sexta-feira, 4 de outubro de 2013

ALDEIA DE MIM


Em verdade, não é bem uma aldeia; é uma aldeiazinha por ser bem pequena mas, sou eu.

Não vivo nessa aldeiazinha, vivo no mundo; mas o mundo, tal qual concebido e vivenciado, não vive em mim ─ aldeiazinha.
Essa aldeiazinha, não é uma ilha; não está isolada; está “incrustrada”, provavelmente, em espaço quântica da própria estrutura quântica ─ corpo físico ou, em campo energético adjacente.

Talvez a psicologia diagnosticasse isso como possível sintoma de certo ─ autismo; não estaria de todo, errada; existe um “mundo” em que, por determinado espaço de tempo, permaneço nele que não deixa de ser parecido com do autista pois nele, ninguém entra; entram e permanecem lá, apenas SENSAÇÕES de alta frequência.
Bipolar ─ seria outro possível diagnóstico e também teria fundamento, visto que saio de um estado e entro em outro, todos os dias, durante algum tempo.

Posso estar profundamente enganada no que vou dizer mas, acho que vivenciar um lado só, do espectro ─ Bipolaridade ─ seria mais doentio do que “navegar” entre ambos.
Alegria, alegria! em demasia, pode demonstrar, talvez não patologia mas uma tremenda disfunção emocional e/ou total alienação da realidade, o que quase dá na mesma.

Tristeza, tristeza, também demonstraria, o mesmo.
É evidente que a bipolaridade doentia ─denominada Transtorno Bipolar ─ tem diagnóstico e tratamento. Nesse caso, a bipolaridade chega a extremos em função de disfunções hormonais e consequentes distúrbios no funcionamento neurológico; creio também que ela pode chegar a esse ponto pela incapacidade, da pessoa, em trabalhar com a bipolaridade normal, após identificá-la.

A que considero normal, é própria da interação com o mundo ─ o mundo concreto, cria e sustentação do próprio animal humano; esse mundo aqui denominado de concreto, inúmeras vezes, através de seus diversos agentes, nos “rouba” energia e nós, de uma forma ou de outra ─ enfraquecemos; caímos na parte mínima, do espectro.
Entretanto, o mundo, em seu aspecto natural muitas e muitas vezes injeta energia tão magnífica, que nos faz atingir um ponto mais elevado, do espectro.

Não podemos nos esquecer que bipolaridade, assim como dualidade, apresentam espectro que os limitam a duas possibilidades, apenas; elas não oferecem a realidade de espectro que tem, na maioria das vezes, uma amplitude bem maior em intervalos entre o mínimo e o máximo.
Nós somos duais, por natureza afinal, somos matéria-energia, dito dessa forma para não criar mais complicações pois, a realidade primeira/última, da própria matéria, é ENERGIA.

 A ENERGIA se faz matéria, condensando-se; a matéria se refaz, pura Energia, ao se “descondensar”.
A matéria, em bruto, não nos deixa “ver” sua constituição quântica; a ENERGIA, em sua realidade não nos permite “visualizá-la”, em nosso estado normal, apenas ─ SENTÍ-LA!

Até os dias atuais, a ciência ainda não tem definição precisa de ─ matéria, bem como nada de preciso foi estipulado para ─ massa; sob essa ótica, a confusão ainda é total!
Fica evidenciado, dessa forma, que não podemos ser “polares”; somos bipolares por natureza e, talvez até ─ multipolares.

Curiosamente, a ciência diagnostica diversos tipos do que chamam de “distúrbios mentais” em gênios das mais diversas artes ─ música, pintura, escultura, literatura, dança etc. É difícil, para a ciência, entender que o processo criativo, na maioria das vezes ─ e de forma mais intensa, nos considerados gênios ─ desloca o ponto de aglutinação, àquele tão comentado por dom Juan, de Castaneda. Esse deslocamento faz com que a pessoa, mesmo que não seja gênio mas sim, altamente criativa saia, por algum tempo, daquela situação de aparente normalidade do mundo concreto, para algo totalmente diferenciado do que se costuma rotular de ─ normal.
Um dos casos mais estudados/comentados ─cientificamente ─, é o de Dante Alighieri (1265/1321) em especial por sua obra ─ A Divina Comédia e, não sem razão.

