quinta-feira, 17 de outubro de 2013

EGOCIÊNCIA


Postamos hoje, a primeira parte do  ESPAÇO 22 do livro EgoCiência-Em busca de conexões quânticas, para atender algumas perguntas sobre a EgoCiência. Teremos, provavelmente, 3 postagens pois o Espaço 22 é longo.
Virá todo em itálico.

 
Espaço  22   EGOCIÊNCIA

 Você leitor (a), talvez lembre que no Prólogo do livro 1, comecei dizendo: “A estória deste livro tem, ao todo, mais de 38 anos.”
Foi esse o tempo de amadurecimento do que, em princípio, chamei de Ensaios sobre a Não Matéria, que tornou-se EgoCiência e SerCiência.

Gostaria de pedir a você, que se possível, antes de ler este Espaço, procure ler o Espaço 8 da quarta parte do livro 1, pois os 2 são Espaços de encerramento e portanto, a leitura daquele ajudará, em muito, a compreensão deste. 

Quando do início dessa longa caminhada de busca por esclarecimentos, por possíveis respostas aos inúmeros questionamentos, resolvi alocar as coisas que não eram, digamos assim, materiais, naquilo que chamei de Não Matéria, que chegou através daquelas conversas, comigo mesma, gravadas em fitas, tendo o mesmo acontecido com a EgoCiência e SerCiência.  Apesar de Não Matéria continuar a ser válida, para mim, por ser, com certeza, o principal espectro de trabalho da ENERGIA, considerei que muito mais do que uma “investigação” sobre a Não Matéria, investigava-me frente ao Todo que sempre considerei algo Fantástico. 
A  EgoCiência é o que de mais próximo temos; diz respeito ao composto ente quântico -Ego/ estrutura quântica -Corpo Humano;  creio que é esse composto que “determina”, que “concretiza” o Sistema Vida para a espécie animal chamada de  humana.

Vamos desmembrar esse composto e procurar entendimento sobre cada uma de suas  “partes”, começando  pela estrutura quântica corpo humano.
Essa Maravilhosa estrutura quântica, que é o corpo humano lembrando que toda e qualquer estrutura quântica, existente em reinos da Natureza, é tão Maravilhosa quanto , é fundamentalmente estruturada por átomos; os átomos formam moléculas, que formam células, que formam tecidos, basicamente falando.

Veja que coisa fantástica; aquilo que foi, e é chamado de átomo é, até prova em contrário, constituinte de toda e qualquer coisa que se tem conhecimento ou, não.
O corpo físico “material” é, em essência, totalmente energia; a matéria nada mais é do que a “condensação” da ENERGIA.

Essa estrutura quântica corpo humano ainda é, em essência, totalmente desconhecida da ciência; por mais avanços que tenhamos tido o que é inegável no trato do conhecimento da estruturação e funcionamento do corpo físico; entretanto, estamos longe, muito longe da compreensão da grandiosidade que ele representa e é.
A estrutura quântica do humano é a que mais se recente da não percepção, pelo humano, da inclusão ao Todo. Os animais, os pássaros, os peixes, enfim, todos os seres da Natureza estão totalmente infusos no Sistema Vida do planeta Terra; eles vivem conectados, pela sua própria estrutura quântica, ao Todo. São perceptivos do ambiente onde vivem; são perceptivos de tudo quanto possa apresentar alterações em seu habitat; eles são evoluídos, naturalmente; o instinto que permeia todos os seres da Natureza é extremamente potente no reconhecimento dos diversos campos energéticos e frequências emitidas por eles, pelos humanos, pelo Planeta, por tudo, enfim. Em realidade, eles têm atuante, algo que a estrutura ─ corpo humano, também tem, mas latente ─ sensores naturais, perfeitos.

