Entretanto, a fé cega, foi praticamente imposta pela religião
instituída; essa fé imposta, porém,
apesar de ter como baluarte de sua existência Deus e, no caso do cristianismo,
Jesus, levou uma multidão de animais humanos a crer, com total e
absoluta ausência de dúvida, nos máximos representantes “legais” , dela e em
seus ditames, esquecendo que são animais humanos e passíveis de inúmeras falhas
─ a INFALIBILIDADE ainda não existe, no
nível mental/espiritual, em que estamos, menos ainda a instituída por dogma.
A
infalibilidade, em existindo, será própria de seres SÁBIOS ─ e não dos
considerados, eruditos ─ que, por serem sábios, não irão propor ─ INFALIBILIDADE, em seus
ensinamentos, pensamentos e ações.
Voltando,
em havendo fé, não pode haver dúvida, dentro da lógica humana utilizada,
espertamente, pelos detentores de poder religioso, terreno.
Eles,
com certeza, sabiam que o animal humano ─ em sua grande maioria ─, prefere viver
na credulidade de qualquer situação do que se dar ao trabalho de ter dúvidas e
procurar meios de investigá-las. Sabiam, também, que o “apaziguamento” do
natural anseio de descoberta, inerente ao animal humano, desde os primeiros
anos de vida facilitaria, em muito, o domínio que pretendiam ter.
Meu
primeiro, sério e marcante embate com a religião Católica encaixa-se perfeitamente dentro do segundo parágrafo
acima e deu-se quando, estudando em aula
de catecismo, partes da Bíblia, chegamos ao ponto em que era narrado que Adão e
Eva (coitados!), haviam tido dois filhos ─ Caim e Abel. Caim matou Abel e resolveu dar no pé do
local do crime, indo para um lugar bem distante. Nesse local, por obra do
acaso, encontrou uma mulher, casou e,
constituiu família.
Exatamente
ao terminar essa leitura, levantei a
mão e perguntei mais ou menos isso: “Como Caim encontrou uma mulher, em local
distante, se era dito que na Terra,
apenas Adão, Eva, Caim e Abel, existiam?”
Claro
que depois dessa pergunta, fui devidamente encaminhada à secretaria. Fiquei o
restante do tempo retida e, ao findar o período das aulas, do dia, sai levando
um “memorando” convocando meu pai a comparecer ao colégio.
Daí
para frente, só fiz acumular comprovações de que praticamente nada, do que era
pregado, fazia parte da vida daqueles que se valiam, de pregações, para impor
domínio.
Preconceitos,
dissimulações sempre fizeram parte da grande maioria daqueles que integram o
corpo clerical, mesmo na base da estrutura; fico imaginando nos altos escalões
como as coisas devem ser complicadas e o altíssimo nível de falsidade.
Entretanto,
se faz necessário dizer da existência ─ em número muito irrisório ─ de pessoas que, em
verdade, são mais cristãs do que católicas, mesmo pertencendo a esse sistema;
normalmente essas pessoas estão em áreas
fora dos grandes centros urbanos; estão trabalhando com a parte rejeitada pelo
cume da estrutura ─ os desvalidos ─ pessoas simples, puras e abandonadas à própria sorte. Essas
pessoas existem e somente a elas, nutro profundo respeito; beijaria suas mãos, se fosse o caso, e de nenhuma
outra pessoa, que pertencesse a essa instituição ─ ou qualquer
outra ─ fosse ela
quem fosse.
Além
de tudo isso ainda existia, em mim, sérios questionamentos da razão dessa
religião ser tão pesada, tão incriminadora, tão incentivadora da dor e do
sofrimento como meios de redenção e perdão.
Pesquisando,
certa ocasião, sobre a razão da escolha da imagem de Jesus Crucificado como
ponto alto de identificação religiosa, deparei-me com 2 livros ─ Dicionário dos símbolos com subtítulo ─ Imagens e sinais da arte cristã, de autoria de Gerd Heinz-Mohr e, A Igreja do Renascimento e da Reforma este, de Daniel ─ Rops da Academia Francesa,
indicando ser a 4ª parte do livro ─ História da
Igreja de Cristo.
Do
segundo livro, destaco dois pontos:
─ no primeiro, é falado que o Papa Nicolau V, em 1452,
emitiu um Breve ─ Divino
amore communiti, a favor do rei Afonso, de Portugal; nele se lia: “Os reinos, ducados, condados, principados,
e outros domínios, terras, lugares, campos, em posse de sobreditos sarracenos,
pagãos, infiéis e inimigos de Cristo... pela autoridade apostólica, nós vos
conferimos plena e livre faculdade de os invadir, conquistar, capturar e
subjulgar, e de reduzir a perpétua servidão as pessoas que nele habitem.” (negritos
meus).
─ o segundo ponto é, acredito, uma avaliação feita, sobre o trabalho dos
missionários e diz: “É neste ambiente
incomódo, perigoso, que é necessário apresentar a obra dos missionários
lançados à conquista do mundo para Deus e, semeando com o sacrifício da vida a
mensagem do amor. Quaisquer que tenham podido ser os erros, as violências
cometidas pelos católicos no decurso destas páginas de glória e sangue, só a
presença entre eles dos missionários basta para dar à sua empresa um sentido
autênticamente cristão.” (negritos meus).
Guardo
as cópias de parte desses dois livros, gentilmente tiradas pela sra. que
atendia a biblioteca de uma das igrejas, de Curitiba, onde fui pesquisar.
Continuando
o mesmo rastro de sangue e maldade, em 1542,
instalasse a tão conhecida e falada Inquisição Romana denominada ─ Congregação da Sacra,
Romana e Universal Inquisição do Santo Ofício, tendo sido alterada sua
denominação, por algumas vezes, até chegar a atual ─ Congregação para a doutrina da Fé,
de onde saiu o papa que anunciou sua renúncia, neste mês de fevereiro.
Tenho
lido e postado, no face, inúmeros
artigos sobre essa renúncia que vão, desde as possíveis causas até análises de
qual perfil caberia melhor, ao futuro papa.
Entretanto,
o título deste artigo de blog ─ Re-Construir, é explicativo do que
penso, sobre.
Nada
de Novo e Bom pode surgir dessa instituição, quase falida.
As
bases em ela foi estruturada, não comportam e não suportam, os novos Tempos Energéticos!
A
“implosão” moral/comportamental/estrutural,
dessa instituição, está em seu início; não tenho a mínima ideia do que
virá, na sequência; penso, entretanto, que as bases da possível reconstrução terão
que ser totalmente Novas e Verdadeiras; os Novos
Tempos Energéticos não vão permitir qualquer tipo de mentira, qualquer tipo
de manipulação, qualquer arbitrariedade em qualquer nível.
Não
consigo perceber, até hoje, qual foi a resultante positiva de algumas religiões
instituídas, principalmente desta, sobre a qual estamos falando, pois tudo que
foi feito parece ter, apenas, estimulado pontos negativos de nós, animais
humanos. Talvez, um dia, quando as coisas puderem ser ditas de forma clara, as gerações futuras poderão saber, quão
negativa possa ter sido sua influência, em vários sentidos.
AGUARDEMOS!
─ qualquer erro, por favor, nos informe.