terça-feira, 1 de julho de 2014

ELEIÇÕES 2014



Havia proposto, no anterior, que falaríamos sobre Educação e Sistema Midiático Capitalista/Neoliberal, em postagens sequenciais.

Entretanto, como estamos trabalhando em um Projeto Educacional para envio ao Ministério da Educação, resolvi adiar a conversa proposta; após término, do Projeto, provavelmente terei mais subsídios para enfocar o assunto.

A escolha do assunto ─Eleições 2014, prende-se ao fato de várias postagens, no face, em que pessoas afirmam abster-se de votar, este ano.

Respeito, verdadeiramente, todas as opiniões ─ seria eu propícia a tal, se condições fossem outras ─; entretanto, creio que me cabe o direito, também, de expor a minha e esta, como de costume, não se prende ao infeliz aspecto politiqueiro, que envolve grande maioria de comentários.

Acontece que a eleição de 2014 tem uma amplitude muito maior do que a simples permanência ou troca de dirigente presidencial, mais especificamente.

Ela tem a ver, também, com a própria situação mundial, tal qual se apresenta, após 2008, ano da avassaladora crise detonada pelo sistema capitalista/neoliberal e com o que está sendo denominado de nova investida geopolítica impulsionada, modernamente, por questões Energéticas.

A crise de 2008 foi culpa única e exclusiva do capitalismo neoliberal, em sua vertente financeira; até agora, grande parte de países ainda luta para combater os efeitos danosos por eles sofridos; desemprego, redução dos níveis de renda, mais delitos e insegurança são efeitos socioeconômicos sofridos pelas camadas de menor expressividade, ou seja, a grande maioria do povo dos países mais severamente, atingidos.

Enumerar as causas específicas bem como os efeitos danosos, dessa crise, demandaria longo texto; por essa razão disponibilizei, ao final deste post, endereços onde encontrei boas informações e comentários; muitos outros existem mas, a leitura proposta nos coloca em melhor situação de análises mais abrangentes.

Outra questão profundamente séria, também a ser pensada nesta eleição de 2014, é a geopolítica com contornos próprios desta fase da sociedade humana ─ Energia/Água/Alimento.

Já estão sendo previstas guerras em que o fator Água, será determinante.

O Brasil possui os 2 maiores Aquíferos, do mundo: o Alter do Chão, que destronou o Aquífero Guarani, passando a ser o primeiro, do mundo.

O Aquífero Guarani já possui, desde 2009, um Projeto de Proteção Ambiental e Desenvolvimento Sustentável, projeto esse que levou mais de 6 anos para ser elaborado; o Alter do Chão, reconhecido recentemente, ainda está sendo analisado, mapeado.

Nota-se um movimento que tem como intuito controlar as fontes hídricas do mundo em nome da acumulação de capital. A água é tratada pelas empresas transnacionais como o “OURO AZUL” – de caráter seletivo e excludente - do século XXI. Empresas do setor possuem suas ações fixadas em bolsas de valores dentro da lógica financeira, que infelizmente se difere em muito, da lógica social humanitária.

Trecho extraído de interessantíssimo trabalho de autoria de Valdirene S. do Nascimento denominado ─ Recursos Hídricos, Economia e Relações Internacionais ─ Elementos de discussão acerca da privatização de água doce por Empresas Transnacionais

Já, no endereço abaixo, é possível ver o contorcionismo do Mercado, ao lançar ações em Bolsas de Valores, sem definir, com exatidão, suas reais intenções.


Na questão Alimento, o Brasil foi sempre considerado o Celeiro do Mundo e, neste aspecto, precisamos da máxima atenção quanto aos desmandos cometidos, em nosso País, pelo Agribusiness, através da denominada ─ Bancada Ruralista do Congresso Nacional.

Sob minha ótica, há uma diferenciação entre Agribusiness e Agronegócio; este último, não é, propriamente, tradução do primeiro pelo menos no contexto da Bancada acima referenciada.

A Bancada Ruralista é destinada, única e exclusivamente, à defesa dos interesses dos grandes, imensos e fortíssimos conglomerados a maioria, internacionalmente atuantes; essa bancada, nada tem a ver de Rural ─ se levarmos a conceituação dessa palavra ao encontro de pequenos e médios produtores rurais ─; o rural, dela, são imensas áreas de plantio ou criação animal, pertencentes ao que de mais forte existe no Sistema ─ Alimentação, do Sistema Agribusiness. Os pequenos e médios produtores, a agricultura familiar, a camponesa, além de não serem representados por essa bancada, ainda são por ela sufocados, extorquidos e AMEAÇADOS!

Usam a denominação de Rural por saberem que há um apelo positivo, até mesmo pela nossa profunda ligação umbilical/emocional, com Gaia; o termo rural, desperta carinho, desperta simplicidade e, assim, eles vão tecendo o que querem em nosso País, em total dissonância com o que pensa a maioria dos brasileiros.

Não fosse essa Bancada e o Sistema que representam e defendem, exponenciais do Mercado, não teríamos o seminário desenvolvido pela Bolsa de Valores de São Paulo, abaixo indicado.


Essa Bancada Ruralista é extremamente poderosa e transita, quase que invisível, ao olhar da sociedade ─ e da mídia, é claro ─ pelos gabinetes governamentais e corredores do Congresso Nacional, “costurando” acordos, inclusive para o setor de agrotóxicos que faz parte do mesmo pacote de interesses e defesa, dessa Bancada.

Na Reforma Política que terá, obrigatoriamente, de ser levada a sério e defendida por parte da sociedade, gostaria de ver a obrigatoriedade de mudança da designação dessa bancada para BANCADA DO AGRIBUSINESS; pode parecer bobagem essa sugestão mas não; ela tem, em si, raízes diferenciais enormes que poderão ser entendidas por parte de nossa sociedade.

