Esse é um assunto exaustivamente debatido, sem que se chegue
a nenhum consenso que, nesse caso, seria importantíssimo.
Além disso, não considero ser assunto para pessoas leigas,
como eu, abordar; entretanto, farei isso de forma diferenciada isto, em função
de sensibilidade, ao tema.
Quando converso com pessoas bem mais jovens ─ adolescentes,
em sua maioria, costumo falar sobre a depredação planetária de forma bem concreta.
Costumo pedir aos que moram em casa, que procurem ir a um
lugar alto, onde possam visualizar grande parte da cidade. Qual a razão, desse pedido? É muito simples;
quando moramos em uma casa, temos uma visão apenas linear da rua, do bairro;
não conseguimos abarcar a totalidade, através da visão linear.
Quando moramos em um apartamento, quanto mais alto ele
estiver, melhor para a expansão visual, é lógico.
Então, peço a eles que olhem para todas as construções
edificadas; peço que pensem na quantidade de areia, de tijolos, de madeira, de
ferro, de pedra brita etc., utilizada em cada uma delas; peço mais ─ peço que
tomem a liberdade de “entrar” em cada um daqueles apartamentos procurando
imaginar tudo que há, dentro deles ─ pisos, azulejos, torneiras, tomadas, tapetes,
portas, mobílias, cortinas, janelas, enfeites dos mais diversos, aparelhos
eletrônicos, roupas, sapatos, chinelos, toalhas, talheres, louças, panelas etc.,
etc., etc.
Peço que avaliem que estão olhando apenas para uma parte da cidade, que é apenas uma das cidades do Estado onde moram;
que é apenas um Estado do País onde
moram; que é apenas um País dentre
todos os países do continente onde moram, que é apenas um continente dos cinco no PLANETA TERRA!
Analiso então, junto com eles, que parece não ser possível
saber, em função do pouco que vimos, o quanto foi retirado do Planeta para que
todas as construções do mundo inteiro pudessem
ser edificadas e devidamente equipadas mas que podemos estimar, de forma
aproximada o tempo que esta pilhagem ao Planeta está sendo sistemática e aceleradamente,
feita ─ aproximadamente 150 anos, sendo que o pós 2ª guerra mundial foi o marco do início da máxima
expansão/depredação vivida até o presente.
Continuo propondo o exercício, agora voltado para grandes
obras públicas ─ barragens, usinas, pontes, elevados etc.; peço que pensem na
capa asfáltica das ruas das cidades, das estradas; peço que pensem em toda
frota de veículos que rodam em cada cidade do mundo; que pensem nos shoppings que costumam frequentar e tudo
que neles é vendido.
DE ONDE SAIU TODA A MATÉRIA PRIMA, DE TUDO QUE VIMOS, DE
FORMA BEM SUPERFICIAL, EM NOSSO EXERCÍCIO?
Do Planeta Terra, é lógico! Não veio de qualquer outro
Planeta; TUDO saiu dos Recursos
Naturais, dele; esses recursos são
finitos e alguns já estão se esgotando; não temos informações sérias sobre
os impactos do que já foi depredado e muito menos desse esgotamento; sabemos, entretanto, serem incontestáveis os efeitos
maléficos, dessa depredação, para o Sistema
Vida ─ Planeta Terra, em todos os seus níveis.
Lembro que há uns 20 anos atrás, enviei correspondência à
Petrobrás; nela, pedia que me fosse indicada alguma publicação que trouxesse
informações sobre os danos ambientais advindos da exploração de petróleo; queria
saber como a Natureza do Planeta poderia reagir ao saque de material que
durante milênios e milênios foi sendo “gestado”; não obtive resposta. Retornei,
anos depois ─ dessa vez via e-mail ─ com a mesma solicitação; novamente o
silêncio foi a resposta.
Voltando, essa conversa normalmente vai longe e, muitas questões
são levantadas, de forma séria.
Vamos seguir a mesma forma de caminhada, de conversa, na
continuidade, deste.
Há uma corrente propondo o Não Crescimento como alternativa
para um possível estancamento da depredação planetária; se isso pode parecer lógico,
por um lado ─ pois qualquer coisa em torno de 0,1% de Taxa de Crescimento
pressupõe aumento de depredação e consequências afins ─ por outro lado, a
simples continuidade do que aí está, continuará com os efeitos negativos, com
ou sem crescimento; a depredação continuará.
A possibilidade de Não Crescimento, adotado de forma
espontânea, será algo que talvez, a própria sociedade dos animais humanos, não
aceitaria; um dos mais drásticos efeitos de sua adoção seria o desemprego da
forma como hoje é entendido; com ele, uma série de situações aflitivas com
certeza aconteceriam; talvez a única solução para minimizar o desemprego seria
diminuir o turno de trabalho com a intenção de manter os trabalhadores; mas,
isso acarretaria possível redução
salarial condicionada à manutenção, dos mesmos. Além do mais, o contingente de
animais humanos com idade para ingressar no mercado de trabalho, se expande a
cada ano; ficariam, com certeza, marginalizados ─ o que já está acontecendo em
países da Europa, ainda em decorrência da crise que teve início em 2008.
