Postando hoje o Espaço 10 ─
Consciência, do livro EgoCiência e SerCiência ─ Em busca de conexões quânticas.
Virá todo em itálico.
Abordar um assunto tão “impalpável” como
o é a Consciência, é algo extremamente delicado; precisa ser tratado com
profunda seriedade justamente pela dimensão que tem.
Antes de entrarmos na tentativa de
buscar subsídios para propor possíveis respostas às duas questões levantadas no
Espaço 4, algumas coisas precisam ser vistas.
Particularmente creio que abusamos,
demasiadamente, de termos como consciência e consciente.
Em medicina, quando é usado o termo
inconsciente em relação a algum paciente, isto quer dizer, resumidamente, que
esse paciente não apresenta funções cerebrais totalmente ativas e quando, nos
casos em que essa “desativação” das funções cerebrais sofre reversão, então se diz que o paciente
recobrou a consciência.
Assim, consciente e consciência, para a
medicina, são palavras atreladas ao conceito de “estrutura/funções cerebrais
ativas”; é assim que entendo a utilização dessas palavras na área médica, pois
as palavras inversas ─ inconsciente
e inconsciência designam o estado
contrário ─ “estrutura/funções cerebrais
desativadas”.
Outras
aplicações das palavras consciência e consciente, normalmente nos
remetem a algo mais parecido com conhecimento no aspecto de ser esclarecido a
respeito de algo, saber sobre algo, ser informado sobre algo, envolvendo, em
última instância, a área de aprendizado
e/ou informação; assim, conhecimento implica saber e aí ouvimos frases
como: fulano é consciente disto ou
daquilo; sicrano tem consciência desse fato, ambas referindo-se, na grande
maioria das vezes, a algo que é de
conhecimento de fulano ou de sicrano.
Dissemos, no 1º parágrafo, que abordar
um assunto tão “impalpável” como o é a Consciência é extremamente
delicado. Temos que ir além do
“impalpável” e chegar ao que realmente creio ser a Consciência ─ Abstrata.
Pensar o Abstrato é inútil e vão, além
de impossível, pois não haverá condições de expressarmos, coerente e
logicamente, a resultante de qualquer pensamento a respeito dele e o substrato
do Abstrato, é barrado pela própria lógica, tal qual a conhecemos. Creio,
particularmente, que é preciso deixar que o Abstrato nos absorva e acredito que
a única forma de termos algum contato com ele e permitir sermos absorvidos por
ele é exatamente o Não Pensar. Quando, através do silenciar do pensamento,
através do Não Pensar, “concebemos” o Abstrato, ele “incorpora-se” em nós,
somos absorvidos por ele e a sensibilidade dele, passa a ser o cerne da
existência, mesmo que a respeito dele nada possa ser dito, em simples palavras,
mesmo por ser, a “incorporação” do Abstrato, algo individual, exclusivamente de
cada Ser, em sua estrutura quântica.
Carlos Castaneda, em seu livro O poder
do silêncio, cita diálogos com dom Juan sobre o espírito, sendo considerado
como abstrato; então Castaneda diz: “Dom Juan repetiu que o ponto crucial de
nossa dificuldade em voltar ao abstrato era nossa recusa em aceitar que
podíamos saber sem palavras ou mesmo sem pensamento” e ainda, estas palavras de
dom Juan: “Já lhe expliquei que não há
maneira de falar sobre o espírito, porque o espírito pode apenas ser
experimentado.”
Quando conseguimos ter a SENSAÇÃO de
algo considerado como Abstrato, que pode ser Deus, o Infinito ou a Eternidade,
por exemplo, e através dessa SENSAÇÃO, incorporamos em nossa estrutura quântica
a PERCEPÇÃO dele, de um deles, tudo o mais, que é definido por nós como
Abstrato, é imediatamente concebido em nossa estrutura quântica. Então, com a
SENSAÇÃO/PERCEPÇÃO devidamente “registrada”, em nós, o Abstrato, em sua
totalidade, passa a fazer parte de nós; nós o vivenciamos e o sentimos mesmo
que nada, absolutamente nada possamos falar sobre ele.
