Sentei
para escrever artigo; não vinha nada e não tinha nada, pensado.
Aí,
olhei para a estante de livros, na esperança de uma dica; claro que ela veio,
em forma de reflexão, mas veio!
Quantas
letras, quantas palavras, quantos parágrafos, quantos pensamentos
“armazenados”, “aprisionados” apenas nesses poucos livros que trouxe comigo
para este espaço vivencial, temporário;
não era viável trazer todos e, estou com bastante saudades, dos que não vieram.
A
biblioteca que tenho, é pequena; não compro livros apenas por comprar; todos
que tenho, foram lidos e alguns, relidos.
Se
acontece de comprar algum e achar que ele não trouxe muita coisa, apesar de
assuntos interessantes ou ao contrário, se é muito importante, sua leitura,
trato logo de “esquecê-lo” no ônibus, na
lotérica, no cafezinho, no banco da praça enfim, em algum lugar onde possa ser
achado, sempre com uma observação: Se
gostar do que leu, repasse.
Um
livro, em minha opinião, retrata parte do universo de um escritor, em
determinado momento, de vida, seja qual for esse “universo”; quando ele nos alcança, a tendência é
acontecer uma mescla de universos ─ o nosso, como leitor e, o
do escritor. Em nós, a experiência da
leitura e apreensão de mensagem, fica devidamente “arquivada” ─ conscientemente, ou não ─ no banco de dados de nosso
“software”, que “impregna” nosso “hardware”.
Processamos,
conscientemente ou não, as informações que nos chegam, via livros ou qualquer
outra, via.
Se
aquilo que lemos for de grande relevância, para nós, então seu “arquivamento”, no banco de dados nós é consciente; sabemos
que a essência da informação penetrou nas trilhas quânticas do
banco de dados de nosso ser e, estarão disponíveis, em qualquer momento que
for, acionada.
Quando
era criança, tinha um compromisso assumido, com meus pais ─ cada livro lido, exigia
comentários: gostei; não gostei e a
razão de um ou de outro; qual ou quais personagens mais gostei ou, não gostei e,
o motivo de ter ou não ter, gostado.A exigência ainda contemplava a necessidade
de assinalar palavras desconhecidas e ida ao dicionário, para encontrá-las.
Essa
base crítica, estimulada já na infância facilitou, em muito, as análises
posteriores de cada livro, lido.
Lembrei-me,
então, ao escrever este artigo, de
quatro perguntas feitas, no contexto da Gerência
de Configurações de Software que, quase similarmente, sempre foram feitas por mim ao observar a importância do
que tinha lido, em algum livro.
São
elas:
─ O que mudou?
─ Por que mudou?
─ Quem fez a mudança?
─ Podemos reproduzir essa mudança?
O
mais importante, porém, era saber se a mudança aconteceu, por força do
pensamento do escritor ou se o que havia lido, “desvelou” algo que existia “inscrito” no
software de ente quântico-Ego, não acessível, anteriormente, ao “hardware” de
reconhecimento até o momento da referida, leitura.
A
resposta à terceira pergunta fica explicitada ─ quem faz a mudança somos nós, através de insight
“disponibilizado” pelo autor do livro em questão, mesmo que esse insight tenha despertado algo latente ou
criado novas sinapses, de compreensão.
A última
pergunta, do trabalho de gerenciamento de configurações de software, acima
listada, faz-me crer que autores de livros de cunho místico, ao escrevê-los,
tentam dar ferramentas ao leitor, para que “reproduzam” neles mesmos, a
possível descoberta feita, por eles; aqui, lembro especificamente de Castaneda
e, os ensinamentos de dom Juan.
Esse
também foi o motivo que fez com que colocasse, em livros, experiências
vivenciadas e que alteraram, substancialmente, meu Ser.
Encerro
este, com um parágrafo do livro ─ Dançando o Sonho ─ de Jamie Sams, que diz muito sobre o desvelar de conhecimentos já
existentes, no leitor, passível de acontecer quando da leitura de determinado
livro isto, em consonância com o que vimos acima, sobre.
“Na
tradição de meus mestres, a lembrança ocorre quando começamos a juntar as
partes do conhecimento interior, que foi
perdido quando assumimos os riscos inerentes a se tornar humano. O nascimento
em um corpo humano é semelhante a juntar um universo inteiro de informação e
consciência e tentar colocá-lo, dentro de um microchip, que será depois
colocado, com toda a sabedora ali contida, em um pequeno corpo humano que não
terá controle de seus movimentos por um bom tempo...”
─ qualquer erro, por
favor, nos informe.
Livros disponibilizados para
download:
EgoCiência e SerCiência ─
Ensaios
Nenhum comentário:
Postar um comentário