Houve uma enxurrada de
comentários; infelizmente, a maioria deles, com um índice de vulgaridade,
altíssimo.
Creio que não seria
necessário fazer pesquisa para identificar que somos um povo feliz; esse feliz é diretamente proporcional a um
bem-estar interno, não necessariamente dependente de quantificações materiais,
para tal.
Nós, brasileiros, somos mais
alegres do que tristes; somos mais otimistas do que pessimistas; somos mais
esperançosos; driblamos, com mais entusiasmo,
situações desagradáveis enfim, a grande maioria do povo brasileiro é
alegre, espontaneamente; é alegre, naturalmente.
É evidente, infelizmente, que
esse jeito de ser do brasileiro foi decisivo para que o Brasil não fosse levado
a sério, pelo próprio brasileiro.
Governos passados encontraram,
nessa imensa brecha, condições para deitar
e rolar contra o próprio país; a mídia brasileira (???), fez sempre questão de fazer do Brasil um país de m; durante
muitos anos conseguiram o intento; foi tanto “bombardeio”, tanta “lavagem”
cerebral que muitos de nós tínhamos quase vergonha de sermos brasileiros, também em função de
como éramos vistos, fora do país. O brasileiro e os povos da América do Sul
eram vistos como refugos humanos.
Interessante como a vida dá
voltas; hoje, por exemplo, Tio Sam abre
as portas, aliás, abre não, escancara as portas fazendo questão de
convidar brasileiros, para viajar e consumir o máximo possível, lá. E o pior é
que estamos fazendo exatamente o que quer; isso nos parece falta de amor próprio;
mas enfim...!
Voltando, somos felizes, sim!
Temos vários motivos para sê-lo; entretanto, temos que aceitar nossa tremenda irresponsabilidade social;
aliás, assim como a humanidade não tem um corpo representativo, dela mesma nós
também, como sociedade, estamos engatinhando, ainda, no sentido de criar um CORPO SOCIAL verdadeiramente ativo.
Um primeiro passo, para isso ─ tirando o setor
educacional da mira, pois demandaríamos muitos parágrafos para fundamentar sua
máxima importância ─ é desconfiar das mídias
ditas brasileiras; elas não ajudam em nada a que o cidadão possa pensar por
conta própria; estão sempre doutrinando, no mau sentido. O primeiro olhar
crítico deverá ser sobre a própria mídia e o que ela propala.
O segundo olhar crítico é
para o setor político; o ativismo político não é o forte do povo brasileiro.
Esse ativismo
não quer dizer, necessariamente, filiação partidária; esse ativismo é a análise
bem fundamentada da atuação de cada político, em cada esfera ─ municipal, estadual ,
federal e registrar, em voto, o resultado.
Esse ativismo, é também expressar de todas as formas
possíveis o desagrado pela desmedida irresponsabilidade de grande maioria de
gestores públicos ─ em seus cargos
de poder ─, com o país e povo; isso pode ser feito,
entupindo as caixas de e-mail, principalmente da Câmara e Senado Federal com
reclamações, sugestões etc. Abaixo, daremos os sites onde podem ser encontrados
todos os endereços de parlamentares; aí, é só disparar mensagens e mais
mensagens; não importa se não vão ler; alguém deve cuidar disso e alertar,
quando achar necessário.
Esse ativismo social é fazer parte de grupos locais que procuram,
desesperadamente, por pessoas dispostas a buscar alternativas, em várias áreas de atuação sem
que tenham algum vínculo, com bandeiras
partidárias e/ou religiosas; isso permite liberdade de análise e proposições.
Nós, povo brasileiro ─ tão aclamado nos discursos
de palanque ─ precisamos começar, urgentemente, a prestar atenção em nosso próprio país, para não
permitir ingerências negativas, externas; precisamos, urgentemente, desenvolver senso crítico, bem fundamentado, do setor
político; precisamos propor e exigir melhoria do ensino público com vistas à
modernidade, sem os ranços que ainda persistem; precisamos analisar,
criteriosamente, toda a complexidade de um país que é um continente, por sua
dimensão.
É preciso considerar a incrível diversidade,
nossa. Cada região tem suas peculiaridades e sua população, idem. Fazer convergir interesses,
nesta vastidão de país, é algo profundamente complicado. Além do mais, ainda
temos uma disparidade social, é claro;
mas no fundo, no fundo ela não denigre a força da grande maioria.
Sabe, esses dias atrás fiquei encantada com o que
vi; na lateral de um carrinho de coleta de recicláveis estava estampada uma
Bandeira do Brasil; realmente me emocionei por ver que uma pessoa simples, bem
do povão ─ como identificam alguns esnobes
─ mostra, com esse simples ato, uma afeição
pelo país; infelizmente, não vemos esse tipo de comportamento social de
respeito e mesmo amor, salvo em época de copa do mundo quando a Bandeira do
Brasil colore ruas, casas, carros de todas as cidades.
Depois, não sei onde elas vão parar! Talvez em
algum carrinho de coleta de recicláveis...
Alguns poderão dizer que esse tipo de
manifestação é algo, ultrapassado; que
devemos ter visão globalizada; essa ideia foi amplamente infiltrada na cabeça dos
brasileiros, com a gestão neoliberal e,
deu no que deu; o país ficou jogado às traças e seu povo,idem.As coisas, não são bem assim. Por exemplo, para que possamos amar e respeitar o próximo, seja ele outro animal humano, outros seres da natureza precisamos primeiro, desenvolver amor e respeito, por nós mesmos; não se dá o que não se tem.
Na mesma linha do pensamento acima, diríamos
que se não amamos e respeitamos nosso país de origem ─ origem terrena ─ não
teremos como “globalizar” melhores sentimentos até mesmo ao próprio Planeta
Terra e sua natureza; não teremos como nos sentir realmente solidários com
situações difíceis que outros países, outros povos, atravessam.
A responsabilidade que sonhamos ver
emergir, da sociedade brasileira, será a
base mesma de uma atuação coparticipativa*
em favor de responsabilidade de governos/parlamentares, com o País e
sociedade; em favor da natureza, em
favor do Planeta, em favor da VIDA. Isso pode parecer utópico para muitos, afinal, não temos, ainda, nenhum indicativo
mais positivo de que isso é possível; mas não vamos nos esquecer ─ somos
brasileiros felizes e esperançosos, o que já é uma grande, imensa vantagem para
transformar possível utopia, em realidade.
* em acordo com a nova ortografia.
─ qualquer erro, por favor, nos comunique.
Site da Câmara e Senado, com indicação de e-mail de cada parlamentar,
o que permite envio de mensagens com reclamações, sugestões enfim, tudo que for
possível para “despertar” responsabilidade.
Sugestão de algumas mídias alternativas, com
visão mais holística; através delas podemos comparar, analisar e chegar a uma
opinião mais fundamentada.
Revista Carta Capital
e muitas outras mais.
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