sábado, 12 de janeiro de 2013

BRASIL URGENTE! SITUAÇÃO DE RISCO, NO HORIZONTE




Esse não é título sensacionalista; ele é baseado em fatos reais que vamos abordar, neste.
É praticamente inacreditável o que está acontecendo;  inacreditável, não em função dos que estão trabalhando na tentativa de  “criação”  desse risco e sim, porque nem o próprio PAÍS, como um todo, escapa das garras ferozes de sistemas midiáticos capitalistas/neoliberais tanto impressos como televisivos que se curvam, docilmente, ao “sr.” Mercado, monstro multifaceado e  reduto de alguns facínoras capitalistas.

A conceituação padrão de Mercado, como espaço físico ou virtual propício às condições de troca de bens e serviços é inocente demais para que hoje, o aceitemos como tal. Ele, assim se apresenta em sua faceta “popular” “exotérica”; entretanto, sua faceta obscura, desconhecida da grande maioria dos animais humanos, sempre existiu mantendo, entretanto, certa “discrição” em sua atuação, durante algum tempo.
Hoje, Mercado tem sua “roupagem” diferenciada, mostrando a estreita relação entre ele e os investidores;  mercado e investidores viraram quase   sinônimos, abertamente utilizados.

Vejam.
Podemos ouvir em noticiários ou ler,  em mídia impressa, por exemplo:   o mercado reagiu de forma negativa a tal ação governamental ou, os investidores não estão satisfeitos com determinada ação de governo. Ora dizem Mercado para no momento seguinte falarem Investidores, proclamando a “excelência” de ambos, em suas “análises”.

 Então, pela forma como isso é “informado” fica a impressão em quem assiste/ouve noticiário ou lê determinados jornais/revistas de que o governo em questão, seja ele de onde for, está agindo errado; é exatamente essa interpretação,  que as grandes mídias corporativas querem e usam de todos os expedientes para que tal, suceda.
É o que está acontecendo, no Brasil.

Há mais de um mês, venho acompanhando mesmo que a contragosto alguns noticiários, debates de uma das mais ferozes mídias televisivas, representativa do capitalismo neoliberal extremo; também leio, diariamente, um jornal de circulação nacional que apresenta o mesmo perfil.
A mais “nova” atitude deles, é apresentar como “sábios” econômicos, alguns fantasmas do passado que assessoraram o governo mais neoliberal que tivemos, àquele que cumpriu, fielmente, todas as chamadas lições de casa impostas pelo FMI e outros organismos internacionais, esses mesmos que agora pregam, a um número enorme de países com sérios problemas achatar salários, cortar gastos com o social, privatizar etc., etc., etc., tudo que tivemos aqui mesmo, no Brasil.

Aliás, na mídia televisiva em questão, há a presença de uma repórter que só agora tomei conhecimento da razão de tanto rancor, de tanta maledicência com o governo atual e passado; acontece que ela é mulher de um dos marqueteiros do partido de extremo neoliberalismo que existe, no Brasil, e ela vem de um jornal de circulação nacional tão abertamente parcial, como essa mídia televisiva.
Vejo dois grandes problemas, do povo brasileiro, em relação a essa acirrada campanha contra o País;  o primeiro, é nossa conhecida falta de memória; o outro, nossa precária disposição à pesquisa.

Será que nós, que temos mais de trinta anos, não conseguimos lembrar o que era o País?  Será que não lembramos como sofreu o povo com desemprego maciço, com achatamento salarial certas categorias ficaram mais de 8 anos sem reajuste ─, com salário mínimo igualmente achatado,  com fechamento de escolas técnicas, com privatizações (quase doações) de importantes empresas estatais que, de tão sérias,  mereceram comentário de Noam Chomsky em seu livro   O lucro ou as pessoas? comentário esse, mais específico, sobre a Vale do Rio Doce?
O outro grande problema é nossa inabilidade/preguiça em pesquisar;  hoje, com os recursos  disponíveis,  temos campos imensos para pesquisa;  basta buscar sites como, por exemplo,  FGV, IBGE para que nos disponibilizem todos os índices necessários, para fundamentar argumentações do Brasil de ontem e do Brasil de hoje; se somos, como país, analisados por números então, é só baixar os arquivos  e conhecer a realidade, de cada época.

Em edição da revista Veja de 23/01/2002, artigo informou ao povo brasileiro que tínhamos 53 Milhões de pobres e que desse montante, 23 Milhões viviam abaixo do nível de pobreza viviam na Miséria!
É mais que evidente que esse número foi fruto de anos e anos de completa ausência de políticas públicas, sérias. É justiça dizer que isso não foi apenas culpa do governo de FHC; muitos outros cooperaram, para tal.

Sempre toco nesse ponto por considerá-lo extremamente importante; se anos e anos foram necessários para o que foi informado por essa revista o que me pareceu estranho, vindo de onde veio ,  dez anos de governo do PT conseguiu resgatar quase 40 Milhões de pobres/miseráveis!
Cito governo do PT,  pois essa é a realidade,  independentemente de como a burguesia costuma “analisar” (se é que tem competência, para tal) esse partido,  justamente por ter nascido da classe trabalhadora e não do seio de conservadorismo mofado.