É justamente essa uma das características desconhecidas, pelas ciências; o corpo físico ainda é visto como um mecanismo apto a desempenhar funções específicas para, como pensam, manter a vida operante. Essa é a visão exotérica da estrutura quântica ─ corpo físico e ela é de grande valor, é claro; mas falta a complementação extremamente importante ─ a visão esotérica da estrutura quântica ─ corpo humano, que, particularmente, considero ser a essencial.
Alguns poucos já fizeram a junção exotérica/esotérica do corpo físico; bom exemplo disso é o Dr. Douglas Baker, médico que escreveu um interessante livro ─ Anatomia Esotérica, editado pela 1ª vez no Brasil, em 1993.  Mas, há outros livros, também importantes, que enfocam o esotérico do corpo físico, como por exemplo, o livro O Simbolismo do Corpo Humano de Annick de Souzenelle e outro de Edward F. Edinger ─ Anatomia da Psique que destaca, como está claro, questões ligadas ao psiquismo humano, mas enfocadas pela visão esotérica alquímica.

O humano que consegue se interessar pelo corpo físico, de uma forma mais amorosa, mais harmoniosa está a meio caminho de um encontro espetacular com a ENERGIA. Esse humano é minoria, ainda; o número mais expressivo é daqueles que se preocupam, apenas e primordialmente, com o lado estético ou, mais que isso, com o lado exibicionista de seu corpo, colocando ênfase em como esse corpo é percebido pelos outros. Com essa perspectiva em mente, consideram-se como corpo físico, única e exclusivamente; além disso ou, por isso, impõe todo tipo de “castigo” a magnífica estrutura quântica ─ corpo humano, quando ela, em sua face “exotérica” não se apresenta em acordo com o desejado e incentivado, “midiaticamente”.
O aspecto esotérico da estrutura quântica ─ corpo humano, é simplesmente fantástico, digno, realmente, do PENSAMENTO, INTELIGÊNCIA E LINGUAGEM, DA ENERGIA.

Essa estrutura quântica traz todos os atributos necessários à conexão com aspectos outros daquilo que chamamos de realidade. São, como disse acima, sensores/decodificadores de frequências inimagináveis. Não poderia ser diferente, senão, como a outra “parte” do composto estrutura quântica/ Ego, disporia de condições de aperfeiçoamento de seu espectro energético/frequencial?
O ente quântico ─ Ego, “aperfeiçoa-se”, mediante o CONHECIMENTO do maior número possível de frequências, emitidas pela estrutura quântica, mediante esta ou aquela Sensação resultante desta ou daquela experiência proposta, no caso específico do humano, neste ambiente terreno. Nenhum humano é igual ao outro, também no aspecto Sensibilidade; mas até a presumível falta total de Sensibilidade requer, ou admite, algum nível de frequência, é claro. 

As vezes penso que se um grande músico, mediante o conhecimento profundo das escalas musicais e seus infinitos arranjos, se propusesse a compor uma melodia específica, para um determinado dia de sua vida,  conseguindo passar para o arranjo das notas musicais, suas experiências e sensações, algo de extrema importância deveria surgir. O mais importante, possivelmente esse músico já o teria que é Sensibilidade suficientemente elevada para compor; unindo essa Sensibilidade com observação profunda das diversas frequências derivantes de suas experiências e sensações - sejam elas quais forem - talvez compusesse uma sinfonia de vida,  de alta significação para ele e quem sabe, de fascínio aos ouvintes. É algo meio maluco o que está sendo “sugerido”;  se houvesse, em “meu” composto quântico, conhecimento de música, de teoria musical, com certeza procuraria unir a frequência  combinatória, das notas,  com a frequência de cada sensação experienciada. Claro está que os maiores compositores de música clássica, principalmente,  deveriam compor esta ou aquela obra mediante a força de uma Sensação, só que  sob forte influência da Inspiração que não permite análises,  enquanto está presente.
Olha, vou dar um exemplo do que ousei propor. Entre o parágrafo anterior e este, fui até a cozinha, movida pela vontade de tomar algo gelado e fumar um cigarro. Abri a geladeira, peguei um copo de suco. Sentei na cadeira, coloquei o copo em cima da mesa, acendi um cigarro; me deliciei com o suco que descia leve, suave e na temperatura exata do “meu” desejo. Enquanto tomava o suco e fumava olhava pela janela, observando o tom maravilhoso do céu; era uma sensação de total desligamento do trabalho que estava sendo feito e de total sintonia com a indescritível harmonia entre o suco, o cigarro, a janela, e o céu azul. Então, minha cachorrinha Nik, chegou perto de mim e encostou o focinho molhado, na minha perna; sai daquela sensação e entrei em outra, tão agradável quanto.  Se conhecesse música, provavelmente procuraria arranjos que conseguisse “musicar” esse estado sensitivo,  que não durou  mais que quinze minutos.

