quinta-feira, 17 de setembro de 2015

DISRUPTIVO


 

 
É extremamente curioso como, de tempos em tempos, uma palavra é “pinçada” de dicionários, recebendo um tratamento de ressignificação e, como resultado, passando a representar quase que uma ─ HEURECA!

Inúmeras vezes, até as próprias concepções, dela, são alteradas; passa, realmente, a ter significações diferentes de antes de ser ─ Ressuscitada.

Neste, refiro-me a mais nova coqueluche do momento ─ DISRUPTIVO!

Claro que essa palavrinha que vem agitando tanto o campo tecnológico quanto o corporativo ─ seja ele qual for ─ não é tão nova mesmo em suas novas acepções pois ela foi originalmente lançada à arena linguística, mais especificamente, na última década do século/milênio passado por um professor de Harvard que publicou uma série de livros de gerenciamento ─ Clayton M. Christensen ─, onde a nova conceituação de Disruptivo era amplamente explorada.

Ao fazê-lo, isto na década de 90, talvez não imaginasse o tremendo sucesso do adjetivo DISRUPTIVO que, até então, servia apenas para ser usado em situações negativas, pejorativas.

Claro que o sucesso obtido lá nos E.U foi exportado, via Globalização, para inúmeros recantos do mundo; em muitos deles, quase 20 e tantos anos de atraso estão sendo magnificamente esquecidos e nos inúmeros seminários, principalmente de área educacional, os conceitos atuais de DISRUPTIVO causam profunda admiração nos mais jovens profissionais que desconhecem tantas Heurecas conceituais que existiram, fizeram sucesso, fracassaram, morreram e foram enterradas talvez na esperança de, um dia, um professor ─ talvez da Harvard ─ resolver ressuscitar, algumas delas.

Aqui no Brasil, mais especificamente, estamos vendo, já há algum tempo, contagiante utilização do termo, em inúmeros Seminários, Palestras etc.: a arena educacional ─ não, não houve erro de qualificação! ─ está prenhe de centenas de sugestões em como fazer acontecer a tal ─ Educação Desruptiva

É mais que evidente que torço, ardorosamente, a favor de tal acontecimento; mas como fazê-lo, se sequer estamos na fase hibrida, aquela que contempla, que mescla padrões antigos com novos padrões isto, principalmente, em referência ao Ensino Público?

Sou extremamente favorável a quase todo tipo de DISRUPÇÃO incluindo solapar, de forma bastante brusca, status quo centenários e/ou milenares.

Será que estaríamos preparados para entender, analisar, exigir e consolidar formas Disruptivas em nós mesmos, no meio em que laboramos e, avançarmos em diagnósticos educacionais, políticos, sociais, religiosos, econômicos, etc, objetivando fomentar DISRUPÇÕES, URGENTES e CONSCIENTES?

Sinceramente? 

Temo que não.

Tem quem não goste do termo que vou usar, mas ampliando a visão e pensamento até chegarmos ao HOLISMO não serão, realmente, atitudes DISRUPTIVAS o que a própria Natureza e Planeta estão a exigir, de nós?

Creio que DISRUPÇÃO deveria merecer mais atenção e menos modismo inconsequente; precisaríamos sentir a frequência energética que atitudes DISRUPTIVAS poderiam criar em favor do próprio Sistema Vida ─ Planeta Terra; quem sabe com ações desse calibre, poderíamos evitar que a própria Natureza resolvesse dar um basta em parte desse status quo que solapa recursos importantes; se ela resolver agir via ações Disruptivas ─ na acepção mais convencional, do termo - a grande maioria dos animais humanos poderá ser, literalmente, expurgada do Sistema Vida ─ Planeta Terra!

 

Maria-Estrela Lunar Amarela

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