Além disso, como não tenho filiação partidária e nem credo religioso, levo em consideração a atuação pessoal, de governantes, independente de partidos, exceção feita a apenas um que dificilmente me fará votar em quem por ele for indicado, principalmente para  cargo máximo da Nação.
Gostaria que aqueles que por acaso venham a ler este post, entendam que não são as críticas sobre  determinadas situações e/ou problemas de governança, que me despertam indignação;  é a forma como os comentários são feitos; são caras e bocas desdenhosas; são semblantes extremamente felizes quando algum problema surge;  são os mas, os entretanto, os apesar disso que sempre acompanham algum comentário sobre situações favoráveis, do País e isso, não é de agora; está apenas pior e mais claramente evidenciado que essa forma de governar não é o que o capitalismo neoliberal quer; então,  a mídia capitalista/neoliberal, através de seus meios, cumpre apenas o que é determinado pelo Sistema, pelo “sr.” Mercado,  por pretensos Investidores, e o fazem, sem a mínima consideração com o País, com o povo;  agem sem a cautela necessária em relação aos sérios problemas mundiais, causados por essa mesma tríade acima mencionada e que o Brasil, independente de tudo, ainda está conseguindo se safar das consequências piores.

O Brasil tem muito, muito ainda, a ser feito; esses últimos 10 anos de governo foram importantes para arrumar um pouco, o país; para aliviar a carga pesadíssima que recaia sobre a maioria do povo brasileiro; para fazê-lo ter uma visibilidade mais saudável e dinâmica, interna e externamente.  
Entretanto, observa-se claramente, que após determinadas ações do governo Dilma entre elas a promessa de baixar em 20% o preço das tarifas de energia elétrica, o que fez com que o Marcado/Investidores,  derrubassem o valor das ações, na Bolsa de Valores começaram os mais diretos, considerando tal ação como intervencionismo governamental coisa totalmente inaceitável, pelo “sr.” Mercado/Investidores.

É PRECISO ESTAR ATENTO EM TUDO QUE ESSAS MÍDIAS VENHAM A “INFORMAR”, qualquer descuido nosso e poderemos ter algo parecido com o que aconteceu no Paraguai e, em muitos outros lugares. Não nos esqueçamos, ainda, que graças ao arbítrio  do Supremo Tribunal Federal, ilações poderão ter  o mesmo valor de provas irrefutáveis; isso é extremamente perigoso, até mesmo para a democracia.
A insuflação popular, tão conhecida e de domínio das mídias capitalistas/neoliberais,  é sua forma corriqueira de ação; tentaram usá-la recentemente, quando do julgamento da ação 470;  mas o tiro saiu pela culatra e isso fez com que criassem outra roupagem, muito mais agressiva, irônica e com intenções outras que não informar. Por essa razão lutam tanto contra o que eles denominam de controle dos meios de comunicação; não querem perder o “direito” de “informar” em acordo com as regras dos jogos de poder, do Sistema.

Agora batem firme nos “apagões” alardeando possibilidades de: comentam, desdenhosamente, sobre o Pibinho brasileiro; falam das concessões que estão sendo feitas, apregoando que o partido do governo sempre foi contra privatizações e não explicam, de forma alguma, que concessão tem diferença de privatização. Mas enfim, é exatamente confundir uma das regras básicas da insuflação popular.
Sei que não é fácil,  mas o que mais desejo é que a sociedade brasileira torne-se cada vez menos dependente desse tipo de mídia; que saiba buscar informações mais verdadeiras; que questione, que pesquise.

Também desejo, ardentemente, que se chegarmos a algum ponto crítico, a sociedade saiba se unir e não permitir que seja jogado ralo abaixo, tudo que  foi arrumado/conseguido, até agora,  justamente para que não seja abortado o círculo virtuoso, principalmente social, pois ainda temos um grande contingente de pobres, que também necessita ser resgatado.
Espero, ainda, que sejamos responsáveis por nossos atos e não façamos,  como fazem os fracos, que viram rapidinho,  a casaca,  quando algo não está mais, tão a gosto. O Sistema, o sr. Mercado, os Investidores e os sistemas midiáticos, em questão,sempre apostam  nessa possibilidade.

Vamos encerrar com dois pensamentos que cabem, perfeitamente, no contexto deste esperando, sinceramente, que a previsão do primeiro não se concretize e pontuando, em referência ao segundo,  que a indignação justa, é de extrema importância em diversas, situações.
“Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela própria.” JOSEPH POLITZER (1847/1911)

Sin indignación, nada grande y significativo ocurre em la história de la hunanidade.”
Michel Löwy

O pensamento acima, é também chamada   para uma excelente entrevista dada por Michel, disponibilizada em:

http://www.vientosur.info/spip/spip.php?article7567 ou no site da Fundação Osvaldo Cruz.

Maria-Estrela Lunar Amarela

qualquer erro, por favor, nos informe.