Quando resolvi cumprir o prometido a alguns amigos do face,
de escrever algo sobre ficção religiosa, fui pesquisar o gênero literário ─ Ficção.
Surpreendeu-me o fato de existir uma vertente do gênero ficção científica que é a ficção científica religiosa, quase que
de domínio exclusivo da religião cristã; por essa razão a sigla ─ FCC
(Ficção Científica Cristã), pela qual é mais conhecida.
Mas não versará este, sobre ficção, como gênero literário;
ele vai enfocar visão particular sobre a História da Criação do animal humano,
narrada no principal livro da Religião Cristã que, em seus preâmbulos, afirma
ser tudo verdadeiro o que ali se encontra, isto, graças a um Decreto
datado de 18 de junho de 1915, ponto II, da Pontifícia Comissão Bíblica,
que diz o seguinte: Portanto, toda
palavra da Bíblia é de tal maneira, ao mesmo tempo, palavra do homem (do
escritor) e palavra de Deus (do Espírito Santo) que “tudo aquilo que o autor sagrado afirma, enuncia ou insinua, deve
considerar-se como afirmado, enunciado e insinuado pelo Espírito Santo”.(negritos
da autora deste)
O que vimos no parágrafo acima representa, para mim, o ponto
mais crucial do choque com tudo que consta no Antigo Testamento relacionado ─
de forma específica ─ ao que vamos focar, neste.
Estamos carecas de saber, que sob o constante do livro mais
lido, no mundo, no início só existiam Adão e Eva; por terem cometido o que foi
denominado de Pecado Original, nasceram Caim e Abel; provavelmente
carregariam e transmitiriam em seus DNA’s, a “culpa” por nascer; para que essa
questão não se estendesse ad infinitum,
um Sacramento foi criado, bem mais tarde, unindo o útil ao agradável ─ libertação do pecado e mais uma criatura
nas fileiras, da religião.
No parágrafo acima está um ponto essencial: continuidade da espécie animal humana.
Como consta, Caim matou Abel; primeiro homicídio da história
─ fratricídio.
Depois de cometê-lo, fugiu para um local muito distante; lá, encontrou uma
mulher e com ela perpetuou o ─ Pecado Original.
Mas, de onde apareceu
essa mulher? No
princípio não existiam só Adão, Eva, Caim e Abel? De onde ela “surgiu”, então?
Por fazer pergunta similar, em uma aula de religião, em
escola católica, quase fui expulsa, da mesma; continuei indagando até para um
arcebispo com quem tive oportunidade de conversar quando estive morando na
Enseada/SC. Nessa conversa, disse tudo que queria e nada ouvi de novo, de
esclarecedor; não tive resposta alguma; apenas as mesmas escapatórias, de
sempre.
Eis a questão principal
─ muitas são as Mitologias sobre a criação do Mundo e do animal humano; algumas
delas, de profunda beleza. Nenhuma, entretanto, estipulou qualquer decreto como
o que consta de parágrafos, acima; particularmente, esse é um fator decisivo
para análises mais profundas inclusive, de todo o teor do livro em questão.
Esse Decreto sustou, durante séculos e séculos, pensamentos
não só sobre o Gênesis, onde é narrada a criação do Mundo e da espécie humana,
mas sobre tudo que consta da Bíblia; dos que ousaram fazê-lo, a maioria foi
cremada, ainda em vida.
Esses pensamentos foram sustados, justamente pelo medo que a
maioria das pessoas tinha de serem consideradas heréticas o que causaria funestas consequências, a quem os
expressasse; assim, ninguém em épocas remotas teve o privilégio de se tornar um
─ heresiarca.
Vejam, não tenho a
mínima condição de analisar a Bíblia, nem intenção de fazê-lo e, nem é esta a
questão deste post. Já
li alguns livros, de autores de renome, analisando as questões bíblicas até
sobre ótica Esotérica; alguns mereceram meus créditos outros, acrescentaram
mais dúvidas, ainda.
Toda minha indignação, há muito vivenciada, prende-se
justamente ao fato de ter sido Decretado ser, essa narrativa
bíblica, verdade absoluta, inquestionável, indiscutível; essa é a grande questão, sob minha ótica.
Entretanto, o pior de tudo foram as inúmeras consequências
derivantes de séculos e séculos, dessa história.
Até tempos relativamente recentes, parecia pesar, sobre os
animais humanos, uma culpa que não seria propriamente sua
e que ele, desconhecia. Hoje, através de conceituações quânticas podemos saber
que, de uma forma ou de outra, o passado
faz parte da estrutura quântica do animal humano, mais especificamente,
principalmente em função de pensamentos/sensações, cumulativas. (Ver EgoCiência
e SerCiência ─ Em busca de conexões quânticas).
