sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Taxa de Crescimento vs. Depredação Planetária



Esse é um assunto exaustivamente debatido, sem que se chegue a nenhum consenso que, nesse caso, seria importantíssimo.
Além disso, não considero ser assunto para pessoas leigas, como eu, abordar; entretanto, farei isso de forma diferenciada isto, em função de sensibilidade, ao tema.

Quando converso com pessoas bem mais jovens ─ adolescentes, em sua maioria, costumo falar sobre a depredação planetária de forma bem concreta.
Costumo pedir aos que moram em casa, que procurem ir a um lugar alto, onde possam visualizar grande parte da cidade.  Qual a razão, desse pedido? É muito simples; quando moramos em uma casa, temos uma visão apenas linear da rua, do bairro; não conseguimos abarcar a totalidade, através da visão linear.

Quando moramos em um apartamento, quanto mais alto ele estiver, melhor para a expansão visual, é lógico.
Então, peço a eles que olhem para todas as construções edificadas; peço que pensem na quantidade de areia, de tijolos, de madeira, de ferro, de pedra brita etc., utilizada em cada uma delas; peço mais ─ peço que tomem a liberdade de “entrar” em cada um daqueles apartamentos procurando imaginar tudo que há, dentro deles ─ pisos, azulejos, torneiras, tomadas, tapetes, portas, mobílias, cortinas, janelas, enfeites dos mais diversos, aparelhos eletrônicos, roupas, sapatos, chinelos, toalhas, talheres, louças, panelas etc., etc., etc.

Peço que avaliem que estão olhando apenas para uma parte da cidade, que é apenas uma das cidades do Estado onde moram; que é apenas um Estado do País onde moram; que é apenas um País dentre todos os países do continente onde moram, que é apenas um continente dos cinco no PLANETA TERRA!
Analiso então, junto com eles, que parece não ser possível saber, em função do pouco que vimos, o quanto foi retirado do Planeta para que todas as construções do mundo inteiro pudessem ser edificadas e devidamente equipadas mas que podemos estimar, de forma aproximada o tempo que esta pilhagem ao Planeta está sendo sistemática e aceleradamente, feita ─ aproximadamente 150 anos, sendo que o pós 2ª guerra mundial foi o marco do início da máxima expansão/depredação vivida até o presente.

Continuo propondo o exercício, agora voltado para grandes obras públicas ─ barragens, usinas, pontes, elevados etc.; peço que pensem na capa asfáltica das ruas das cidades, das estradas; peço que pensem em toda frota de veículos que rodam em cada cidade do mundo; que pensem nos shoppings que costumam frequentar e tudo que neles é vendido.

DE ONDE SAIU TODA A MATÉRIA PRIMA, DE TUDO QUE VIMOS, DE FORMA BEM SUPERFICIAL, EM NOSSO EXERCÍCIO?

Do Planeta Terra, é lógico! Não veio de qualquer outro Planeta; TUDO saiu dos Recursos Naturais, dele; esses recursos são finitos e alguns já estão se esgotando; não temos informações sérias sobre os impactos do que já foi depredado e muito menos desse esgotamento; sabemos, entretanto, serem incontestáveis os efeitos maléficos, dessa depredação, para o Sistema Vida ─ Planeta Terra, em todos os seus níveis.
Lembro que há uns 20 anos atrás, enviei correspondência à Petrobrás; nela, pedia que me fosse indicada alguma publicação que trouxesse informações sobre os danos ambientais advindos da exploração de petróleo; queria saber como a Natureza do Planeta poderia reagir ao saque de material que durante milênios e milênios foi sendo “gestado”; não obtive resposta. Retornei, anos depois ─ dessa vez via e-mail ─ com a mesma solicitação; novamente o silêncio foi a resposta.

Voltando, essa conversa normalmente vai longe e, muitas questões são levantadas, de forma séria.
Vamos seguir a mesma forma de caminhada, de conversa, na continuidade, deste.

Há uma corrente propondo o Não Crescimento como alternativa para um possível estancamento da depredação planetária; se isso pode parecer lógico, por um lado ─ pois qualquer coisa em torno de 0,1% de Taxa de Crescimento pressupõe aumento de depredação e consequências afins ─ por outro lado, a simples continuidade do que aí está, continuará com os efeitos negativos, com ou sem crescimento; a depredação continuará.
A possibilidade de Não Crescimento, adotado de forma espontânea, será algo que talvez, a própria sociedade dos animais humanos, não aceitaria; um dos mais drásticos efeitos de sua adoção seria o desemprego da forma como hoje é entendido; com ele, uma série de situações aflitivas com certeza aconteceriam; talvez a única solução para minimizar o desemprego seria diminuir o turno de trabalho com a intenção de manter os trabalhadores; mas, isso  acarretaria possível redução salarial condicionada à manutenção, dos mesmos. Além do mais, o contingente de animais humanos com idade para ingressar no mercado de trabalho, se expande a cada ano; ficariam, com certeza, marginalizados ─ o que já está acontecendo em países da Europa, ainda em decorrência da crise que teve início em 2008.

