Faz algum tempo que venho sentindo necessidade de escrever
algo, a favor do Brasil.
Uma entrevista assistida, semana passada, com uma jornalista
“especializada” em economia, que serve a duas mídias capitalistas/neoliberais
alertou-me, mais ainda, dessa necessidade.
Entretanto, o que me fez tomar a decisão foram as dezenas de
postagens, no face, logo após a sessão do Supremo Tribunal Federal ─ mais
especificamente, após o voto do Ministro Celso de Mello a favor dos embargos
infringentes, na Ação Penal 470.
Não imaginei que algumas pessoas que considero possuidoras de
recursos analíticos de bom nível, pudessem postar coisas envolvendo, tão
negativamente, o Brasil.
Na entrevista citada, a jornalista disse “O Brasil é
racista”.
Nas postagens do face, tínhamos coisas como: “Brasil
Corrupto”; “Brasil, País de m” – escrito na íntegra.
Foram várias postagens colocando o Brasil como foco dos comentários.
Antes de iniciar, procurei por figuras de sintaxe em que tais
comentários, se encaixassem. Como não sou expert,
fiquei entre duas delas, sem conseguir decidir; entretanto, busquei pelo termo falácia
que utiliza algumas figuras de linguagem; consegui fazer um link,
entre esse termo e os diversos usados pelo sistema midiático, tal qual àquele
da jornalista ─ “O Brasil é racista”.
Vejamos definições de falácia:
falácia1
fa.lá.cia1
sf (lat fallacia) 1 Qualidade de falaz. 2 Engano, logro, burla. 3 Sofisma.
fa.lá.cia1
sf (lat fallacia) 1 Qualidade de falaz. 2 Engano, logro, burla. 3 Sofisma.
falácia2
fa.lá.cia2
sf (de falar) Ruído confuso de muitas vozes.
fa.lá.cia2
sf (de falar) Ruído confuso de muitas vozes.
E por que tomei a liberdade de encaixá-los, assim?
Simplesmente por representarem exatamente isso: ruído
confuso de muitas vozes; não expressam pensamento legítimo; expressam
remendos de vários, adotados de diversas fontes e postados com a ilusória
sensação de ineditismo, de máxima perfeição intelectual; um verdadeiro ctrl
c/ctrl v, de nulidades.
Ao tentar fazer uma
defesa do Brasil ─ País, sinto desconcertante ineficácia minha para fazê-lo de
forma exemplar, não deixando dúvidas, quanto a ela; mesmo assim, a intenção é a
mais pura.
A intencionalidade de culpabilidade do País, por
acontecimentos derivados de meios políticos, sociais e outros, é extremamente
perniciosa. Pouco a pouco, ano após ano, esse tipo de comentário foi/vai
minando o discernimento de grande maioria da população; o País vai se se
tornando alvo de piadas, de descaso tornando-se, inclusive, vulnerável a
comentários internos e externos, que minam sua credibilidade.
Seu povo, o povo brasileiro não o defende; muito pelo
contrário; eles empregam o jargão midiático, culpando o Brasil mantendo, dessa
forma, o(os) verdadeiro(s) culpado(s) por qualquer situação, incólume(s) isto,
claro, se for da vontade midiática.
É primário saber que o País, qualquer país não tem culpa por
ações desempenhadas por seus governantes, por seus partidos políticos enfim,
por qualquer instituição; afinal um País é, em primeiríssima instância, uma região
geográfica; daí o absurdo das inúmeras culpabilidades impostas, no
caso, ao Brasil, mesmo que alicerçadas em figuras de linguagem.Esse jargão midiático ─ assumido quase em plenitude pelos menos antenados ─ existe para salvaguardar a “integridade” de seus representantes perante o próprio sistema capitalista/neoliberal e/ou instituições do País.
O Brasil é o País que mais consome agrotóxicos.
Não seria mais interessante e verdadeiro dar essa informação,
assim:Megacorporações do setor de agrotóxicos têm facilitada a colocação de seus produtos, em território brasileiro.
Sabe quando mudariam as manchetes? Nunca!
A primeira, “culpa” a região geográfica ─ País ─, como se fosse ela a tomar decisões
sobre usar ou não, agrotóxicos.
A segunda, traria alerta de que alguma
instituição estaria facilitando o uso indiscriminado, de agrotóxicos. Poderia, ainda, despertar curiosidade em saber
quais são essas megacorporações; despertar curiosidade em saber quem autoriza
entrada/utilização desses produtos e mais, saber quem são os lobistas, desse
setor, dentro do Congresso Nacional.
Olha que leque de pesquisas seria aberto, aos mais curiosos!
Qual das duas, acima, você consideraria mais correta?
O Brasil é um País sem memória.
Não vejo como uma região geográfica possa ser culpada
de não ter memória histórica.
Instituições
brasileiras não cumprem o papel de preservar e divulgar fatos históricos, do
Brasil
Essa seria a manchete que informaria a verdade e, nesse
quesito específico, também o sistema midiático capitalista/neoliberal cumpre a
sua função perante o Sistema, lembrando sempre apenas momentos do País que
foram/são de interesse, do mesmo. Fora isso, tudo fica jogado às
traças.
Poderíamos enumerar milhares de exemplos; não creio ser
necessário e tampouco, eficaz; com esses colocados já é possível perceber a
razão de minha profunda indignação pela forma como o Brasil é tratado.
Todo País como ─ região geográfica ─ merece respeito
mesmo porque, indevidamente, o
Planeta foi dividido e cada pedaço usurpado, de seu todo, recebeu denominação e
domínio por exclusiva vontade do animal humano.
Nenhum País como ─ região geográfica ─ no mundo, tem
culpa pelos desmandos cometidos em seu nome.
Assim, considero prioritário defender o Brasil desse tipo de
jargão alienante; enquanto não se tornar realidade o belíssimo sonho de John
Lennon ─ exposto em sua música ─Imagine, quando as partes usurpadas,
do todo, voltarem a se unir, sem fronteiras ─, precisamos demonstrar Amor e
Respeito por esta belíssima REGIÃO GEOGRÁFICA!
BRASIL, NADA E NINGUÉM
TEM O DIREITO DE OFENDÊ-LO!
Vou tomar a liberdade de trazer uma pequena parte do poema de
Rui Barbosa ─ Tenho vergonha de mim, como preâmbulo aos comentários finais,
deste.
Tenho vergonha de minha impotência, de minha falta de garra...
em defender o Brasil.
E tenho pena, muita pena do povo desta maravilhosa região
geográfica, deste PAÍS, que ainda
não conseguiu abrir os olhos para enxergar o outro lado das verdades que nos
querem fazer acreditar!
Tenho pena, muita pena deste povo que ainda segue o berrante
que direciona a boiada, tocado pela mídia capitalista/neoliberal que quer, a
todo custo, empurrar o País, ladeira abaixo.
Tenho pena, muita pena de nós, povo brasileiro por não
conseguirmos dimensionar, com clareza ─ sem
as armadilhas da parcialidade ─ as verdadeiras e necessárias mudanças a
serem propostas por nós, para benefício do País e das próximas gerações.
Mas apesar de tudo, confio que em algum momento, nos
tornaremos realmente um povo diferente, evoluído, consciente e faremos do
Brasil o que alguns grandes pensadores e videntes, pressagiaram!
Maria ─ Estrela Lunar Amarela
─qualquer erro detectado, por favor, nos informe.