Voltando ao assunto deste Espaço, o ente quântico─ Ego é, em si mesmo, um Sistema multifacetado; sua “localização”, é claro, não é na estrutura quântica ─ corpo humano; sua “localização” é na Não Matéria que “permeia” o que chamamos de corpo físico. Tenho para mim, que a Não Matéria que “permeia” o corpo físico é também ela “formatada” tal qual o corpo humano, só que sua “composição” é pura energia.

Lembro-me de uma pequena poesia que “apareceu” para mim, há muitos anos; ela diz:
“Em cada um de nós

Existe um outro alguém

Que se dilui no Espaço

E se concentra no Infinito.”

Essa concepção de duplo é algo que encontramos em várias linhas de pensamento. Entretanto, a que mais se destacou, para mim, foi a que dom Juan Matus, explicou a Castaneda, narrada no livro A arte de sonhar, do próprio Castaneda. Em uma de suas conversas com dom Juan, Castaneda  pergunta:

─ “O que, exatamente, é o corpo energético”?

Dom Juan responde:

─ “É a contrapartida do corpo físico. Uma configuração fantasmagórica feita de pura energia.

─ Castaneda insiste: “Mas o corpo físico não é feito também de energia?”

─ “Claro que é”, diz dom Juan. “Mas a diferença é que o corpo energético tem apenas  aparência, não tem massa. Como é energia pura, pode realizar atos além das possibilidades do corpo físico”, explicou dom Juan. 

Compartilho com a ideia de dom Juan de que o corpo energético é pura energia e, para mim, é pura energia porque ele é constituído de Não Matéria e é exatamente nessa “matriz” da estrutura quântica ─ corpo humano que o ente quântico ─ Ego, “localiza-se”.  Entre, esse corpo sutil e o corpo físico material, existe total conexão, mesmo porque, eles podem não ser dois corpos distintos e sim, uma única estrutura quântica com dois sistemas diferenciados ─ mas, complementares ─, de Energia e Linguagem.
Para o humano, enquanto distante dos questionamentos da EgoCiência, é extremamente difícil conceber a existência de um outro corpo, “idêntico” ao corpo físico mas, não material. A dificuldade é elevada ao quadrado, ao cubo ou mais, ao constatar a possibilidade de esses dois corpos estarem perfeitamente acoplados formando uma única estrutura quântica, com diferenciações de Linguagem, trabalhando conjuntamente mas com objetivos e funções diferenciadas, em campos energéticos  igualmente ─ diferenciados.

Se não estou enganada, em referência a data, ao final de 2009, surgiu uma notícia na Internet, que cientistas haviam conseguido fotografar a “luminosidade” do corpo humano. Isto comprovado, é um enorme avanço rumo ao que muitas correntes místicas sempre informaram ─ o corpo físico é Pura Luz, portanto, Pura Energia.
Várias linhas de estudos voltadas aos mistérios da vida, contemplam a existência de corpos  de diferentes naturezas como, por exemplo, o corpo mental, o espiritual; quase todas acreditam na existência de 7 desses corpos.  

