo que não se pode apreender e compreender, através de palavras.


P.8      A pessoa que ultrapassou as barreiras desimples pessoa, alcançando o Ser, implodiu em si a materialidade física emental, descobrindo-se conhecedora do Infinito, do Eterno, através daNão-Matéria, de que é composta. Essa ultrapassagem de barreiras que dificultam─ e na grande maioria das vezes impedem ─, a pessoa de conceber a Não-Matéria,transfere, do Ser para a pessoa, a realidade do Infinito e do Eterno, atravésdo Sentir.


P.9      A dificuldade em se falar sobre a Não-Matéria,e em extensão, sobre o Infinito e o Eterno, está na impossibilidade de seexplicar um sentir quando não existe ressonância de um sentir, pelo menosparecido, naquele para quem se está tentando dar essa explicação. Veja: quandoalguém que sente determinado medo, fala sobre isso a outra pessoa,provavelmente apenas duas coisas podem ocorrer:

─se essa pessoa já sentiu alguma vez, algum tipo de medo, ela poderá imaginar ─tendo como referência o seu próprio medo ─, o que esse alguém está sentindo,mas só poderá imaginar, não vai sentir identicamente a extensão exata do medoque lhe está sendo explicado;

─ seessa pessoa jamais sentiu medo, de forma tão profunda, se desconhece essasensação, ela sequer poderá imaginar a que está se referindo esse alguém.


P.10    O sentir, seja ele em que aspecto for emuito mais no abstrato, no emocional, é estritamente particular ─ Único. Sevocê e eu, por exemplo, sentimos dor de dente, as nossas dores, apesar de seremfisicamente iguais em origem, mesmo assim não o serão em nosso nível maisprofundo de sentir, porque a dor que sentimos terá, em cada um de nós, uma“frequência”, uma amplitude diferente, dependendo de todo um complexo sensívelde nosso ser mais profundo e total; note que estamos falando de um sentir causadopelo físico, sentido pelo físico; que dirá então dos de outro nível!


P.11    As pessoas se sensibilizam mais com dores esofrimentos de outras pessoas quando já passaram por algo semelhante. Por essarazão, a grande maioria não se sensibiliza com a dor, com o sofrimento animal,vegetal, porque desconhece o nível de sensibilidade deles à dor ou aosofrimento; aliás, muitas pessoas sequer conseguem imaginar que outros seres danatureza possam ter outro nível de sofrimento, além daquele que chamam de “simples”dor física. Mas para aquele que desenvolveu a afinidade com a Não-Matéria, doSer, o clamor de qualquer ser da natureza é compreendido, atingindo, essacompreensão, o clamor constante do próprio Planeta Terra.


P.12    Portanto, falar sobre algo que é percebidoquando se penetra em nós, profundamente, é algo que exige um cuidado muitoespecial. Da mesma forma, falar simplesmente sobre Espaço e Tempo daNão-Matéria é impossível, porque inexiste Espaço e Tempo ao se tratar deNão-Matéria ─ Espaço e Tempo como entidades separadas e perfeitamentedelineadas, demarcadas. Talvez o máximo, mas também o mais comum, o maissimples que se possa dizer sobre o Espaço/Tempo da Não-Matéria, é que elestransmutam-se em Infinito e Eterno, e que o Infinito não é (um) lugar, e oEterno, não é (um) tempo, e que ambos, em conformidade com a Não-Matéria, sãounicamente um SENTIR.


P.13    Há algo bastante difícil de explicar, quantoa esse SENTIR que falamos tanto. Esse SENTIR, que é PURA SENSAÇÃO ─ portanto,não-dissonante ─, é relativo apenas ao “quantum” desse SENTIR é possível aonosso Ser “suportar”, apesar desse“quantum” ser idêntico a todos os demais “quantum´s”, por ser expressãolegítima do TODO CONEXO, que se dá em “porções”, dependendo apenas dasensibilidade do Ser. Esse Ser é o TODO CONEXO, na proporção dessa “porção”,sem entretanto considerar-se mais ou menos, pois mais (+) ou menos (-),inexistem a esse nível; apenas a PURA SENSAÇÃO existe, igual no Todo ediferenciada (sem o ser), nas “porções”. Uma analogia profundamente simplespode ser feita, como uma forma de tornar menos complexo o que acima foidito:  imagine um grande bolo ─ dechocolate, por exemplo ─, cortado em dezenas de fatias; cada fatia desse bolo éo próprio, independente das fatias serem todas iguais em tamanho, ou não.

Maria doRocio Macedo Moraes
Maria ─Estrela Lunar Amarela


(*) Sem hífen, em  acordo com as novasregras ortográficas.

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