Deixei por último a questão energética, voltada em especial, ao petróleo.

Sabemos que houve necessidade de criação de nova empresa brasileira gerenciadora da exploração do petróleo do Pré-Sal a ─ Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA). A Lei que autorizou sua criação é a 12.304 de 2010.

Além disso, também foi necessário que um novo Marco Regulatório das Atividades de Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural no Brasil, fosse criado em melhores condições, para o próprio País, do que aquele definido no governo de FHC.

Com essas duas atitudes jurídicas/institucionais, o Brasil tem condições melhores e mais positivas de tratar a questão ─ Petróleo.

Houve, é claro, uma imensa gritaria do sr. Mercado, via mídia capitalista/neoliberal, contra as duas atitudes acima sumariamente, descritas; havia expectativas internacionais de que tudo permanecesse como dantes; foram surpreendidos por algo que não esperavam.

Abaixo estão 3 endereços sobre o acima; há muitos outros bem mais consistentes, expondo, na íntegra, a diferença do atual Marco regulatório.




Tivemos oportunidade ─ através do vazamento de documentos pela Wikileaks ─ da atuação de petrolíferas americanas junto ao Congresso Nacional para que o contrato de partilha proposto pelo governo de Lula não fosse aprovado; queriam que continuasse a lei das Concessões da era FHC; não conseguiram e isso deixou o império, muito contrariado.

Os 3 assuntos que enfocamos, de forma bem primária, neste, são extremamente importantes para o Brasil; já que existimos como Nação, não é possível deixar que recursos naturais sejam, novamente, sugados; o Brasil, quando recém descoberto, impulsionou a riqueza de vários países; foi quase depenado em seus principais recursos naturais passíveis de extração, na época, enquanto os habitantes nativos, do País, foram brutalmente dizimados ou submetidos ao trabalho forçado em prol dos colonizadores.

Na verdade, a América Latina inteira, recebeu mesmo tratamento; basta ler ─ Veias Abertas da América Latina, livro de 1971, de Galeano para ficar a par das barbáries cometidas.

Qual a relação entre os 3 assuntos é a eleição de 2014?

Bem, sob minha ótica, é claro, considero que a sociedade brasileira mais esclarecida e atuante, deveria fazer o que estiver ao seu alcance ─ inclusive votar ─, para que não venhamos a ter, no Brasil, um representante do pensamento capitalista/neoliberal extremado, na presidência, do País; se isto vier a acontecer, brechas serão criadas para infiltração de interesses do Sistema, nos 3 aspectos principais, que abordamos e será extremamente difícil detectá-las já que o sistema midiático nada, absolutamente nada informará, sobre.

Tudo que ainda está por ser feito, no Brasil, não o será na extensão desejada, se um dos 2 candidatos aliados aos Sistema Capitalista/Neoliberal entrar para o governo; tudo que ainda precisa ser feito deverá contar com expressiva participação da sociedade que está sendo CONVOCADA, para tal.

É preciso extremo cuidado e atenção para o candidato que já foi escolhido pelo Sistema e está, é claro, em destaque na mídia, porta-voz oficial do sr. Mercado; ele pertence ao PSDB, partido esse, de extremo vínculo com os ditames do neoliberalismo ─ agora em chapa denominada puro sangue; nem o Brasil como Nação, nem o povo brasileiro, como sociedade serão respeitados em seus interesses/necessidades; as mudanças propostas nas ruas serão completamente desconsideradas, sob tal governança.

A recém criada Movimentação Social através da Política Nacional de Participação Social, recebeu duríssimas críticas da oposição e sistema midiático; foram tantas as manifestações negativas, que vários e importantes nomes representativos da Sociedade Organizada movimentaram-se a favor; no site abaixo, é possível ler Carta com esse teor e também assiná-la, endossando-a; particularmente, já o fiz.


Não interessa aos poderes instituídos e alinhados ao capitalismo neoliberal, que a sociedade seja convocada para participar, de alguma forma, de decisões políticas; o Sistema tem medo de que cidadãos de qualquer país, possam influenciar governos e, defender-se de desmandos sempre cometidos por aqueles que são seus “vassalos”.

Acredito na Participação Social; acredito que ideias importantes possam surgir de diálogos, de análises de situações concernentes ao Brasil.

Não teremos tal oportunidade em governo de práxis alinhadas ao neoliberalismo; o País ficaria sob total tutela do Sistema; o social seria totalmente desconsiderado em suas reinvindicações.

Pelo todo exposto, de forma concisa e simples, é importante que pensemos, seriamente, em termos da eleição presidencial de 2014, além de estendermos pensamentos semelhantes sobre governos estaduais.

Que me desculpem os que pensam o contrário mas acredito, que nesta eleição, o pior que poderíamos fazer, ao País, é negar nosso voto; sem querer forçar barra nenhuma ─ DEIXAR DE VOTAR PARA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, no atual contexto nacional e internacional é um risco que não deveríamos estar dispostos a correr bem como, avaliar de forma totalmente holística os candidatos que se apresentam é obrigação de todo cidadão minimamente informado mas não, pela mídia capitalista/neoliberal.

Maria-Estrela Lunar Amarela

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3 comentários:

  1. Obrigado pelas valiosas informações. Kin128.

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  2. Belo Post!!!!! Informações essenciais!!!

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  3. Fred, o pior é que inúmeras outras ficaram de fora; isso é apenas uma pequena parcela do que pode ser pesquisado.
    Valeu, guri!

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