São inúmeras as possíveis barreiras para a instituição do Não
Crescimento; evidentemente outra consequência séria, viria com a explosão
inflacionária; se a produção é menor e a demanda continua, os preços baterão
recordes, inclusive ─ e principalmente ─, no item ─ alimentação.
Tenho procurado bastante por explicações bem claras, bem
delineadas de como adotar o Não Crescimento; até o momento apenas o óbvio é
colocado ─ como já foi dito há muitos e muitos anos atrás, é impossível
expansão infinita num meio de recursos ─ FINITOS!
A chamada Humanidade que não existe ainda, nem de fato (não nos
concebemos pertencentes a um único corpo) e, muito menos de direito, talvez
tenha razão em preferir ignorar tudo que está acontecendo; talvez seja possível
encarar isso como ─ lucidez, mesmo que seja inconsciente; a forma consciente, de
lucidez, por exemplo, é da pessoa que
descobre ter uma doença já em estado terminal; de nada adianta espernear, de
nada adianta buscar dezenas de tratamentos se ela sabe ─ externa e internamente ─ que a situação não tem nenhuma
outra solução a não ser, buscar o máximo possível de equilíbrio interno para
não sofrer demais e nem fazer os mais próximos, sofrerem.
A lucidez inconsciente
─ bastante paradoxal, é claro ─ talvez seja um recurso disponibilizado para
livrar o pensamento humano de coisas aparentemente ─ insolúveis.
O Sistema Vida ─ Planeta Terra, está seriamente abalado; mas,
quem corre perigo, realmente, é o animal humano e todas as outras espécies
animais por culpa direta da primeira,
citada.
Sou sincera em dizer que, pela primeira vez, em toda minha vida,
a esperança de ver o Planeta Terra, toda Natureza ─ respeitados e, os animais humanos compartilhando, harmoniosamente,
desse MARAVILHOSO SISTEMA VIDA, está por se extinguir; isso causa profunda
tristeza, não por mim mas por todas as pequenas e jovens criaturas que aí estão
e outras, que estão chegando; não consigo imaginar um cenário favorável se esse
Sistema Vida ─ Planeta Terra, colapsar.
Mesmo que a Magnífica ENERGIA DE LUZ, esteja trabalhando para
reverter em parte, o processo, essa reversão não será feita através de varinha de condão; ela será drástica e
os que sobreviverem vão ser animais humanos muito diferenciados e irão se
recuperar de tudo, junto com a
Natureza e o Planeta.
Essa é minha forma de entender todo o processo, que acredito,
está por vir.
Você que está lendo, pode argumentar e, com razão ─ por que,
apesar dessa quase desilusão, continuar a falar com os mais jovens e escrever,
sobre?
A resposta terá que ser dada, em duas partes; a primeira é
que, ao conversar com os jovens, apenas tento ajudá-los a entender a
problemática de seu tempo; por serem
jovens demais, não poderão avaliar o antes e, como normalmente eles não têm
paciência para coisas mais complexas, explicações mais técnicas, esse tipo de
papo ajuda a que se tornem mais antenados e menos consumistas; tenho sentido que isso aconteceu, após esses nossos
debates. Claro está, que não passo a eles meu quase total descrédito por mudanças
urgentemente necessárias; até pelo contrário.
A segunda parte da resposta à pergunta posta, é que sinto
profunda necessidade de clamar por Gaia! Ela nos ofertou, nos brindou
com tudo que o vivente, seja ele qual for, necessita para viver ─ NATURALMENTE!
Só que passamos ─ nós, animais humanos ─ abruptamente, do
Natural para o Artificial; a consequência aí está mas é bastante difícil
enxergarmos afinal, tudo parece estar em perfeita ordem; não conseguimos
visualizar ─ e, não nos mostram ─ a
resultante dessa insidiosa “ordem”;
além do mais, quando buscamos saber, a maioria de nós prefere ignorar o que foi
informado; podemos até ficar temporariamente preocupados; entretanto, logo algo
mais alegre, mais comercialmente bem
posto nos faz “esquecer” da realidade.
Essa segunda resposta não estaria completa se faltasse citar
a principal razão ─ prefiro ver as coisas de forma bem realista mesmo que isso possa
trazer preocupações; como acredito que muitos possam ser iguais a mim a abordagem
dessas questões poderá ter, como resultante, uma forte corrente em favor da Natureza e de Gaia com adoção de pequenas atitudes que possam demonstrar, em
parte, nossa consideração por elas e pela VIDA
que ambas, ainda sustentam.
No momento, creio que é o que realmente devemos fazer: FALAR E AGIR!
Deixo abaixo alguns endereços onde poderá ser ampliada a
visão dos inúmeros problemas ambientais aos quais não fizemos, menção.
Maria-Estrela Lunar Amarela
─ qualquer erro, por favor, nos
informe.
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