Particularmente, tenho dificuldade em admitir a necessidade de tantos outros corpos sutis; creio que o Corpo Físico/Material e o Corpo Não Matéria, seriam suficientes para o trabalho da Matéria e da Não Matéria, em perfeita consonância, sem esquecer o que dissemos, parágrafos acima, que Matéria e Não Matéria podem coexistir em uma única estrutura quântica.  Vamos propor aqui, para reflexão, um pensamento de Guilherme de Ockham ─ aquele mesmo da famosa Navalha de Occam ─, que diz: “É vão fazer com mais o que pode ser feito com menos.”.
Na Mecânica Quântica existe um princípio chamado ─ princípio da superposição, que é a adição de amplitudes de ondas por Interferência, sendo a Interferência um fenômeno que representa a superposição de duas ou mais ondas, num mesmo ponto. Quando houver superposição, mas com fases de ondas diferentes ─  o que determina uma Interferência Destrutiva  essa superposição é aniquiladora. Porém, quando as fases são as mesmas, quando elas combinam ─ o que determina uma Interferência Construtiva ─ então há um reforço dessa Superposição.  Ainda  dentro deste parágrafo, gostaria de chamar atenção que as ondas referidas, no princípio da superposição, nada tem a ver com o conceito mais comum, de onda; no caso do princípio em questão, ondas, fazem referência a uma das formas como as partículas subatômicas se mostram em experimentos;  a outra  é o comportamento delas como partículas, realmente.

Fazendo todas as ressalvas necessárias, quanto ao que vimos no parágrafo acima, sobre superposição, ressalvas essas que visam, principalmente, manter esse princípio da Mecânica Quântica em seu devido lugar, sem abusar dele, indevidamente,  para tentar explicar outras questões nada pertinentes a ele ( até prova em contrário)  admito acreditar, porém,  ser perfeitamente possível que a estrutura quântica destinada a “formar” o corpo humano tem, em si mesma dois lados ─ um lado “exotérico”, aparentando matéria, e  também o lado “esotérico” da Não Matéria;  portanto, o termo superposição quântica sendo perfeitamente passível para melhor compreensão do exposto.
Coloquei exotérico e esotérico entre aspas, pois gostaria que esses termos demonstrassem o que é aparente, conhecido, o que se mostra ─ exotérico, portanto o corpo físico e, o que está escondido, não visível, oculto ─ esotérico, que é o Corpo de Pura Energia, termos esses  ─ exotérico e esotérico ─ utilizados aqui,  sem as conotações que mais comumente aparecem , nos dicionários. 

O corpo físico, em acordo com o contexto acima, traria todos os sistemas de funcionamento em perfeitamente consonância com o campo onde tem sua atuação definida ─ Matéria.
O corpo “esotérico” teria todos os sistemas de funcionamento, do corpo físico, só que “virtualmente” operantes. Esse termo, virtualmente, é perfeitamente viável  de utilização  no contexto.  O corpo “esotérico” cria, para o ente quântico Ego, a sensação de realidade do que está sendo “vivenciado”, “sentido” pelo corpo exotérico, permitindo ainda, a perfeita interação, das partes em que essa estrutura quântica “trabalha” ─ Matéria e Não Matéria. O inverso também é verdadeiro, ou seja, o corpo “exotérico” tem condições ─ dependendo apenas de aperfeiçoamentos, que veremos a seguir ─ de “captar” situações ocorridas no corpo “esotérico”.

Assim, temos condições de “visualizar”, de forma mais atraente, questões conflitantes tais como: onde  está instalada a consciência?  Não procuraríamos, no corpo “exotérico”, coisas que estariam, no corpo “esotérico”, encontrando, no “exotérico”, pontos talvez específicos, onde a interação, por ressonância, poderia ser captada por equipamentos específicos, para análise de suas ocorrências e decorrências.
Sei das dificuldades iniciais em se conceber, entender e compreender tudo que foi exposto; essa dificuldade ─ talvez em muito maior escala ─ foi sentida por mim, em todas as etapas e muito mais na que visava a tentativa de esclarecimentos,  via  escrita, o que coloca em duelo a sintaxe e a semântica, pois nem sempre, através das estruturas/padrões da forma como algo é expresso ─ Sintaxe ─,  consegue-se  significar, com exatidão (ou próximo dela), aquilo que se quer realmente, dizer ─ Semântica.