São inúmeras as possíveis barreiras para a instituição do Não Crescimento; evidentemente outra consequência séria, viria com a explosão inflacionária; se a produção é menor e a demanda continua, os preços baterão recordes, inclusive ─ e principalmente ─, no item ─ alimentação.
Tenho procurado bastante por explicações bem claras, bem delineadas de como adotar o Não Crescimento; até o momento apenas o óbvio é colocado ─ como já foi dito há muitos e muitos anos atrás, é impossível expansão infinita num meio de recursos ─ FINITOS!

A chamada Humanidade que não existe ainda, nem de fato (não nos concebemos pertencentes a um único corpo) e, muito menos de direito, talvez tenha razão em preferir ignorar tudo que está acontecendo; talvez seja possível encarar isso como lucidez, mesmo que seja inconsciente; a forma consciente, de lucidez, por exemplo, é da pessoa  que descobre ter uma doença já em estado terminal; de nada adianta espernear, de nada adianta buscar dezenas de tratamentos se ela sabe ─ externa e internamente ─ que a situação não tem nenhuma outra solução a não ser, buscar o máximo possível de equilíbrio interno para não sofrer demais e nem fazer os mais próximos, sofrerem.
A lucidez inconsciente ─ bastante paradoxal, é claro ─ talvez seja um recurso disponibilizado para livrar o pensamento humano de coisas aparentemente ─ insolúveis.

O Sistema Vida ─ Planeta Terra, está seriamente abalado; mas, quem corre perigo, realmente, é o animal humano e todas as outras espécies animais por culpa direta da   primeira, citada.
Sou sincera em dizer que, pela primeira vez, em toda minha vida, a esperança de ver o Planeta Terra, toda Natureza ─ respeitados e, os animais humanos compartilhando, harmoniosamente, desse MARAVILHOSO SISTEMA VIDA, está por se extinguir; isso causa profunda tristeza, não por mim mas por todas as pequenas e jovens criaturas que aí estão e outras, que estão chegando; não consigo imaginar um cenário favorável se esse Sistema Vida ─ Planeta Terra, colapsar.

Mesmo que a Magnífica ENERGIA DE LUZ, esteja trabalhando para reverter em parte, o processo, essa reversão não será feita através de varinha de condão; ela será drástica e os que sobreviverem vão ser animais humanos muito diferenciados e irão se recuperar de tudo, junto com a Natureza e o Planeta.
Essa é minha forma de entender todo o processo, que acredito, está por vir.

Você que está lendo, pode argumentar e, com razão ─ por que, apesar dessa quase desilusão, continuar a falar com os mais jovens e escrever, sobre?
A resposta terá que ser dada, em duas partes; a primeira é que, ao conversar com os jovens, apenas tento ajudá-los a entender a problemática de seu tempo; por serem jovens demais, não poderão avaliar o antes e, como normalmente eles não têm paciência para coisas mais complexas, explicações mais técnicas, esse tipo de papo ajuda a que se tornem mais antenados e menos consumistas; tenho sentido que isso aconteceu, após esses nossos debates. Claro está, que não passo a eles meu quase total descrédito por mudanças urgentemente necessárias; até pelo contrário.

A segunda parte da resposta à pergunta posta, é que sinto profunda necessidade de clamar por Gaia! Ela nos ofertou, nos brindou com tudo que o vivente, seja ele qual for, necessita para viver ─ NATURALMENTE!
Só que passamos ─ nós, animais humanos ─ abruptamente, do Natural para o Artificial; a consequência aí está mas é bastante difícil enxergarmos afinal, tudo parece estar em perfeita ordem; não conseguimos visualizar ─ e, não nos mostram ─ a resultante dessa insidiosa “ordem”; além do mais, quando buscamos saber, a maioria de nós prefere ignorar o que foi informado; podemos até ficar temporariamente preocupados; entretanto, logo algo mais alegre, mais comercialmente bem posto nos faz “esquecer” da realidade.

Essa segunda resposta não estaria completa se faltasse citar a principal razão ─ prefiro ver as coisas de forma bem realista mesmo que isso possa trazer preocupações; como acredito que muitos possam ser iguais a mim a abordagem dessas questões poderá ter, como resultante, uma forte corrente em favor da Natureza e de Gaia com adoção de pequenas atitudes que possam demonstrar, em parte, nossa consideração por elas e pela VIDA que ambas, ainda sustentam.

No momento, creio que é o que realmente devemos fazer: FALAR E AGIR!

Deixo abaixo alguns endereços onde poderá ser ampliada a visão dos inúmeros problemas ambientais aos quais não fizemos, menção.

Maria-Estrela Lunar Amarela

─ qualquer erro, por favor, nos informe.

 














 

 

 

 

 

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