sexta-feira, 13 de setembro de 2013


Postando hoje o Espaço 10 ─ Consciência, do livro EgoCiência e SerCiência ─ Em busca de conexões quânticas. Virá todo em itálico.

 
ESPAÇO  10   CONSCIÊNCIA 

Abordar um assunto tão “impalpável” como o é a Consciência, é algo extremamente delicado; precisa ser tratado com profunda seriedade justamente pela dimensão que tem.
Antes de entrarmos na tentativa de buscar subsídios para propor possíveis respostas às duas questões levantadas no Espaço 4, algumas coisas precisam ser vistas.

Particularmente creio que abusamos, demasiadamente, de termos como consciência e consciente.
Em medicina, quando é usado o termo inconsciente em relação a algum paciente, isto quer dizer, resumidamente, que esse paciente não apresenta funções cerebrais totalmente ativas e quando, nos casos em que essa “desativação” das funções cerebrais  sofre reversão, então se diz que o paciente recobrou a consciência.

Assim, consciente e consciência, para a medicina, são palavras atreladas ao conceito de “estrutura/funções cerebrais ativas”; é assim que entendo a utilização dessas palavras na área médica, pois as palavras inversas inconsciente e inconsciência  designam o estado contrário  “estrutura/funções cerebrais desativadas”. 
Outras  aplicações das palavras consciência e consciente, normalmente nos remetem a algo mais parecido com conhecimento no aspecto de ser esclarecido a respeito de algo, saber sobre algo, ser informado sobre algo, envolvendo, em última instância,  a área de aprendizado e/ou informação; assim, conhecimento implica saber e aí ouvimos frases como:  fulano é consciente disto ou daquilo; sicrano tem consciência desse fato, ambas referindo-se, na grande maioria das vezes,  a algo que é de conhecimento de fulano ou de sicrano.

Dissemos, no 1º parágrafo, que abordar um assunto tão “impalpável” como o é a Consciência é extremamente delicado.  Temos que ir além do “impalpável” e chegar ao que realmente creio ser a Consciência Abstrata.
Pensar o Abstrato é inútil e vão, além de impossível, pois não haverá condições de expressarmos, coerente e logicamente, a resultante de qualquer pensamento a respeito dele e o substrato do Abstrato, é barrado pela própria lógica, tal qual a conhecemos. Creio, particularmente, que é preciso deixar que o Abstrato nos absorva e acredito que a única forma de termos algum contato com ele e permitir sermos absorvidos por ele é exatamente o Não Pensar. Quando, através do silenciar do pensamento, através do Não Pensar, “concebemos” o Abstrato, ele “incorpora-se” em nós, somos absorvidos por ele e a sensibilidade dele, passa a ser o cerne da existência, mesmo que a respeito dele nada possa ser dito, em simples palavras, mesmo por ser, a “incorporação” do Abstrato, algo individual, exclusivamente de cada Ser, em sua estrutura quântica.

Carlos Castaneda, em seu livro O poder do silêncio, cita diálogos com dom Juan sobre o espírito, sendo considerado como abstrato; então Castaneda diz: “Dom Juan repetiu que o ponto crucial de nossa dificuldade em voltar ao abstrato era nossa recusa em aceitar que podíamos saber sem palavras ou mesmo sem pensamento” e ainda, estas palavras de dom Juan:  “Já lhe expliquei que não há maneira de falar sobre o espírito, porque o espírito pode apenas ser experimentado.”
Quando conseguimos ter a SENSAÇÃO de algo considerado como Abstrato, que pode ser Deus, o Infinito ou a Eternidade, por exemplo, e através dessa SENSAÇÃO, incorporamos em nossa estrutura quântica a PERCEPÇÃO dele, de um deles, tudo o mais, que é definido por nós como Abstrato, é imediatamente concebido em nossa estrutura quântica. Então, com a SENSAÇÃO/PERCEPÇÃO devidamente “registrada”, em nós, o Abstrato, em sua totalidade, passa a fazer parte de nós; nós o vivenciamos e o sentimos mesmo que nada, absolutamente nada possamos falar sobre ele.

Creio que algo parecido com isso aconteceu comigo em relação a ENERGIA, quando, através daquela “captação” exposta na Parte 3 do 1º volume do EgoCiência e SerCiência;  o Abstrato ENERGIA, “fundiu-se” ao Ente Quântico  e passei a Viver e Sentir o Abstrato sem nada poder definir sobre ele, pois o Abstrato, quando concebido, ultrapassa o racional e o lógico, como os conhecemos e então, apenas o silêncio tem validade maior.
SENSAÇÃO/PERCEPÇÃO. Qual a razão de falarmos sobre elas, neste Espaço dedicado a Consciência?

Lembremos, rapidamente, que no livro 1, foi feita uma diferenciação entre sensação puramente física, aquela que nos faz sentir algo e nesse sentir algo, parte da estrutura física “sente” alguma coisa, um arrepio, uma sensação de calor, de frio, definida por mim como “dissonante”  e a SENSAÇÃO, aquela que, em meu sentir e entender é PURA, ÍNTEGRA, TOTAL  e não dissonante, sendo esta, sua  principal característica. Considerei então, na época que só a SENSAÇÃO seria a responsável pelo “conhecimento” diferenciado; hoje, entendo que além da SENSAÇÃO é necessário a PERCEPÇÃO do que está sendo “informado”, por essa SENSAÇÃO.

