O Rio de Janeiro foi a sede da ECO-92, em 22 de junho do ano em destaque.
Os principais documentos gerados, após série de reuniões, foi a Carta da Terra e a famosa Agenda 21 que consta de 41 capítulos referenciando os diversos aspectos sociais e econômicos que deveriam nortear ações de governos e sociedades com o intuito de preservar a vida no/do Planeta.
Depois
da ECO-92 ─ e em
função dos três principais eventos de 1972, 1987 e 1992 ─, surgiu o Protocolo de
Kioto (ou Quioto), um Tratado Internacional discutido no Japão, em 1997 mas que
entrou em “ação” apenas em 2005 e cujo prazo expira agora, em 2012. É de
conhecimento geral que os Estados Unidos não ratificaram esse Tratado.
O
que pode chamar mais atenção, é que desde 1972, principalmente, os alertas para
os problemas relacionados ao meio ambiente planetário foram exaustivamente
discutidos.
Se
formos contar apenas da ECO-92, para cá, são 20 anos de estagnação nas ações e incremento
incalculável, dos problemas; se o cálculo for de 1972, são QUARENTA ANOS, de puro descaso. Some-se a esse descaso, o ônus do
Planeta com a população mundial, hoje em 7 bilhões de habitantes; em 1970 esse ônus era menor ─ pouco mais de 3 bilhões.
Além
de tudo isso, constate-se que houve um incremento absurdo do consumo, em função
do aumento da população; entretanto, o mais danoso foi a disseminação da
cultura neoliberal do consumismo, “cultura”
essa amplamente difundida por todas as mídias, é claro.
É
mais que evidente que se os problemas já existiam, de longa data e que, sem nenhuma ação mais eficaz para, pelo menos,
contorná-los, só poderíamos chegar aos extremos de hoje; estamos num beco quase
sem saída; pequenas soluções mesmo que pensadas em macro, não serão suficientes
para reversão do processo de quase falência ecológica. As possíveis e
drásticas soluções pensadas, se implementadas, iriam causar transtornos sociais
e econômicos de amplo espectro e ninguém está disposto, infelizmente, a arcar
com essas decisões/soluções.
Uma
delas, bastante discutida em alguns círculos de pensadores de gabarito, é a do Crescimento Zero que, evidentemente, não será aceita pois todos os países, do
mundo, cultuam o PIB mais ardorosamente, do que o bem social e, dependendo das
mídias, isso jamais entrará em discussão; isto pode ser comprovado, pois em função da
possibilidade do Brasil não atingir um crescimento de 3% no PIB de 2012 ─ em comparação com 2011 ─ a imprensa já está
discutindo o problema do “Pibinho”
brasileiro, incutindo nas mentes menos antenadas, que o País está mal.
Entretanto,
mesmo com o chamado Crescimento Zero, continuaremos o consumo dos bens já em fase
de extinção.
Só
para termos ideia de como tudo aconteceu rápido demais, vamos dar uma olhada na
idade do Planeta. Via ciência, essa questão oferece grandes diferenças; uma das
correntes científicas, estima algo em torno de
4,6 bilhões de anos,idade essa calculada através de 2 métodos ─ radiometria e escala de
tempo geológico; a outra, considera que os dois métodos podem ser falhos e
propõe algo em torno de 6 mil anos o que, particularmente, acho pouco provável.
Independente
de ser 4,6 bilhões ou 6 mil anos, o que
é estarrecedor é o fato de que, de
forma mais intensa, em pouco mais
de 150 anos ─ com destaque máximo aos últimos 50 ─
os recursos naturais foram,
praticamente, quase esgotados,
por obra do animal humano.
Caso
algo ocorra, o Planeta continuará a existir e buscará formas naturais de
recomposição; o animal humano, entretanto, não terá a mínima chance de
continuar vivo, dependendo do tamanho da reação da Natureza aos malefícios
causados, por nós.
A
RIO+20, será mais uma oportunidade de
intensa discussão, agora trazendo em seu bojo a mais nova tentativa do sistema
capitalista para continuar mascarando realidades ─ Economia Verde,
que será ardorosamente defendida com argumentos que podem mexer com a cabeça
dos menos antenados; aliás, já está sendo assunto em várias mídias.
É
difícil esboçar qualquer pensamento otimista, em relação ao que vai ser
decidido na ECO+20; basta que cada um de nós olhe ao seu redor para ver que
nosso comportamento ─ bem como de toda a humanidade, praticamente ─, é de total dormência
analítica, total descaso e desconhecimento dos fatos mais simples
relacionados ao meio ambiente.
Se
não acordarmos ─ ou, se não formos acordados, de alguma
forma ─
considero bastante difícil nossa situação nesse impasse decisivo, que
vivenciamos; aguardar mais 10, 15,
20 anos para próximas discussões, sobre,
será extremamente audacioso, temerário e talvez...vão!
Não
podemos deixar de dizer que muitas coisas boas e altamente representativas de
mudanças favoráveis, estão sendo feitas;
ainda que pontuais, grupos de pessoas espalhados pelo mundo, tentam
mostrar e comprovar alternativas de vida; eles lutam como podem para disseminar
aquilo que colocaram em prática; não contam com nenhum sistema midiático para
auxiliá-los pois estão, digamos assim, fora do interesse do sistema
capitalista/neoliberal; esses grupos tornaram-se inexistentes, para o sistema.
Melhor para eles!
Encerrando,
sou de opinião que seja qual for o capitalismo ─ Verde, Amarelo, Lilás, Azul, esse sistema e,em verdade, qualquer outro,
não irá alcançar êxito na busca de alternativas para salvar o animal humano de
uma situação altamente caótica; ou todos
acordamos e vamos à luta ou então...
aguardemos as decisões da Mãe Natureza;
ela é Mãe mas, antes de tudo é ─ SÁBIA e PODEROSA!
Maria
─
Estrela Lunar Amarela
─qualquer erro, por favor, nos informa.
Livros
disponibilizados para download:
EgoCiência
e SerCiência ─
Ensaios
http://pt.scribd.com/doc/66202227/egociencia-livro01-110417160819-phpapp02
EgoCiência
e SerCiência ─ Em
busca de conexões quânticas
http://pt.scribd.com/doc/77816149/egociencia-livro02-02
EgoCiência
e SerCiência versus Algumas questões humanas
http://www.slideshare.net/professorazeitona/ego-cincia-e-sercincia-versus-proposta-do-sagrado
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