O processo criativo é algo fora de qualquer entendimento, se tiver apenas o senso comum, como balizador. Seu conhecimento mais profundo, pela ciência, precisa ampliar horizontes; faz-se necessário abordá-lo ─ holisticamente, inclusive entendendo que a saída de um estado rotulado de normal evidentemente causará, na contraparte mental ─ hardware cerebral ─ certos tipos de interferências, alterando assim, o comportamento “normal” dos neurônios.
O processo criativo traz, sob minha ótica, uma reversão da lógica racional comum, sobrepondo a ela, a INTUIÇÃO, com sua lógica superior e pura, quase instintiva.

Aguardemos avanços científicos para melhores posicionamentos sobre, não é?
Então, retornando, tanto faz se a psicologia enquadrar ─ eu aldeia ─ como autismo ou bipolaridade pois afinal, dentro do espectro de possibilidades, de cada um deles, seria possível incluir-me em um ponto qualquer, dele.

Essa aldeia de mim, é puramente energética, é pura SENSAÇÃO!
Em seu “entorno” parece existir um campo energético que filtra sentimentos, emoções, pensamentos deixando entrar, nela, apenas os que têm frequência mais elevada ─ os inteiramente, harmônicos. Até mesmo a tristeza, antes de penetrar na aldeiazinha, parece ser depurada de seu aspecto “pesado”, “desarmônico”; ela, como SENSAÇÃO ─ transformada por uma alquimia desconhecida ─ torna-se energeticamente harmoniosa e leve; uma Transdução de Energia, que não sei como ocorre.

A aldeia de mim, não tem localização física; talvez, por essa razão custou-me tanto, encontrá-la; não havia nenhum mapa justamente pela não localização física. Uma peregrinação em altos e baixos ─ bipolaridades ─ permitiu, após longo tempo, encontrá-la. O ingresso, nela, é feito via conexão energética/mental; quando essa conexão não se completa, sei que algo em minha estrutura quântica está desconexo. Quando isso ocorre, vem o trabalho de buscar esse ponto em desequilíbrio; algumas vezes é fácil detectar; outras vezes, pela sutileza da energia envolvida, o trabalho é bem mais difícil.
O trabalho é fácil quando sinto qualquer sintoma físico relacionado ao desequilíbrio; torna-se difícil justamente quando há ausência, desse(s) sintoma(s).

Creio que cabe aqui, repetir algo colocado em um dos livros EgoCiência e SerCiência:

Sempre senti como se minhas moléculas estivessem confinadas a um espaço muito pequeno, materialmente falando.
Percebia suas agitações, suas turbulências, quase ao ponto de explosão.

Então, pouco a pouco, fui aprendendo a liberá-las além de mim; sobreveio, então, a paz e o bem estar físico e mental.
Não sei dizer se foi esse aprendizado que “criou” a aldeiazinha de mim ou se, reconhecer sua existência, permitiu as moléculas, átomos e entes quânticos encontrar uma forma de transdução da(s) energia(s) que os deixavam em polvorosa.

O processo de Transdução, abordado pela Física, define a transformação de uma energia em outra de natureza diferente. É sob essa ótica que emprego esse termo, neste post.
Fortificar a aldeiazinha de mim, foi e tem sido o único cuidado que ela exige, de mim; em contrapartida, o que ela oferece/dá, é indescritível, em simples palavras.

A existência dessa aldeiazinha de mim tornou-me muito mais sensível à Natureza, ao Planeta, ao Multiverso; descobri pertença, deles, em mim e, vice-versa.
A aldeiazinha de mim, entretanto, não me torna invulnerável às diversas questões do mundo, no aspecto de estrutura quântica ─ corpo físico; o que ela permite é retorno rápido ─ ou paulatino ─a um equilíbrio físico/mental. Isso ocorre da forma já comentada, parágrafos acima, quando a conexão com ela é, digamos ─ desautorizada e entro naquele trabalho de diagnosticar a causa.

Posto que o Campo Mental tem suas contrapartes na própria estrutura quântica ─ corpo físico, no hardware cerebral, dela ─ os dados recebidos, do mundo, tal qual são emitidos, causam algum tipo de impacto provocando ligações/reações em acordo com a informação fornecida, por esses dados.
Como são filtrados os dados que entrarão na aldeiazinha de mim?

Não sei.
Esse processo de filtragem ocorre sem devido reconhecimento lógico/racional; é só o que sei, sobre.

É claro que existe uma enorme curiosidade sobre o como; talvez ainda venha alguma explicação; mas em realidade, o que importa é saber, com absoluta certeza, da existência dessa ─ ALDEIAZINHA DE MIM!

 Maria-Estrela Lunar Amarela

─ algum erro, detectado, por favor nos informe.

 

 

   

 

 

 

 

 

 

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