Mesmo que essa própria SENSAÇÃO possa nos trazer um conhecimento diferenciado, “instalando-o” em nossa estrutura, creio que será pela PERCEPÇÃO, desse conhecimento, que a chegada, até o nosso nível cognitivo, acontece, ou seja, a SENSAÇÃO é onda portadora da informação/conhecimento codificado; a PERCEPÇÃO  seria responsável pela decodificação, para nossa estrutura “material”,   do referido conhecimento “informado”,   através da SENSAÇÃO.
Precisamos ainda, para podermos ampliar nosso possível entendimento sobre Consciência, lembrar que nesse mesmo livro 1 EgoCiência e Serciência, em sua Parte 4, colocamos em evidência a derivação etimológica da palavra Consciência:  “Etimologicamente, a palavra consciência deriva das palavras Scire (conhecer) e cum (com). Consciência é “conhecer com”. Dissemos, complementarmente: “E se Consciência é conhecer com, poderíamos considerar Consciência como conhecer com SENSAÇÃO, pois, conhecer com SENSAÇÃO, através de Sensação é, para mim, a única forma do conhecimento tornar-se “infuso” no composto Ego-pessoa, favorecendo claro conhecimento que poderá ser considerado “saber infuso” e, dessa forma, não mais esquecido, não mais apagado, na própria estrutura Ego-pessoa.” Agora penso, complementarmente, que quando esse “saber infuso” é decodificado pela PERCEPÇÃO, o circuito se completa e a CONSCIÊNCIA é clara, precisa em relação ao que “chegou” via SENSAÇÃO.

Particularmente, concebo 3 estados de frequência se assim posso dizer da onda CONSCIÊNCIA:
consciência primária:  incorporação cumulativa de hábitos no contexto biosomático de qualquer espécie, inclusive a humana; instinto

consciência intermediária:  mais específica, creio eu, da espécie humana, quando traz para seu “reduto” interior, a concretização pessoal/social e as implicações dessa tomada de consciência perante si mesmo, como Ego-pessoa;

consciência avançada:  re-incorporação de conhecimentos “esquecidos”e posterior vivência desse conhecimento, dando início, paulatinamente, ao re-conhecimento do Ser como realmente existencial e menos dimensionável que o Ego-pessoa.
Consciência, para mim, é a incorporação quântica de todo e qualquer conhecimento,  ultrapassando o simples aprendizado de algo que permanece, em meu entender, apenas na estrura-suporte do racional, pura e simplesmente, sem ser “absorvido” pela onda consciência, o que determina não ter havido ressonância entre o conhecimento e a estrutura quântica, do Ser.

Foi necessário, caro leitor, nos estendermos um pouco antes de tentarmos dar uma resposta à 1ª pergunta do final do Espaço 4 Como uma pessoa se torna consciente de algo?
Será, leitor, que mediante ao que vimos, rapidamente, poderíamos propor que Consciência é conhecer com SENSAÇÃO E PERCEPÇÃO? Admito, particularmente, que a resposta pode ser sim, pois essa forma de conhecer seria, em meu entender, a única a tornar o conhecimento “infuso” na estrutura quântica do Ego-pessoa.

Seria interessante ao leitor, para subsidiar mais sua possível resposta concordante ou não, com a acima exposta reler o ESPAÇO 7 MENTE E CONSCIÊNCIA, do livro 1 EgoCiência e SerCiência. 
A segunda pergunta feita no Espaço 4  é: “E, se várias pessoas se tornam conscientes de alguma coisa, como essa consciência “adquirida”  consegue,  por si mesma, alcançar outras pessoas?” 

A resposta a essa pergunta, admito ser mais fácil de ser proposta, precisamos apenas lembrar que o pensamento, qualquer pensamento de qualquer pessoa, expresso ou não, em palavras, não fica restrito ao pensador, não fica “preso” dentro do composto orgânico humano; ele imediatamente se “difunde” (espalha-se, propaga-se).
Um importante filósofo francês Teilhar de Chardin, nascido em 1881 e que faleceu em 1955, propôs a NOOSFERA que, segundo ele, seria consequência do “nascimento” da NOOGÊNESE– de noos palavra grega para pensamento ,  “nascimento” esse ocorrido quando os humanos começaram a pensar. Na sequência, Vernadsky, geoquímico russo, contemporâneo de Teilhar de Chardin, propôs que a Noosfera poderia ser a terceira etapa evolutiva, prevista no desenvolvimento da Terra.

Muitos estudiosos e até cientistas, debruçaram-se sobre essa questão e atualmente, nos meios esotéricos, principalmente, essa questão já está definida   a Noosfera será, realmente, a próxima etapa de evolução do/no Planeta Terra, e isto em breve.
Então, se um número suficiente de pessoas, através da SENSAÇÃO/PERCEPÇÃO no meu entender e em acordo com o proposto como resposta à 1ª pergunta , torna-se consciente de algo, essa consciência se estende a todos pois, quando adquirimos realmente consciência de algo, começamos a viver e pensar em conformidade com essa consciência infusa em nossa estrutura quântica. Acontecendo isso, claro está que o pensamento, ao difundir-se através do espaço e, atingindo a Noosfera, poderá ser “captado” por todas as pessoas que têm, de alguma forma, “ressonância” com o assunto pensado.

Oxalá, possa ocorrer o mais rápido possível, a difusão de pensamentos de alguns seres humanos em relação a situação emergencial do planeta Terra, da natureza e da humanidade, pensamentos esses da possibilidade de mudanças, muito favoráveis, em função do que é esperado da Era de Aquário, que já está atingindo seu ponto de  “instalação”.  Ao ocorrer esse “milagre”, creio que teremos um espetacular avanço em todos os setores humanos, com novas, saudáveis e até, inacreditáveis mudanças comportamentais, mentais e espirituais, em cada humano e na Humanidade, como um Todo.

OXALÁ!
Maria-Estrela Lunar Amarela
 

 

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