Creio que algo parecido com isso
aconteceu comigo em relação a ENERGIA, quando, através daquela “captação”
exposta na Parte 3 do 1º volume do EgoCiência e SerCiência; o Abstrato ENERGIA, “fundiu-se” ao Ente
Quântico e passei a Viver e Sentir o
Abstrato sem nada poder definir sobre ele, pois o Abstrato, quando concebido,
ultrapassa o racional e o lógico, como os conhecemos e então, apenas o silêncio
tem validade maior.
SENSAÇÃO/PERCEPÇÃO. Qual a razão de
falarmos sobre elas, neste Espaço dedicado a Consciência? Lembremos, rapidamente, que no livro 1, foi feita uma diferenciação entre sensação puramente física, aquela que nos faz sentir algo e nesse sentir algo, parte da estrutura física “sente” alguma coisa, um arrepio, uma sensação de calor, de frio, definida por mim como “dissonante” e a SENSAÇÃO, aquela que, em meu sentir e entender é PURA, ÍNTEGRA, TOTAL e não dissonante, sendo esta, sua principal característica. Considerei então, na época que só a SENSAÇÃO seria a responsável pelo “conhecimento” diferenciado; hoje, entendo que além da SENSAÇÃO é necessário a PERCEPÇÃO do que está sendo “informado”, por essa SENSAÇÃO.
Mesmo que essa própria SENSAÇÃO possa
nos trazer um conhecimento diferenciado, “instalando-o” em nossa estrutura,
creio que será pela PERCEPÇÃO, desse conhecimento, que a chegada, até o nosso
nível cognitivo, acontece, ou seja, a SENSAÇÃO é onda portadora da informação/conhecimento
codificado; a PERCEPÇÃO seria
responsável pela decodificação, para nossa estrutura “material”, do referido conhecimento “informado”, através da SENSAÇÃO.
Precisamos ainda, para podermos ampliar
nosso possível entendimento sobre Consciência, lembrar que nesse mesmo livro 1 ─ EgoCiência e Serciência, em sua Parte
4, colocamos em evidência a derivação etimológica da palavra Consciência: “Etimologicamente, a palavra consciência
deriva das palavras Scire (conhecer)
e cum (com). Consciência é “conhecer
com”. Dissemos, complementarmente: “E se Consciência é conhecer com, poderíamos considerar Consciência como conhecer com
SENSAÇÃO, pois, conhecer com SENSAÇÃO, através de Sensação é, para mim, a única
forma do conhecimento tornar-se “infuso” no composto Ego-pessoa, favorecendo
claro conhecimento que poderá ser considerado “saber infuso” e, dessa forma, não mais esquecido, não mais apagado,
na própria estrutura Ego-pessoa.” Agora penso, complementarmente, que quando
esse “saber infuso” é decodificado pela PERCEPÇÃO, o circuito se completa e a
CONSCIÊNCIA é clara, precisa em relação ao que “chegou” via SENSAÇÃO.
Particularmente, concebo 3 estados de
frequência ─ se assim
posso dizer ─
da
onda CONSCIÊNCIA:
─ consciência
primária: incorporação cumulativa de
hábitos no contexto biosomático de qualquer espécie, inclusive a humana; instinto ─ consciência intermediária: mais específica, creio eu, da espécie humana, quando traz para seu “reduto” interior, a concretização pessoal/social e as implicações dessa tomada de consciência perante si mesmo, como Ego-pessoa;
─ consciência avançada:
re-incorporação de conhecimentos “esquecidos”e posterior vivência desse
conhecimento, dando início, paulatinamente, ao re-conhecimento do Ser como
realmente existencial e menos dimensionável que o Ego-pessoa.