Retornando aos corpos “esotérico” e “exotérico”, é no primeiro que o ente quântico  ─ Ego, tem seu “habitat”;  através dele são feitas as decodificações de frequências puramente terrenas e do corpo “esotérico”,  frequências diferenciadas,  também são  emitidas e podem, em circunstâncias especiais, serem decodificadas pelo corpo “exotérico”, por  partes específicas, dele. É dessa forma, creio, que a ressonância Matéria/Não Matéria é viabilizada. 
Acredito na possibilidade de aperfeiçoamentos, na estrutura quântica, tanto em seu “trabalho” com a Matéria quanto com a Não Matéria. Com o aspecto Matéria, no aprimoramento de “sistemas” decodificadores de frequências outras que não as especificamente ligadas ao campo material/terrestre; na Não Matéria, o “aperfeiçoamento” seria resultante das n experiências que o Ego, ente quântico atuante, “acumulasse” nas diversas incursões feitas,  tanto no campo terreno quanto em outros tantos, existentes no Universo.

Exatamente em função do que vimos acima, será que poderíamos propor que o próprio DNA, traria em sua estrutura, as duas “concepções” ─  Matéria e Não Matéria? Particularmente, não considero inviável essa proposição, muito pelo contrário.
Vocês podem se lembrar do que expusemos no Espaço 12  ─ DNA?  Nesse Espaço, fizemos menção ao livro ─ O começo do Tempo, de Zacharia Sitchien, onde ele propõe a possibilidade de cruzamento, através de engenharia genética, de genes dos Anunaques ─ humanóides extraterrestres ─ com genes da espécie hominídia denominada Homo Erectus. A pergunta que ouso deixar no ar é a seguinte:  a estrutura quântica ─ corpo físico, já evidenciava-se nessa espécie  hominídia; o cruzamento com os genes de humanóides extraterrestres não teria trazido, para essa estrutura quântica, “elementos” essenciais do aspecto  Não Matéria, dessa estrutura quântica “pré existente”? Será que a infusão de aspectos “esotéricos” diferenciados ─  que poderiam existir no DNA dos Anunaques ─ na estrutura “exotérica” do Homo Erectus, não veio proporcionar agilização do processo de aperfeiçoamento da espécie animal ─ humana, tanto física quanto mental?  É apenas uma suposição, mas que não deixa de ter um componente importante ─ possibilidade de. 

 É possível a verificação de elementos evolutivos, da estrutura quântica ─ Corpo Humano, em sua “versão” exotérica; quanto à “versão” esotérica, a evolução só pode ser observada por “efeitos” sensitivos, creio.  Esses “efeitos” sensitivos não poderão ser  “observados” via campo de análise científica, pura e simplesmente; observador e observado precisam agir conjuntamente. Por acreditar na necessidade de ação conjunta é que vejo, em pessoas detentoras de alto nível de conhecimento científico diversificado, possibilidade de reunir as condições necessárias para análises dos aspectos evolutivos “esotéricos”.  Esse conhecimento científico diversificado, teria que englobar, prioritariamente,  a Física Quântica,  a Química e a Biologia;  mas, um aspecto fundamental precisaria estar presente em tal (tais) pessoa (as) ─ altíssimo grau de SENSIBILIDADE ao que ela (s)  observa(m)  em si mesma(s). Creio que partes mais avançadas da EgoCiência só poderão ser alcançadas, via pessoas que reúnam essas duas importantes características ─ SENSIBILIDADE e conhecimento científico diversificado.
É evidente que qualquer pessoa pode “acessar” a EgoCiência desde que tenha a característica principal ─ SENSIBILIDADE AGUÇADA, em relação ao que sente. Acredito que muito do que existe em literaturas Místicas ─ vistas, nesta definição, com abrangência das mais diversas “linhas” ─,  foi fundamentado através de pessoas que “praticavam”, vivenciavam a EgoCiência e até mesmo a SerCiência, sem definição desse conhecimento como Ciência e sem saber até que ponto o Ego  ou o Ser quântico estavam  envolvidos. E não foram só escritores que adentraram, sem o saber, na EgoCiência e SerCiência; poetas, compositores de música clássica, principalmente, mostraram-se, incríveis visionários do que hoje é denominado de realidades diferenciadas.  Dos escritores, de época mais próxima à nossa, Carlos Castaneda, para mim, é o expoente máximo; seu “encontro” com dom Juan Matus, um índio yaqui, oriundo de uma linhagem de naguais nos deu a oportunidade, através de mais de 10 livros, de conhecer a potencialidade dos que se permitem, sem conceitos pré-concebidos, adentrar nos caminhos estreitos de um nível de conhecimento que foge, completamente, do estrito conceito usual do que é conhecer, do que é conhecimento. Veja que incrível o que vamos citar, do livro A arte de sonhar, de Castaneda:

