sexta-feira, 23 de março de 2012






Reproduzimos neste, mensagem enviada em 22/03/2012



MENSAGEM  AO  CONGRESSO  NACIONAL

23/03/2012



Temos acompanhado, nas últimas semanas, notícias sobre certo  mal-estar entre a base governista e a presidenta Dilma Rousseff, fato esse que promove extensos comentários de mídias neoliberais, envoltos em certo ar de, satisfação.

O que nos preocupa é o quase “infantilismo” ─ para não usar de outro substantivo, mais próprio, mas rude ─ , nas atitudes de grande maioria de parlamentares, tanto da Câmara quanto do Senado.

Parece-nos que falta maturidade enquanto sobram velhos paradigmas que os srs. congressistas, teimam em manter.

A maturidade, a que nos referimos,  é aquela que sabe diferenciar entre o real e o ilusório; os congressistas, em sua grande maioria, não está conseguindo observar/analisar, de forma holística os fatos mais relevantes que pipocam por vários países do mundo, revelando um assustador cenário de descontrole político, social, econômico e financeiro; várias forças enfrentam-se no desespero de manter um status quo destinado ao esfacelamento, em sendo mantidas as velhas, degradantes e falsas proposições.

Isso não é ilusório; é real.

Os velhos paradigmas sobre política, sociedade, governos, democracia, capitalismo não estão conseguindo se manter frente a algo novo, ainda indefinido e  indefinível,  em toda sua extensão.

O mundo revoluciona-se,  em as suas múltiplas facetas. Os velhos “chavões” utilizados em todos os setores políticos, econômicos, sociais e religiosos estão fadados à decadência e invalidez, justamente pela dissonância,  com os tempos de hoje.

Os dois últimos parágrafos definem o cenário no qual, teceremos rápida abordagem focando, especificamente, a situação do Brasil.

O Brasil está se mantendo ─ independente das tremendas forças conflitantes, dissonantes ─ relativamente bem, em vários setores; a sociedade, em função dos avanços sociais obtidos, nos últimos 10 anos ─ e não mais que isso ─, mostra-se confiante nos destinos do País, independentemente dos setores midiáticos que cobram, através de seus “analistas” de plantão, uma situação que beira ao utópico,  quando se pensa nas décadas perdidas ─ 3, no mínimo; não fosse isso, aí sim,  o Brasil poderia estar como eles propõem que esteja agora, já!

Temos muito trabalho pela frente; mas muito foi feito  ou melhor,  arrumado, em pequeno espaço de tempo; se fossemos falar sobre, seria demasiadamente extenso.

Entretanto, o que nos preocupa,  imensamente,  é como está a cabeça, a mente de cada um dos 594 congressistas;  o que cada um “pensa” sobre sua responsabilidade perante o País, perante a sociedade.

Admitimos,  que sob nosso ponto de vista, dos 594,  no máximo 10 ou 15,  têm uma relação de respeito com o Brasil e sua sociedade; os demais, acreditamos, usam as benesses da democracia ─ e de seus cargos ─ para defender interesses de grandes grupos, cujo único intuito é o bem-estar de suas megacorporações; nada mais que isso.

Como exemplo, enfocaremos apenas uma bancada ─ a bancada ruralista, cuja própria denominação traz um viés que confunde a grande massa, da população; ao se falar em rural, pensasse no que realmente o termo normalmente,  define  ─ campo, rústico, natural, simples ─ portanto, sem conotação nenhuma com o AGROBUSINESS, que a bancada ruralista tem como obrigação, defender.

Cria-se, com isso, no imaginário popular, que essa bancada, pelo nome que a define,  defende interesses dos pequenos e médios produtores rurais; ledo, falacioso e perigoso, engano!

Essas e outras situações de inverdades, além da conturbada luta por interesses, sugerem que  os ambientes da Câmara e do Senado devem estar  envolvidos, impregnados de maus fluídos; precisariam ser urgentemente, exorcizados!  Aplicar o Feng shui, também não seria uma má ideia!

O parágrafo acima pode parecer brincadeira, mas não é.

Exorcizar velhos costumes, arcaicos pensamentos que se arrastam pelas duas casas ─ como fantasmas que ignoram que são apenas fantasmas ─ seria um grande avanço;  aplicar o Feng shui,  ajudaria a abrir  mentes para sintonias mais construtivas, menos competitivas/combativas; criaria uma atmosfera de equilíbrio;  ajudaria a valorizar as palavras, aos invés de usá-las desregrada e ostensivamente; perde-se muito tempo em discursos normalmente “ouvidos” apenas pelas cadeiras, cortinas e mesas, das duas casas. Não sei se é obrigatório inúmeros discursos, para justificar os polpudas salários e verbas recebidas; talvez seja assim e,  não saibamos.

Precisamos falar sobre tudo que falamos,  como forma de justificar as palavras finais.

Os senhores deputados federais e senadores precisam prestar muita atenção ao que estão fazendo; é preciso, nesses tempos de incertezas mundiais, que os srs. abdiquem, um pouco, de seus devaneios de poder; eles podem ser profundamente danosos, para o País. Não vale a pena tentar desestabilizar uma relação que precisa ser fortalecida; é preciso cooperação em favor de um todo muito maior e significativo ─ o PAÍS, como um todo.

Não é hora de atitudes impensadas; interesses pessoais e/ou corporativos precisam submeter-se aos interesses do País em manter, até onde for possível, uma situação estável frente à instabilidade, quase globalizada.

É bom que os srs. pensem muito bem nisso; seria desastroso, se por culpa de suas atitudes revanchistas ou de cunho eleitoreiro, o País venha a sofrer qualquer situação que o desvie de seu destino, por tantos almejado ─  País da Nova Era, do Novo Humano. Obstruir caminhos,  para esse destino,  seria total e absoluta falta de responsabilidade; seria demência senil, institucionalizada.

Face ao que expusemos, cremos ser importante deixar bem claro, que não temos partido político assim como não professamos nenhuma religião instituída; isso nos concede liberdade de análise de atos e fatos; não estamos presos a slogans, a siglas, a bandeiras; não mantemos antolhos de qualquer espécie; buscamos o holístico para compreender/analisar o micro, o factual, na esperança que assim agindo, possamos burilar o mental com as luzes de uma visão mais abrangente, não preconceituosa e muito mais ─  sistêmica permitindo-nos, inclusive,  sentir as questões,  na extensão máxima, de cada uma.

Finalizando, caso alguns dos srs. tomem conhecimento desta, cremos em duas possibilidades:  uma, será rir e desconsiderar essas quase ─ ingênuas palavras; a outra, é considerar que pode haver um fundo de verdade, no que foi exposto e solicitado.  Cada um deve fazer a sua parte, em favor do País.  Nós, como parcela do povo, tentamos fazer a nossa; esta mensagem,  é exemplo, disso.

Esperamos que os srs. procurem cumprir o que lhes compete ─ preservar um clima de esforço máximo, colaborativo,  com o objetivo de fortalecer o País e suas instituições,  frente a quase total decadência, mundial.

Maria do Rocio Macedo Moraes

Curitiba/Pr.




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