Consciência,
para mim, é a incorporação quântica de todo e qualquer conhecimento, ultrapassando o simples aprendizado de algo
que permanece, em meu entender, apenas na estrura-suporte do racional, pura e
simplesmente, sem ser “absorvido” pela onda consciência, o que determina não ter havido ressonância entre o conhecimento e a
estrutura quântica, do Ser.
Foi necessário, caro leitor, nos
estendermos um pouco antes de tentarmos dar uma resposta à 1ª pergunta do final
do Espaço 4 ─ Como uma
pessoa se torna consciente de algo?
Será, leitor, que mediante ao que vimos,
rapidamente, poderíamos propor que Consciência é conhecer com SENSAÇÃO E
PERCEPÇÃO? Admito, particularmente, que a resposta pode ser sim, pois essa forma de conhecer seria,
em meu entender, a única a tornar o conhecimento “infuso” na estrutura quântica
do Ego-pessoa.
Seria interessante ao leitor, para
subsidiar mais sua possível resposta ─concordante ou não, com a acima exposta ─ reler o ESPAÇO 7 MENTE E CONSCIÊNCIA,
do livro 1 EgoCiência e SerCiência.
A segunda pergunta feita no Espaço 4 é: “E, se várias pessoas se tornam
conscientes de alguma coisa, como essa consciência “adquirida” consegue,
por si mesma, alcançar outras pessoas?”
A resposta a essa pergunta, admito ser
mais fácil de ser proposta, precisamos apenas lembrar que o pensamento, qualquer
pensamento de qualquer pessoa, expresso ou não, em palavras, não fica restrito
ao pensador, não fica “preso” dentro do composto orgânico humano; ele
imediatamente se “difunde” (espalha-se, propaga-se).
Um importante filósofo francês ─ Teilhar de Chardin, nascido em 1881 e
que faleceu em 1955, propôs a NOOSFERA que, segundo ele, seria consequência do
“nascimento” da NOOGÊNESE– de noos palavra grega para pensamento ─,
“nascimento” esse ocorrido quando os humanos começaram a pensar. Na
sequência, Vernadsky, geoquímico russo, contemporâneo de Teilhar de Chardin,
propôs que a Noosfera poderia ser a terceira etapa evolutiva, prevista no
desenvolvimento da Terra.
Muitos estudiosos e até cientistas,
debruçaram-se sobre essa questão e atualmente, nos meios esotéricos,
principalmente, essa questão já está definida ─ a Noosfera
será, realmente, a próxima etapa de evolução do/no Planeta Terra, e isto em
breve.
Então, se um número suficiente de
pessoas, através da SENSAÇÃO/PERCEPÇÃO ─ no meu entender e em acordo com o proposto como
resposta à 1ª pergunta ─, torna-se
consciente de algo, essa consciência se estende a todos pois, quando adquirimos
realmente consciência de algo,
começamos a viver e pensar em conformidade com essa
consciência infusa em nossa estrutura quântica. Acontecendo isso, claro está
que o pensamento, ao difundir-se através do espaço e, atingindo a Noosfera,
poderá ser “captado” por todas as pessoas que têm, de alguma forma, “ressonância”
com o assunto pensado.
Oxalá, possa ocorrer o mais rápido
possível, a difusão de pensamentos de alguns seres humanos em relação a
situação emergencial do planeta Terra, da natureza e da humanidade, pensamentos
esses da possibilidade de mudanças, muito favoráveis, em função do que é esperado
da Era de Aquário, que já está atingindo seu ponto de “instalação”.
Ao ocorrer esse “milagre”, creio que teremos um espetacular avanço em
todos os setores humanos, com novas, saudáveis e até, inacreditáveis mudanças
comportamentais, mentais e espirituais, em cada humano e na Humanidade, como um
Todo.
OXALÁ!
Maria-Estrela Lunar Amarela
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