“Em outra ocasião, dom Juan me disse:
─ Sonhar só pode ser experimentado. Sonhar não é apenas ter sonhos; nem devaneios ou desejos ou imaginação. Sonhando podemos perceber e, certamente, descrever outros mundos, mas não podemos descrever o que nos faz percebê-los. No entanto podemos sentir de que modo sonhar abre esses outros reinos. Sonhar parece uma sensação; um processo em nossos corpos, uma consciência em nossas mentes.” (negritos da autora)

Permitam-me citar outro ponto, do mesmo livro, por considerar extremamente oportuno  esse trecho de diálogo, entre Castaneda e dom Juan:

Castaneda: “ ─ O que é essa base social da percepção, dom Juan?

Dom Juan:  ─ A certeza física de que o mundo é feito de objetos concretos. Chamo isso de base social porque todo mundo empenha um grande esforço em levar-nos a perceber o mundo do jeito que percebemos.

Castaneda:  ─ Então como deveríamos perceber o mundo?

Dom Juan ─ Tudo é energia. Todo o universo é energia. A base social de nossa percepção deveria ser a certeza física de que a energia é tudo que existe. Deveria ser realizado um esforço gigantesco para levar-nos a perceber energia como energia. Então teríamos as duas alternativas à mão.”  (negritos da autora). 
No Espaço 19  Ego-pessoa, realçamos, ao final dele,  que  abordaríamos, de forma mais direta, as conexões que poderiam existir ─ e que realmente existem ─ entre a  aparente “concretude” da forma de abordagem de questões relacionadas à EgoCiência e SerCiência  e  os aspectos diferenciados, das mesmas questões, que são a Sensibilidade e a Mística, basicamente.

É bem provável que a Sensibilidade tenha “envolvido” todo o caminho percorrido, até agora; tentarei explicar isso. Sempre senti uma “curiosidade”, que chamaria de transcendente, de saber como poetas, escritores, filósofos sentiam aquilo de que falavam; quais seriam seus sentimentos, suas emoções?  E essa “curiosidade” envolvia, em realidade, toda e qualquer pessoa; o que um pintor sentia ao pintar um quadro?  O que um pescador sentia quando saia para o mar ou,  o que sentia cada uma das pessoas que via na rua, nos ônibus?  Estendia-se, essa curiosidade, ao reino animal, pensando, por exemplo, o que sentia um pássaro voando bem alto, no espaço?  A cadelinha abandonada, que amamentava seus filhotes mesmo não tendo nutrientes para seu próprio corpo, o que sentia?  O que sentia o peixe quando pescado, fisgado?  O que sentia, enfim, cada um dos seres da natureza?  Mais que isso, o que sentia uma pedra, uma rocha?  O que sentia o vento, o mar? Na verdade, era mais que “curiosidade” mesmo ela sendo, transcendente, como dito acima; era, realmente, uma vontade imensa de “penetrar” naquele sentir, de sentir a sua força, a sua possível “extensão”. Sei da dificuldade em explicar isso; o melhor a dizer é que o sentimento de qualquer ser da Natureza fazia muito sentido e significava muito, sem que soubesse, em realidade, qual era ele, verdadeiramente, e que gostaria de sentir, em mim mesma, essa diversidade de sentires.