Além disso, pairou durante muitos séculos a ideia de que a
semente boa ─ que seria transferida por Abel, a seus descendentes ─ foi
devidamente extirpada antes que tal acontecesse; a semente ─ considerada como
má ─ de Caim, proliferou; então...!
O pouco que vimos, consta do Antigo Testamento; o Novo
Testamento, que viria sob a égide da Redenção para o animal humano, através de
uma figura messiânica foi, em grande parte, manipulado para que pudesse servir
ao status quo, da religião.
Tive a felicidade de conhecer e me tornar amiga de um homem
Esotérico e Ermitão ─ quase um Homem de
Conhecimento, segundo acepção de dom Juan, de Castaneda. Ele sugeriu-me ler
o Novo Testamento, 3 vezes seguidas e, sem nenhum pensamento pré-posto; segui
seu conselho e ao final conclui que de tudo que consta sobre Yeshua ─ mais
conhecido como Jesus, pouquíssimas situações são realmente exclusivas de um ─
Ser Evoluído. Foram “mescladas” na história de Jesus, pontos constantes de
mitologias diversas, entre elas a de Hórus ─ deus da mitologia egípcia; Krisna
─ Índia, Mitra ─ Pérsia. Em comum, entre eles e Jesus está o ter nascido de uma
virgem, em 25 de dezembro; Hórus e
Krisna, pelo que consta, têm ainda a questão da ressureição após 3 dias de suas
mortes.
Essas questões mitológicas estão disponíveis para pesquisa;
não é o caso de analisarmos, aqui, as razões da data de 25 de dezembro e de
nascimento de uma virgem.
Entretanto, o que de mais errado houve, em meu entender, foi
a escolha da imagem de Jesus crucificado como marca predominante da religião
cristã, em quase totalidade, delas.
Essa imagem dolorida
pesou e pesa sobre a humanidade; ela não consegue libertar o animal humano da dor e
sofrimento; não consegue falar/expressar a realidade da Redenção, para quem nela
acredita, até mesmo da forma como foi “ficcionada”; ela pesa, demasiadamente,
nos corações e mentes do animal humano; foi uma escolha imensamente infeliz e
que espero, não tenha sido proposital.
(Ver ESPAÇO 1 do livro EgoCiência e SerCiência versus Algumas questões
humanas).
Já tive oportunidade de, em outro post, comentar sobre o
acima narrando inclusive, a busca que fiz sobre informações da razão da escolha
de tal símbolo e, que após ter “captado” a negatividade impregnada, nessa
simbologia, lembrei-me de vários e vários casos de crianças, de tenra idade,
que viravam o rosto ou franziam as sobrancelhas numa demonstração eficaz de não
estarem gostando, do que viam.
Mas, em sã consciência,
alguém gosta?
Um símbolo, seja ele qual for, tem impacto muito maior do que
se possa imaginar; hoje, através de postulados da Física Quântica,
compreendemos que um símbolo/imagem, traz energia da intenção, da força que o
criou; é impregnada, na totalidade de seu campo energético, da intenção
que infundiu-lhe, seu criador.
Para resumir, é preciso dizer que essa ficção religiosa ─ enfocada neste post ─ foi extremamente
perniciosa para o animal humano em todas as eras vividas, inclusive a presente,
sob minha análise e ótica.
Abaixo, deixarei um pequeno trecho de livro ainda em
desenvolvimento, em sequência da série EgoCiência e SerCiência ─ Ensaios; por
essa razão, virá em itálico. A inserção dele, tem como principal objetivo,
fortalecer a ideia de que a ficção religiosa, mais conhecida é ineficaz, sob
minha ótica, para o encontro maior e decisivo, para cada um de nós, animais
humanos.
Deus ─ abstração nominal humana para o Incognoscível.
Talvez, o ponto maior que possa ter chegado na atual
caminhada terrena ─ via inúmeros caminhos ─ é SENTIR, ENTENDER, COMPREENDER E
SABER que essa abstração nominal humana É ─ ENERGIA que permanece Incognoscível
para aqueles que ainda buscam, apenas, a abstração nominal via intelecto, via
religiões, via conhecimentos de outros, via análises pura e simplesmente
lógicas, do racional; para aqueles que ainda não SENTIRAM, em si mesmos, a
ENERGIA em uma das suas Infinitas LINQUAGENS.
Maria-Estrela Lunar Amarela
─ detectando algum erro, por favor, nos informe.
Livros disponibilizados para download
EgoCiência e SerCiência – Ensaios
EgoCiência e SerCiência ─ Em busca de conexões quânticas
EgoCiência e SerCiência versus Algumas questões humanas
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