terça-feira, 27 de agosto de 2013

Respondendo uma questão, pendente



A postagem da semana já estava pronta ─ Estertores da Hipocrisia ─, quando lembrei que fiquei devendo a 2ª resposta às perguntas feitas por Sílvio, via e-mail; a primeira foi respondida no post de 08/07/2013.
Bem, vamos responder neste, então, a segunda pergunta do Sílvio ─ “Sobre Física Quântica, você fez curso?”

Não Sílvio, não fiz curso de Física Quântica, infelizmente. Minha empatia por ela veio de diversas formas, totalmente inesperadas.
Como já comentei em outros artigos, a ciência foi sempre preferencial do que religião, na busca por respostas às dezenas de interrogações que temos, sobre a Vida.

Incursões no pensamentos de grandes filósofos gregos, levou-me a uma ligação maior com Demócrito, considerado o pai do atomismo.
O termo a-tomo que significa ─ não divisível ─ para dizer que esse era o ponto em que a matéria não teria mais divisão ─ consta ter sido cunhado por Demócrito; entretanto muitos consideram que tenha sido Leucipo ─ mestre de Demócrito ─ o verdadeiro criador desse termo. O a-tomo, vigorou como tal desde 400 a.C. até 1891 quando foi proclamado que ele não era indivisível, isto em função da descoberta do elétron. Esse foi o primeiro contato com o que seria altamente marcante, em minha caminhada.

Em sequência, alguns livros lidos atiçaram, ainda mais, minha tendência à ciência ─ O Espírito, este desconhecido de Jean Michel Sharon foi o primeiro deles, em um ano qualquer, da década de 70. Consta que Sharon ganhou Prêmio Nobel de Física mas não encontrei, em lista de ganhadores, seu nome.
Logo após, veio o Ser Humano e a Matéria de Hans Joachim Bogen.

A década de 70 ainda premiou-me com o Tao da Física de Fritjof Capra; maravilhoso livro em razão do qual Fritjof foi, na época, quase “excomungado” da comunidade científica, por ter ousado, segundo ela, fazer um paralelo entre a física moderna e o misticismo oriental.
Depois do livro de Fritjof minha busca por livros com esse contexto mais amplo de mística e ciência, cresceu muito. Não teremos espaço para falar de todos.

Faço um parênteses antes de citar alguns deles para dizer que livros tratando de Albert Einstein ─ cientista e, Einstein ─ humanista, ativista li todos que foram traduzidos para o português, isto em função da incrível ligação que desenvolvi por ele em função de várias citações dele, quanto a algo além do pensamento racional e lógico além, é claro, de suas teorias científicas.
Preciso fazer menção a um livro que surgiu por puro “acaso”, em minha vida. Frequentava em Curitiba, uma livraria – A Pirâmide; certa vez, ao chegar próximo ao balcão notei um livro branco, em espanhol; dei uma folheada e de cara, me interessei; perguntei a razão de estar separado.  Disseram-me que alguém havia encomendado mas pela demora da chegada, havia desistido. Esse livro era ─ El Libro Del Conocimento:  Las Claves de Enoque, todo ele em espanhol. Comprei-o de imediato e o li e reli.

A década de 90 foi altamente auspiciosa; fui encaminhada a vários livros, com destaque para ─ A dança dos mestres Wu Li, de Gary Zukav ─ excelente, para quem quiser começar a entender conceitos quânticos. Outros vieram, como por exemplo ─ O homem e os imponderáveis de André Guerét e PierreOudinot, uma junção de ciência moderna e ciência oculta; Diálogos com cientistas e sábios de Renée Weber, diálogos esses que incluíam David Bohn, Stephen Hawking, Rupert Sheldrake, Lama Anakarika Govinda, Dalai Lama, Ilya Prigogine.  
A Totalidade e a Ordem Implicada, de David Bohn, é outro importante livro.

Entretanto, o que mais me fascinou e através do qual pude compreender muito melhor conceituações quânticas, já no final da década de 90 foi ─ A Mente Nova do Rei de Roger Penrose.

Sabe Sílvio, tenho certeza de que precisei avançar até onde foi possível, na Física Quântica─ além de inúmeras experiências pessoais ─ como uma forma de preparação ao que aconteceu comigo em 21/09/1996, narrado no livro EgoCiência e SerCiência ─ Ensaios; talvez, se não estivesse preparada, o sistema de decodificação da estrutura mental não teria tido condições de “receber” as informações e “decodificá-las”; talvez elas tivessem se perdido num emaranhado enorme de suposições; não foi o que aconteceu. Creio, sinceramente, que os livros acima citados ─ além de muitos outros abordando mística em diversos níveis ─ foram profundamente importantes na criação de sinapses favorecendo a “captação”/decodificação em linguagem humana, do que aconteceu em 21/09/1996.
A partir de 2000, uma profusão de livros tratando de Física Quântica de forma mais compreensível a leigos, como eu, chegaram. Entre eles destaco:  livros de Amit Goswami citando dele, apenas o mais conhecido ─ A Física da alma; James Gardner e Gregg Braden, também devem ser mencionados; o primeiro, mais especificamente em função de ─ O Universo Inteligente e Gregg, pelo ─ Efeito Isaías.

Com o que expus, em resposta a sua pergunta, você pode perceber que neste caminho terreno estava, digamos assim, marcado esse encontro entre a F.Q. e eu; assim sendo, foi extremamente fácil compreender as conexões dela com tudo que nos confere existência, bem como com tudo o que existe aqui e em todos os planos de vida que creio, muitos.
Sílvio, não estudei F.Q. da forma como sua pergunta sugeriu; claro que precisei buscar saber um pouco das formulações matemáticas e lógicas dela, mas apenas para captar melhor o desenvolvimento do que é basicamente denominado ─ mecânica quântica; isto levou-me à interpretação de Copenhague carimbada por Niels Bohr e Heisenberg ─ interpretação essa, ainda em discussão ─ e, para a Interpretação de Muitos Mundos (IMM)  que a mim, agrada muito, não apenas pela sua denominação e sim, pelas suas 2 ideias chaves. Entretanto, o entendimento da essência da Física Quântica é algo que computo como ─ intrínseco; tenho com ela uma profunda ligação até mesmo porque ela está impregnada em nós e em tudo que existe afinal, átomos e partículas subatômicas são tidos como os constituintes universais. Dessa forma o animal humano pode ter certeza que sua constituição é totalmente formada por esses entes quânticos que existem desde sempre e que continuarão, após desconexão com a matéria que compõe nossa estrutura quântica ─ corpo físico ─ por eles mesmos constituída/mantida.

Muitas outras coisas pertinentes, ainda poderiam ser ditas; entretanto, espero ter respondido, da melhor forma possível.
Maria-Estrela Lunar Amarela

qualquer erro, por favor, nos informe.

Livros disponibilizados para download:
EgoCiência e SerCiência ─ Ensaios

EgoCiência e SerCiência ─ Em busca de conexões quânticas

EgoCiência e SerCiência vs. Algumas questões humanas


 

 

 

 

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