Essa era a contra parte de minha extrema racionalidade, tantas vezes já explicitada. Essas duas partes, aparentemente tão distintas, tão diferenciadas, e que portanto,  poderiam gerar conflitos, resolveram-se quando  comecei  a ser  “obrigada”, a reconhecer realidades diferenciadas, através de n experiências, narradas na 4ª  parte do EgoCiência e SerCiência. Ao ter “acesso” a Sensações Diferenciadas sentidas quando da percepção dessas Realidades Diferenciadas, percebi a existência de uma Mística,  também diferenciada,  da que é normalmente proclamada como tal. Essa Mística não endeusa nem exclui absolutamente nada; ela se funde ao que é aparente e ao que é não aparente, apenas pela certeza de que Tudo é, mesmo que aparente não ser, ou  seja,  conceituado como não sendo. Exemplo:  pensamos em nós, nos animais, nas plantas, nas pedras como estruturas quânticas? Não, não pensamos, mesmo porque essas estruturas quânticas, como todas as demais, não são  aparentes, em essência; elas têm, em si mesmas, tanto o “exotérico” como o “esotérico” ou seja, o que se mostra, o que é visível e o que não se mostra, o que não é visível.

Creio que você pode constatar uma conexão entre o que foi exposto no parágrafo acima e aquilo que consta do parágrafo imediatamente anterior “eu” via as pessoas, os animais, enfim, os seres da Natureza aquilo que é possível ver, portanto “exotérico”  , mas nutria uma imensa “curiosidade” (chamada por mim de transcendente) em conhecer, em saber como sentiam   parte essa que  não se mostra, que está escondida portanto, “esotérica”.
Tudo isso levou-me a um aprofundamento, voltado mais para o lado científico. Isto se tornou mais acentuado após a “captação” do que está exposto na parte 3 do volume 1, referente à ENERGIA. Assim, a EgoCiência contempla e tenta entender, de forma mais profunda, a íntima, profunda, maravilhosa e em verdade, indescritível conexão existente entre o “exotérico” e o “esotérico”. Quando percebi o quanto a Física Quântica está envolvida com o “esotérico” comecei a buscar, em acordo com limitações por não ter conhecimento verdadeiramente científico aprofundar a busca por conexões entre ela ou aspectos dela e as SENSAÇÕES, através das quais  a “percepção”,  de Realidades Diferenciadas, aconteceu e acontece.

Particularmente, considero como ponto alto da EgoCiência, possibilitar a percepção incrivelmente clara, da intrínseca Unicidade da Diversidade. 
É  interessante salientar um ponto que considero ser o mais crítico, mais do que qualquer outro que tenha referência ao que foi exposto,  tanto no livro 1  quanto neste. Como “suportar” a ideia de que nós não somos exatamente o que pensamos ser?  Qual pode ser a reação inicial dessa descoberta e quais são as consequências dela?

Primeiramente é imperioso dizer que cada um terá reações específicas; não existe, com absoluta certeza, padronização de sentires, muito menos ainda, nesse âmbito de descoberta.
Mas, creio que preciso dizer um pouco, de como vivenciei a descoberta de não ser o que realmente pensava ser. É um pouco estranho, mas para mim, o baque não foi tão forte. O mais difícil foi apropriar-me, como pessoa, à essa descoberta. Precisei buscar, em “meu” íntimo, subsídios muito fortes para “concretizar”, de forma bem “sólida”, essa realidade diferenciada, então “captada”. Tenho certeza, entretanto, que mais difícil do que aceitar essa realidade é falar sobre ela; provavelmente, você leitor (a), se não partir para a desconsideração total, do que está sendo exposto, no mínimo deve ter dezenas de perguntas importantes. Tentarei antecipar uma que deve estar sendo feita por você afinal, quem é que está elaborando o conteúdo deste livro?  E o EgoCiência e SerCiência, quem o produziu, realmente?

Antes de tentarmos responder    de forma convincente, ou não,  ao leitor , é preciso que diga que essa descoberta, de não sermos aquilo que pensávamos e que sempre nos disseram ser, ela vem após um longo trabalho com a EgoCiência; ela não vem pelo menos para mim foi assim de forma abrupta; quando ela se faz, estamos preparados para assimilá-la pois os questionamentos que o trato com a EgoCiência nos traz, incorporam, de forma bem variada, aquele do qual, tantas vezes ouvimos falar e lemos, a respeito:  Quem sou eu?

 

 

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